A primeira aviadora potiguar: Lucy Garcia Maia
“Era o sonho de Ícaro vestindo saias. Atendia pelo nome de Lucy Garcia Maia e aos 24 anos ela decidiu frequentar o curso de pilotos promovido pelo Aero Clube de Natal e se tornou a PRIMEIRA AVIADORA POTIGUAR.
ESCOLA DOMÉSTICADE NATAL
Filha de tradicional família natalense, desportista, aviadora pioneira, Lucy Garcia Maia nasceu em Natal em 1918. Educada na Escola Doméstica, que formava gentis senhoritas da sociedade local em administração do lar.
A Escola Domestica de Natal foi inaugurada no dia 1 de setembro de 1914, século XX, situada próximo a Praça Augusto Severo, no Bairro da Ribeira, tendo sido implantada pela Liga de Ensino do Rio grande do Norte, fundada em 1911, instituição privada subsidiada pelo Governo do Estado.
A ED ficou sediada de 1914 a 1952 em um antigo casarão com o estilo arquitetônico neoclássico onde funcionou a clínica Doutor Carlos Passos, mantida pela Prefeitura do Natal. Hoje, a Doméstica fica num terreno na Avenida Hermes da Fonseca doado pelo Governo do Estado no ano de 1952, no antigo Batalhão da Cavalaria, e ainda representa uma escola feminina e privada, que recebe alunas de classe média alta da capital potiguar, do interior e de outros estados.
A especialidade da Escola Doméstica era o trabalho voltado somente para mulheres, onde a atividade doméstica da mulher deveria ser ressaltada. Os saberes transmitidos às alunas sinalizavam para o aprendizado do referencial teórico associado ao prático, com conhecimento baseado nos afazeres corriqueiros de uma dona de casa. Dessa forma, a mulher aprenderia a fazer o gerenciamento prudente do lar e o balanço mensal de seus gastos. Além da atividade doméstica da mulher, de desempenho no lar, a preparação para o Magistério e o ingresso em escolas de Ensino Superior. Continha em seu currículo escolar princípios Higienistas e Positivistas. E tinha especial preocupação em formar mulheres com fortes valores morais da época, num ambiente de cooperativismo e respeito às regras de etiqueta.
DESPORTISTA
Lucy Garcia preferiu seguir sua irresistível vocação para os esportes. Jogou tênis, vôlei, basquete e praticou até mesmo um esporte exclusivo para homens: o remo. Foi uma das fundadoras do Centro Desportivo Feminino, na Avenida Afonso Pena, no Tirol, que incentivou a prática do esporte às mulheres natalenses.
“Gostava de praticar esportes. Jogava vôlei, basquete e remava no rio Potengi nos tempos gloriosos do Centro Náutico Potengi e do Sport Clube de Natal”, relembrou numa entrevista concedida a um jornal da capital em junho de 2001.
A participação de mulheres nas competições esportivas em todo o mundo era bastante restrita. Em Natal, no entanto, viam-se já nos anos de 1910 algumas senhoras de família recusarem o papel de simples espectadoras e começarem a se inserir nas práticas de remo, no estuário do Potengy.
A prática de exercícios físicos pelo belo sexo fora motivo de desacordos entre contemporâneos. Para muitos, a prática de atividades físicas poderia deformar o corpo, desprovendo a mulher da sua feminilidade. Para outros o esporte poderia trazer benefícios ao corpo feminino e dessa idéia partilhava o redator d’A Republica. Segundo ele, “nada mais util do que os exercicios physicos para evitar as deformações. Bem applicado elle traz naturalmente a saúde e a verdadeira felicidade”.
A prática de exercícios físicos pelo belo sexo fora motivo de desacordos entre contemporâneos. Para muitos, a prática de atividades físicas poderia deformar o corpo, desprovendo a mulher da sua feminilidade. Para outros o esporte poderia trazer benefícios ao corpo feminino e dessa idéia partilhava o redator d’A Republica. Segundo ele, “nada mais util do que os exercicios physicos para evitar as deformações. Bem applicado elle traz naturalmente a saúde e a verdadeira felicidade”. (MOVIMENTO Sportivo, A Republica, Natal, 23 fev. 1918.).
A prática dos esportes para as mulheres não seguia a mesma lógica dos esportes para os homens. As mulheres praticavam esportes como medidas profiláticas, vinculada à saúde do corpo e a higiene. A competitividade, o exagero e a agressividade presente nas competições não caberiam a imagem feminina. (SCHPUN, Mônica Raisa. Beleza em jogo: cultura física e comportamento em São Paulo nos anos 20. p.41).
No modelo curricular contido nos programas de estudo (modelo organizado pela diretoria de ensino da Escola Doméstica de Natal, em respeito à Lei n.° 405 de 1916, representado e aprovado pelo presidente do Conselho Diretor da Liga de Ensino do RN, em 27 de agosto de 1927) encontramos, entre outras, as matérias de Higiene e Medicina Prática, Cultura Física, Curso de formação social e Ordem Doméstica que, no seu conjunto, privilegiavam a tríade formação intelectual e física, moral e higiênica destinada à preparação do corpo, da mente e do espaço físico habitado.
Estimulava-se a prática esportiva como prática saudável, apta ao fortalecimento do corpo, formando uma civilização sã para bem atuar na construção social do país. Através do incentivo do trabalho de coordenação motora, cultivando o espírito integrativo nas atividades de basquete ball, ginástica sueca e tênis, preferencialmente os jogos de movimento, a Escola Doméstica contribuía para atingir essa finalidade maior. Vejamos uma das justificativas da Escola neste sentido:
Não se poderá, absolutamente, admitir uma civilisação ou educação generosa sem que nella palpite superioridade da saúde e do humor. Eis a razão por que a nossa tão admirada Escola Doméstica, com o seu bem elaborado programma para a educação de boas donas de casa, teria, naturalmente, incompleto o seu curso, se nella não contemplasse também como uma das partes essenciaes, a educação physica. (PEREIRA, 1925, p. 32)
Em 1919 foi organizada em Natal uma festividade esportiva feminina. Essas competições tinham mais o contorno de gincanas do que propriamente competições. O evento foi organizado pela Liga de Desportos Terrestres. As torcedoras [e não sócias] de cada clube representaria seu clube nas provas.
A natação e o tênis, pregava a ciência, seriam os esportes mais recomendados ao corpo feminino, desde que fossem praticados com moderação. Caso contrário, ao invés de trazer benefícios, ele atrofiaria os músculos, desprovendo as senhoras da tão admirada feição feminina. As natalenses mais avançadas iniciaram as aulas de natação, ainda nos anos de 1910, quando se fundou, em Natal, o Centro Nautico Feminino e o Jundiahy, primeiras associações esportivas femininas. Os clubes aquáticos femininos chegaram a fazer parte do calendário esportivo, participando das competições oficiais de remo, em 1918, ano de suas fundações. (SPORT. A Republica, Natal, 29 abr. 1918.).
Quanto ao tênis, somente em 1927 pôde ser praticado pelas natalenses. O Natal Tennis Club inaugurou a sua quadra e sede na área mais nobre da cidade, no bairro do Tyrol. O terreno, na rua Rodrigues Alves, foi cedido por um admirador dos esportes, o sr. Luiz Camare. Graças a sua doação e a articulação de um grupo de senhoritas e cavalheiros, mais um grêmio esportivo teve suas portas abertas. A associação já nasceu mista, democratizando a admissão dos sócios em relação ao gênero. Inaugurado o Aero-Club, em 1929, aumentou-se a procura e a divulgação dos benefícios trazidos por esse esporte. (TENNIS Club. A Republica, Natal, 8 out. 1918; ESPORTIVAS. A Cigarra, Natal, ano 2, n. 3, p. 36, abr. 1929.).
A amplitude dos terrenos de Tyrol e Petrópolis facilitou a construção de quadras esportivas, como podemos constatar no mapa da Cidade Nova, lá estavam localizados o campo de treinamento do ABC, o ground da praça Pedro Velho, o Natal Tennis Club, o Aero-Club e o Estadio Juvenal Lamartine.
Apenas em 1927 foi fundado o Natal- Tênis Club, primeiro clube esportivo que possuía quase metade de sócias. Ainda que de maneira segregada as mulheres passaram a participar ativamente a vida esportiva da cidade. (ARRAIS; ANDRADE; MARINHO, 2008: 154-155)
Se para as mulheres a força e a agressividade não eram vistas com bons olhos por grande parte da comunidade cientifica, a saúde e a beleza da mulher eram vistas como predicados quase indispensáveis no processo de melhoramento da raça. Era no intuito de conquistar a saúde e beleza do corpo que as mulheres deveriam inserir-se nas atividades esportivas.
O empenho em formar cidadãos fortes e sãos teve apoio da intelectualidade local e, consequentemente, do governo, com especial destaque ao governo de Juvenal Lamartine (1928-1930). No curto período em que administrou o Rio Grande do Norte, Juvenal Lamartine investiu dinheiro público em vários projetos voltados para a prática esportiva.
Três das suas grandes obras refletiram, direta ou indiretamente, no movimento esportivo natalense. Indiretamente, a construção da Avenida Atlântica, na praia de Areia Preta, facilitou ainda mais a ida à praia e a prática dos esportes náuticos. Já a construção do AeroClub afetou diretamente os esportistas amadores, que se associaram a esse novo clube, beneficiados com uma nova quadra de tênis, piscina e salões de dança. Mas nenhuma dessas obras teve o impacto esportivo do Stadium Juvenal Lamartine, inaugurado em 1929, onde funcionava o campo da Liga de Desporto Terrestre, no bairro do Tyrol.
Além de ser um ambiente que oferecia bailes e a escola de aviação, uma nova prática esportiva começou a ser desenvolvida no clube e na capital: o tênis. O esporte de origem francesa passou a ser um dos mais apreciados pela elite potiguar frequentadora do clube.
ESCOLA DE AVIADORES
As intenções do novo clube iam muito além de apenas movimentar a vida mundana da cidade. O Aero Club, juntamente com a escola para pilotos aviadores, que funcionava no mesmo endereço, fazia parte de uma política de integração econômica do Estado. A aviação parecia a mais promissora solução para os problemas de comunicação de Natal com o interior do Estado.
A inauguração da pista de vôo do Aero Club trouxe a Natal os serviços da Aeropostale, companhiafrancesa de correis aéreos. Dessa forma, as correspondências particulares dos natalenses conseguiriam atravessar o Atlântico em seis dias, ou aterrissar nas praças do sul em poucas horas. Para muitos contemporâneos a inclusão do correio aéreo em Natal seria o princípio do processo de internacionalização do estado. O fato de as aeronaves não conseguirem percorrer grandes distância sem escalas, fazia de Natal uma parada estratégica nas rotas sul-americanas que seguiam rumo a Europa, razão pela qual o ministro da aviação apelidara Natal de “cais da Europa.” (AVIAÇÃO commercial no estado. Cigarra, Natal, ano 2, n. 3, p. 35, abr. 1929.).
A directoria do Aero-Club, querendo proporcionar aos seus associados e familiares horas de distração encantadora, lhes está facilitando passeios aéreos sobre esta capital, no exellente apparelho “Natal”, de propriedade do Club. Domingo ultimo realizaram-se os primeiros vôos, que a directoria do Aero-Club mantera regularmente todos os domingos pela manhã e pela tarde. (TARDES de avião de domingo. A Republica, Natal, 22 jan. 1929).
O olhar panorâmico, a cidade vista do alto, ordenada, organizada era uma nova interpretação do espaço urbano. Essa excitação causada pelo Aero Club se revela nas imagens cotidianas, como a capa da primeira edição da revista A Cigarra, que mostra um céu coberto de aeroplanos. As máquinas voadoras fascinavam não apenas os natalenses, mas toda a civilização ocidental que passara a vestir a figura do aviador com um manto de bravura e heroísmo. Esses heróis de asas cruzavam os céus, arriscando suas vidas em perigosas travessias, quebrando recordes, diminuindo distâncias, unindo as nações. (EKSTEINS, Modris. A sagração da primavera: a grande guerra e o nascimento da era moderna. Rio de Janeiro: Rocco, 1991. p. 311-322.).
A AVIADORA
Destemida e audaciosa, enfrentou tabus e discriminações e, em 1942, conseguiu o feito de se tornar a primeira mulher norte-rio-grandense brevetada no Aero Clube.
Assim como o remo, a aviação civil era um esporte exclusivamente masculino. Mas isso não intimidou Lucy Garcia que, com o apoio do pai, foi adiante no seu sonho de voar.
O que?!!! Então, essa baixinha quer ser aviadora? Ora, mulher, ponha-se no seu lugar, ou seja, na cozinha! Vá parir! Ser dona-de-casa esmerada, mãe dedicada e esposa exemplar! E olha que já é muita coisa. Penso que era assim que um ou outro comentário era feito quando Lucy Garcia decidiu frequentar o curso de pilotos promovido pelo Aero Clube de Natal.
“Precisei de coragem para enfrentar a sociedade, porque uma moça sozinha no meio de 12 rapazes causava estranheza”, comentou. Corria o ano de 1942 e mundo era sacudido pela Segunda Guerra Mundial. O cenário era esse e – pasmem! – foi o pai quem deu apoio, porque a mãe temeu os riscos de um acidente. Além disso, o que queria uma moça de família onde só havia homens? Supostamente, como toda mãe, devia querer a filha bem casada, com uma prole numerosa para uma velhice sem solidão.
Iniciou a instrução de vôo, em julho de 1942, cercada de homens, seus colegas e instrutores. Após treze horas de instrução de vôo, ela recebeu o comando da aeronave, um Piper Cub J-3, para fazer o solo.
Pelo regulamento do curso, Lucy Garcia dispunha de quinze minutos para fazer seu primeiro vôo. Levou 45 minutos. Em agosto de 2000, em depoimento à pesquisadora Ana Amélia Fernandes, Lucy Garcia declarou: “Sentia-me maravilhosamente dona do mundo, do espaço, e segura na arte de voar. Medo? Nunca. Nunca passou por mim esse sentimento em relação à aviação. O meu interesse mesmo era continuar a carreira e transformar-me em piloto dos aviões comerciais”.
Decolou da Base Aérea de Natal, atravessou a cidade no sentido norte, cruzou o rio Potengi, fez vôos rasantes sobre a praia da Redinha, as dunas, o azul-turquesa das lagoas.
Mais por encantamento do que por rebeldia, a aviadora de 24 anos rompia os limites impostos e extasiava-se nas alturas. Na volta à base, os colegas e seu instrutor a esperavam muito apreensivos.
Em 25 outubro de 1942, após 13 horas de instrução de vôo, recebeu o brevê de piloto que a habilitava a pilotar aeronaves dos tipos Piper J-3, Culver e PT-19.
Voou por cinco anos, chegando, inclusive, a fazer viagens para Fortaleza, Recife e João Pessoa. Repetia por aqui a audácia da norte-americano Amélia Earhart, que 10 anos antes – 1932 – tornou-se a primeira mulher a atravessar o Atlântico, pilotando um avião, em vôo solo, proeza, até então, realizada por um homem: Charles Lindbergh, em 1927. Amélia desapareceu no Pacífico, em 1937, quando tentava ser também a primeira a completar uma volta em redor da Terra.
Quando decidiu casar em 1947 escolheu justamente um piloto da Aeronáutica que também era da Varig, Evaldo Lira Maia, com quem teve quatro filhos homens. Foi a maternidade, em neste mesmo ano, o que a fez desistir do sonho de trabalhar em companhias aéreas. “Eu olhava aquela criancinha no berço e ficava imaginando se alguma coisa me acontecesse durante um vôo; ela ficaria sem os meus cuidados maternos”, ponderou à época.
Ao contrário de Amélia Earhart, Lucy Garcia não morreu no ar, mas em terra firme, em sua própria casa no bairro do Morro Branco. Em outubro de 2001, um câncer a sepultou no cemitério do Alecrim. Contava 83 anos de idade”.
Audaz, está hoje onde gostaria…nas alturas, alçando vôos como anjos celestiais. O que a doença não pôde sepultar foi o legado de pioneirismo que deixa para as gerações que a sucedem. “…avancei o manete do acelerador e voei para o momento mais emocionante e esperado da minha vida. Consegui concretizar meu sonho”, disse certa vez numa entrevista a um jornal local. É o que importa.
FONTES SECUNDÁRIAS:
ANDRADE, Júlio César de. Comerciantes e Firmas da Ribeira (1924-1989). Natal: Fundação José Augusto, 1989.
ARRAIS, Raimundo. Estudo introdutório. In: CASCUDO, Luís da Câmara. Crônicas de origem: a cidade do Natal nas crônicas cascudianas dos anos 20. Natal, RN: EDUFRN, 2005.
MARINHO, Márcia Maria Fonseca. Natal também civiliza-se: sociabilidade, lazer e esporte na Belle Époque natalense (1900-1930). Natal, RN, UFRN, 2008 (Dissertação de mestrado em História).
PEREIRA, Neide Galvão. Sobre a Escola Doméstica de Natal. (Entrevista concedida a Andréa Gabriel F. Rodrigues em 17 jul. de 2006).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
AO MAR GENTE MOÇA!: O ESPORTE COMO MEIO DE INSERÇÃO DA MODERNIDADE NA CIDADE DE NATAL. Márcia Maria Fonseca Marinho. Revista de História do Esporte.volume 2, número 1, junho de 2009.
A cidade e a guerra: a visão das elites sobre as transformações do espaço da cidade do Natal na Segunda Guerra Mundial / Giovannna Paiva de Oliveira. – Recife, PE, 2008.
Educar para o lar, educar para a vida : cultura escolar e modernidade educacional na Escola Doméstica de Natal (1914-1945) / Andréa Gabriel F. Rodrigues. – Natal, 2007.
Lucy Garcia Maia. A Mulher Potiguar – Cinco Séculos de Presença. Fundação José Augusto. http://adcon.rn.gov.br/ACERVO/secretaria_extraordinaria_de_cultura/DOC/DOC000000000106230.PDF. Acesso em 01/05/2021.
Lucy Garcia, a pioneira do ar. Tribunado Norte. http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/lucy-garcia-a-pioneira-do-ar/406963.Acesso em 01/05/2023.
Lucy Garcia Maia. Natal de Ontem. Texto e foto enviados por seu filho Marcos Maia Postado por Manoel de Oliveira Cavalcanti Neto. https://nataldeontem.blogspot.com/2009/03/lucy-garcia-maia.html. Acesso em 01/05/2023.
Natal também civiliza-se: sociabilidade, lazer e esporte na Belle Époque Natalense (1900-1930) / Márcia Maria Fonseca Marinho. – Natal, RN, 2008
PROTAGONISMO DE MULHERES POTIGUARES: SUBSÍDIO A MEMORIAL. VIRTUAL DE TURISMO HISTÓRICO CULTURAL EM NATAL/RN / INGRED CARVALHO DE OLIVEIRA. – Natal, 2020.