FFNA na 10ª Caminhada Histórica de Natal

Estive no dia 18/12/21, na décima edição da Caminhada História de Natal. Além de participar deste nobre evento, aproveitei a oportunidade para realizar mais uma expedição fotográfica, ampliar contatos institucionais e realizar boas e gratas amizades. Segue abaixo o relato fotográfico e a pesquisa fruto deste trabalho:

ANTIGA SEDE DO GOVERNO ESTADUAL (ATUAL PALÁCIO DA CULTURA)

Localizado na Praça 7 de Setembro, na Cidade Alta, a edificação tomou o lugar da Fazenda Pública, em 1865.

Com a conclusão da construção do Paço da Assembleia, seguindo plantas do engenheiro Ernesto Augusto Amorim do Vale, começou a funcionar a Tesouraria Provincial, a Repartição do Correio, a Câmara Municipal e o Júri, em meados de 1873.

Construção de formas neoclássicas, também foi denominado Palácio da Esperança, na década de 1960, voltando a antiga denominação, Palácio Potengi em 1971 (NESI,1994, p.35).

Até 1997, o prédio palácio a sede do Governo do Estado do Rio Grande do Norte, quando foi transformado em espaço cultural para a realização de eventos como exposições e lançamentos de livros, passando então a se chamar Palácio da Cultura.

O prédio da Pinacoteca do Estado foi reaberto neste sábado, 04/12/21 depois de um período de reforma. Foram investidos pelo governo do Rio Grande do Norte R$ 6,4 milhões na reforma.

A Fundação José Augusto (FJA) preparou uma exposição para reapresentar o espaço para o público. O acervo da Pinacoteca composto por cerca de 60 obras de artistas históricos como Newton Navarro, Maria do Santíssimo, Abraham Palatinik, Dorian Gray Caldas, Zaíra Caldas, além de artistas jovens convidados, ficará em cartaz até abril de 2022.

O Antigo Palácio é Patrimônio Histórico Nacional desde 1965, lugar de memória da terra potiguar.

Bibliografia:

Natal: história, cultura e turismo / Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo. – Natal: DIPE – SEMURB, 2008.

Fonte:

NESI, Jeanne Fonseca Leite. Natal Monumental. Natal: Fundação José Augusto, 1994.

Reabertura da Pinacoteca do Estado tem exposição de acervo e shows neste sábado (4) – G1 – https://www.google.com/…/reabertura-da-pinacoteca-do… – Acesso em 19/12/21.

MONUMENTO DA INDEPENDÊNCIA

Localizado na Praça Sete de Setembro, no bairro Cidade Alta – ladeado pela Assembleia Legislativa, o Tribunal de Justiça e o Palácio da cultura – o monumento foi inaugurado em 1922, em homenagem ao transcurso do centenário da Independência do Brasil.

Projeto do escultor A. Bibiano Silva (ONOFRE Jr., 2002).

Na execução do seu projeto, o artista reproduziu duas figuras de expressivo valor simbólico.

A figura em destaque é uma mulher em representação à pátria, sustentando um livro e apontando ao povo, no livro da História, as datas referentes à efeméride.

A outra é de um homem que oferece à pátria um ramo de louros representativo do triunfo conquistado pela força.

Infelizmente o monumento entra-se vandalizado com seu adorno e placas em bronze subtraídas. Situação esta recorrente em diversos outros aparelhos históricos de Natal.

Bibliografia:

Natal: história, cultura e turismo / Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo. – Natal: DIPE – SEMURB, 2008.

Fonte:

ONOFRE Jr. Manoel. Guia da cidade do Natal. Natal: EDFURN, 1998.

Momentos incríveis

Um dos melhores momentos de estar na Décima Caminhada Histórica de Natal foi sentir o carinho do público do Fatos e Fotos de Natal Antiga.
Não tem preço o respeito, admiração e o apreço recíproco construído ao logo destes dois anos deste trabalho que acumula 29 mil seguidores no site em nossas redes sociais com mais de 5.300 registros históricos acumulados de nossa cidade de Natal.

PALÁCIO FELIPE CAMARÃO – SEDE DO GOVERNO MUNICIPAL

Sede do Executivo Municipal foi inaugurado em 07 de setembro de 1922,fazendo parte dos festejos do centenário da independência do Brasil.

Construído durante a administração do major Theodósio Paiva, obrigando a Intendência Municipal.

Possui uma arquitetura eclética, seguindo o projeto de Miguel Micussi.

Localiza-se na esquina do Largo Junqueira Aires com a Rua Ulisses Caldas, nº81, Cidade Alta.

Em 20 de maio de 1955, recebeu a denominação de Palácio Felipe Camarão.

Este prédio possui uma rica decoração, apresenta no ângulo formado por duas fachadas: uma tribuna (NESI, 1994).

Nota do editor: Notem que a poluição visual na cidade muitas vezes impede que se faça um registro “limpo” dos prédios e monumentos de Natal.

Bibliografia:

Natal: história, cultura e turismo Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo. – Natal: DIPE – SEMURB, 2008.

Fonte:

NESI, Jeanne Fonseca Leite. . Natal Monumental. Natal: Fundação José Augusto,1994.

IGREJA PRESBITERIANA DE NATAL

Representa a primeira igreja evangélica erguida em Natal e um marco na expansão do chamado protestantismo na cidade.

Embora a presença da Igreja Presbiteriana em Natal remonte a 3 de fevereiro de 1896, data oficial da sua solene instalação no município, a efetiva inauguração do templo só ocorreu em 3 de setembro de 1898, em sede própria localizada no atual Largo Junqueira Aires, sob a direção do pastor norte-americano William Calvin Porter.

Aquele que, nas palavras de Cascudo (1999, p. 385), “é a própria história do protestantismo na Cidade do Natal e Estado do Rio Grande do Norte”.

De acordo com Cascudo (1999, p.385), “a mais velha notícia do protestantismo na cidade do Natal é do ano de 1879 ou 1880, quando os missionários leigos Francisco Filadelfo de Sousa Pontes e João Mendes Pereira Guerra visitaram a terra”.

Tal visita entusiasmou os raros simpatizantes aqui existentes.

Mas foi a partir de 1893, com as pregações dos reverendos, William C. Porter e Juventino Marinho da Silva, que o protestantismo avançou na capital potiguar.

Dois anos depois, Porter fixou residência na cidade e conseguiu com o imigrante canadense Alexandre James O’Grady, a doação do terreno no qual ergueu o templo da primeira Igreja Presbiteriana de Natal (CASCUDO, 1999).

Na caminhada fomos recebidos pelo coral da referida igreja. Belos cânticos dignos da história do prédio e sua crença.

Bibliografia:

Natal: história, cultura e turismo Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo. – Natal: DIPE – SEMURB, 2008.

Fonte:

CASCUDO, Luís da Câmara. História da Cidade do Natal. Natal: RN Econômico, 1999.

Balaustrada do Largo da Junqueira Aires

Quem passa pelo local nem dá a estrutura a devida atenção por não ter a noção histórica do aparato urbano.

Trata-se da Balustrada do Largo da Junqueira Aires.

A estrutura é centenária e faz parte do processo de em embelezamento da cidade promovido pelos gestores públicos estaduais e municipais no início do século XX.

Essa avenida fora a única até 1935 (quando a Avenida Rio Branco foi prolongada), fazendo a ligação entre os bairros da Cidade Alta e Ribeira.

Recebeu logo depois os bondes, por volta de 1911, primeiramente puxados por burros; mas depois elétricos, que facilitavam o trânsito dos habitantes da parte alta para a nova praça recém-construída.

É do mesmo período a construção da balaustrada e a arborização com figueiras que ainda estão lá magnificamente.

Ela só foi finalmente calçada na administração do prefeito Omar O’Grady, durante os anos de 1924 e 1930.Hoje apenas um dos lados recebem os devidos cuidados.

No outro, onde está situado a segunda sede histórica do colégio Atheneu Norte-riograndense, está abandonado junto com as edificações próximas.

Os postes luminosos metálicos, um dos primeiros da cidade, estão enferrujados e sem as luminárias.

Só descaso dos poderes públicos e nosso mais profundo repúdio e lamento.

CASA DA ESTUDANTE

Pesquisadores da arquitetura da cidade de Câmara Cascudo apontam a edificação da casa, como sendo de antes de 1926, afirmando que: O imóvel de arquitetura eclética exibe em sua fachada principal a inscrição – MCM XXVI, provavelmente a data da construção de sua platibanda, pois a casa já aparece em fotografias anteriores a 1926. (Folha de Memória, março/abril – 2003).

Localizada em pleno Corredor Cultural, a Casa da Estudante, compõe com outras edificações a memória da cidade. Tombada como Patrimônio Histórico Estadual, desde 19/05/2004, sua preservação garante as novas gerações o direito à memória.

Em Natal, a Casa da Estudante Feminina, no Largo da Junqueira Aires, também na Cidade Alta, está conservado (lado esquerdo). Por sua vez o casório rosado ao lado igualmente antigo centenário, hoje abriga um fantástico Ateliê de Costura e Bordados.

Bibliografia:

Natal: história, cultura e turismo Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo. – Natal: DIPE – SEMURB, 2008.

A sede do Atheneu Norte-riograndense de 1859 a 1953

Em 1848, Frederico Augusto Pamplona iniciou a construção da sede para o Atheneu, que levou 11 anos para ser concluída.

No ano de 1859 o Atheneu foi transferido para o prédio onde hoje funciona a Secretaria de Finanças do Município, próximo a Prefeitura Municipal, na Rua da Cruz, antiga rua Junqueira Aires, atual rua Câmara Cascudo, e lá permaneceu até a inauguração da sede no bairro de Petrópolis.

O prédio do Ateneu era referência na cidade e, muitas vezes, utilizado para outros fins.

O professor Clementino Câmara, em Romance do Ateneu Norteriograndense, os parece indignado com tal fato, quando afirma: “não havia edifício onde a escola pudesse funcionar [o autor se refere a Escola Normal]. Para onde iria?

O Atheneu estava naturalmente indicado. E lá ficou a escola Normal desde 13 de maio de 1908 até 31 de dezembro de 1910”.

Informa ainda que essa decisão se deveu ao Governador Alberto Maranhão que fechou as escolas primárias, rotineiras, retrógradas e improdutivas que havia no Estado, e criou a Escola Normal, a fim de preparar gente capacitada.

Nas palavras do Professor Clementino Câmara entendemos que a Escola Normal utilizou as dependências do Ateneu até dezembro de 1910.

Daí, inferimos que, quarenta e quatro anos depois, a Escola Normal e o Ateneu voltam a utilizar o mesmo espaço.

ANTIGO RELÓGIO DO SESC

Fabricado pela fundação Val d’Osne e inaugurado de 2 de outubro de 1911, pelo governador Alberto Maranhão. Todo em ferro fundido, o relógio é decorado com motivos florais.

O antigo relógio doSESC, está inserido no conjunto da balaustrada, localizada na avenida Câmara Cascudo ( antiga avenida Junqueira Aires).

Resistente ao tempo, o antigo relógio do SESC é testemunha da antiga Natal.

Do tempo, do bonde, do velho Atheneu, depois Faculdade de farmácia e Odontologia, hoje Secretaria Municipal de Tributação.

Época do antigo Batalhão de Segurança, hoje escola Estadual Winston Churchill, é parte do Patrimônio Cultural do Povo da Cidade de Natal.

Bibliografia:

Anuário Natal 2009 / Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo – Natal (RN): Departamento de Informação, Pesquisa e Estatística, 2009.

ANTIGO PRÉDIO DO CONGRESSO ESTADUAL (ATUAL SEDE DA OAB/RN)

Situada no atual Largo Junqueira Aires, na Cidade Alta, a sede do antigo Congresso Legislativo Estadual, precursor da Assembleia Legislativa, foi inaugurada em 1906.

O prédio ainda mantém as linhas arquitetônicas no estilo Art-Noveau, traçadas pelo arquiteto Herculano Ramos, e tem como característica predominante o caráter decorativo, cujos traços possuem formas sinuosas, cheias de movimentos que imitam flores (NESI, 1994).

De 1938 a 1974, a edificação pertenceu ao Tribunal de Justiça do Estado. A partir de 1978, passou a abrigar a sede local da Ordem dos Advogados do Brasil, seção RN.

Em 1984, foi realizada uma ampla reforma do prédio, respeitando os padrões do projeto de Herculano Ramos. As portas, janelas e gradis, que ainda são os originais, foram confeccionados no Rio de Janeiro, especialmente para este prédio de expressivo valor histórico e arquitetônico.

Fatos marcantes da história da cidade ocorreram nas suas dependências. “Dentre eles o velório do senador Pedro Velho [antigo líder da oligarquia Albuquerque Maranhão], ocorrido no salão nobre, nos dias 12 e 13 de dezembro de 1907” (NESI, 1994, p.60).

Em 30 de julho de 1992,este prédio foi tombado a nível estadual.

Bibliografia:

Natal: história, cultura e turismo / Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo. – Natal: DIPE – SEMURB, 2008.

Fonte:

NESI, Jeanne Fonseca Leite. Natal Monumental. Natal: Fundação José Augusto,1994.

ANTIGO PRÉDIO DA SAÚDE PÚBLICA

Em 01/01/1929 foi inaugurado o edifício do Departamento da Saúde Pública. A construção do prédio foi iniciada no dia 05/10/1920, tendo sido a planta confeccionada pelo arquiteto Giácomo Palumbo e a construção dirigida pelo engenheiro civil Otávio Tavares.

A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) passou a ocupar o prédio do antigo INAMPS/RN no ano de 1987, na época o maior prédio da capital potiguar, transferindo, assim, suas atividades da Avenida Junqueira Aires (foto) para a nova Sede, na Avenida Deodoro da Fonseca, no Bairro Cidade Alta.

ANTIGO PRÉDIO DA CAPITANIA DOS PORTOS (ATUAL CAPITANIA DAS ARTES)

No local deste prédio localizado na Avenida Câmara Cascudo, Cidade Alta, no chamado Corredor Cultural de Natal funcionou, de 1873 a 1885, e de 1890 a 1898, a Companhia de Aprendizes Marinheiros.

Segundo Nesi (1994, p.40), demolida avelha edificação, “no mesmo local foi edificado um novo prédio, que serviu de sede à Capitania dos Portos até o ano de 1972”.

Depois de longo período de abandono, foi restaurado em 1989 pela Secretaria Municipal de Turismo – SECTUR, na administração da prefeita Wilma de Faria.

O projeto de reforma é de autoria do arquiteto João Maurício de Miranda, cuja proposta reuniu a preservação da fachada em estilo neoclássico, concepção arquitetônica difundida no Brasil pela Missão Artística Francesa de 1816, e no interior do prédio a utilização dos recursos da arquitetura moderna (NESI, 1994).

Bibliografia:

Natal: história, cultura e turismo / Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo. – Natal: DIPE – SEMURB, 2008

Fonte:

NESI, Jeanne Fonseca Leite. Natal Monumental. Natal: Fundação José Augusto,1994.

Muro e a via da Junqueira Aires

Entre os pedidos de realização de novas obras feitas pelo governo do Estado ao senhor Eduardo dos Anjos, “empreiteiro” e intendente municipal entre os anos de 1923 e 1925, está o reboco do muro de sustentação que ia da casa do Coronel Aureliano de Medeiros até o canto da ladeira do colégio Atheneu, na Ribeira, e a construção do passeio que o acompanhava. (A REPUBLICA, Natal, 10 nov. 1906.).

A empreitada foi realizada em outubro de 1906 pela importância de quase três contos de réis (2:794$800). Em outro ofício, vemos que o Governo contrata-o também para a continuação do rebaixamento da Avenida Junqueira Ayres (calhe central e lado do Atheneu) até a Rua Ulysses Caldas, pela quantia de 4:776$900 (quatro contos, setecentos e setenta e sete mil e novecentos réis) (A REPUBLICA, Natal, 31 out. 1906.).

SOLAR JOÃO GALVÃO DE MEDEIROS: ATUAL CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO ELOY DE SOUZA

O Casarão da Avenida Luís da Câmara Cascudo, antiga Avenida Junqueira Aires, foi erguido em 1908 por determinação de João Alfredo, seu primeiro proprietário. Posteriormente, a edificação foi adquirida pelo coronel da Guarda Nacional, Aureliano de Medeiros, que residiu no local por dois anos enquanto construía, “em terreno ao lado, o seu palacete que receberia a merecidade nominação de Solar Bela Vista” (NESI, 1994, p.72).

Comerciante perspicaz, o coronel Aureliano era dono da loja Paris em Natal, uma das mais famosas da cidade no início do século XX. Com a sua morte D. Olímpia de Medeiros, sua filha, herdou o imóvel. Como era solteira, ao falecer deixou o casarão de herança para dois de seus parentes mais próximos: João de Medeiros Filho e Bernardo Galvão Medeiros (NESI, 1994).

A edificação foi construída em estilo chalé e constitui-se num dos poucos exemplares deste estilo ainda existente em Natal. Ao longo de sua existência, foi utilizado como residência e hotel; ficou desocupado por várias décadas, período no qual sofreu incêndio que destruiu parte de sua cobertura.

Em sua restauração, no ano de 1999, foram mantidas as estruturas originais internas compatíveis com a preservação de um patrimônio do Corredor Cultural de Natal, de reconhecida relevância para a memória da cidade (NATAL, 2003). O prédio é administrado pela Fundação José Augusto que nele implantou o Centro de Documentação e Pesquisa, e a Oficina de Restauração.

No local, está à disposição do público considerável acervo documental escrito e iconográfico. De expressivo valor arquitetônico, o Solar João Galvão de Medeiros foi tombado, a nível estadual, em 19 de julho de 1988 (NATAL, 2003).

Bibliografia:

Natal: história, cultura e turismo / Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo. – Natal: DIPE – SEMURB, 2008.

Fontes:

NESI, Jeanne Fonseca Leite. Natal Monumental. Natal: Fundação José Augusto, 1994.

NATAL. Prefeitura Municipal. Prefeitura Municipal. Circuito Histórico e Cultural de Natal. Natal: Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo, 2003.

SOLAR BELA VISTA

Bela construção datada do início do século XX, localizada na Av. Luís da Câmara Cascudo, n°417, em pleno Corredor Cultural de Natal, na Cidade Alta. Dentre as características da sua concepção arquitetônica destacam-se a importância do Sobrado e a beleza e rebuscamento dos materiais diversos que o compõem.

Construído no centro do lote, possui um lindo jardim. Na construção, executada pelo paraibano e seu primeiro proprietário Cel. Aureliano de Medeiros, foram importados o mobiliário, tapetes, lustres, porcelana, cristais francesas, vidraças belgas. Até mesmo o ferro e o metal utilizados vieram da Alemanha.

A casa possuía estátuas dos quatro primeiros Presidentes da República e capela particular. As fachadas principal e lateral do palacete apresentam frontões triangulares, com estrela vazada ao centro. Esses frontões emoldurados por cornijas de massa são característicos do estilo neoclássico.

Uma platibanda vazada e cercada por pequenos e graciosos pináculos arremata toda a cobertura da casa (NESI, 1994, p.75). Após a morte do Cel. Aureliano Medeiros em 1933, a viúva D. Rosa e suas duas filhas passaram a residir em outro imóvel de sua propriedade situado na praça Pe. João Maria.

Desde então deixou de ser residência. O antigo palacete foi sede do Tribunal de Justiça, pensão familiar e a partir de 1948 tornou-se Hotel Bela Vista.

Em 1958, o palacete foi vendido ao SESI (Serviço Social da indústria) (NESI, 1994). Tempos depois é restaurado. Após a restauração (1984) feita sob a coordenação da Fundação José Augusto, o palacete readquiriu a sua “majestade” da época do Cel. Aureliano de Medeiros quando era palco de grandes eventos sociais.

Hoje funciona como o Centro de Cultura e Lazer do SESI-RN, oferecendo vários cursos e oficinas de artes. O Solar Bela Vista, nome herdado do antigo hotel, lugar de memória, foi Tombadono âmbito estadual, em 17 de fevereiro de 1990.

Bibliografia:

Natal: história, cultura e turismo / Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo. – Natal: DIPE – SEMURB, 2008.

Fonte:

NESI, Jeanne Fonseca Leite. Natal Monumental. Natal: Fundação José Augusto,1994.

Travessa Pax

A rua localiza-se entre a casa de Câmara Cascudo e o Solar Bela Vista, próximo a Fundação Capitania das Artes, com o nome de Travessa Pax, liga à rua São Tomé à Av. Câmara Cascudo construída no final do século 19, feito com pedras de Maré, conhecidas como pedras “Cabeça de Nego”, arenito ferruginoso encontrado na base das falésias da via costeira e do leito do Rio Potengi de onde foram retiradas não só para pavimentar esta via, mas outras como por exemplo a Rua Quitino Bocaiúva (próxima a igreja do Rosário dos Pretos) e a Rua Voluntários da Pátria (na praça da Santa Cruz da Bica no Baldo).

A pavimentação da Travessa guarda as rochas originais do século XIX, usadas nos primórdios da expansão urbana, quando até então, em Natal só havia ruas de barro.

Foi Tombada nacionalmente por fazer parte do patrimônio Histórico da cidade. A travessa está situada no Centro Histórico de Natal.

O projeto de revitalização chancelado pelo IPHAN e pela FUNCART tem equívocos. Uma rua sem vida pela falta de atrativos a sua visitação, sem restauração e sem falar na escolha equivocada dos bancos…

Casa do governador Tavares de Lyra

e Natal não ultrapassava 12 mil “almas”. Os “barracões” montados na praça haviam deixado lembranças no mínimo aterradoras: saques, epidemias, mortes, violências, deportações, desespero e fome.

Os retirantes chegam mesmo a tentar invadir a casa do governador Tavares de Lyra em um episódio que ficou registrado pelas lentes do fotógrafo Bruno Bougard. Das sacadas e das calçadas os observadores se distinguem dos revoltosos.

Nesse momento, nas margens da rua, o poder “civilizador” militar, representado pelo soldado isolado e distante, parece impotente ante esse fenômeno. Na rua, externando a face mais violenta da fome, os homens aglomeram-se na porta do governador para exigir providências.

As mulheres, crianças e idosos afastam-se do confronto direto e no primeiro plano exibem para o fotógrafo outra violência. Como fantasmas, seus corpos vagueiam pelas ruas da cidade, ostentando ainda alguns objetos, fragmentos gastos de antigas fortunas.

Posses e identidades ficaram para trás, a seca destruiu tudo, só restou o desespero e a fome. Esta foto fez parte do acervo particular do ex-ministro e ex-governador Augusto Tavares de Lyra.

CASA DE CÂMARA CASCUDO

Localizada na rua Câmara Cascudo nº 377 (antiga rua Junqueira Ayres) – Centro/Natal-RN, a casa foi construída na forma de chalé em 1900, pelo industrial Afonso Saraiva Maranhão e adquirida em 1910 pelo Desembargador Dr. José Teotônio Freire que seria, anos depois, sogro de Câmara Cascudo.

Com o falecimento do desembargador José Teotônio Freire, em 1944, o imóvel passou a ser ocupado por seu genro, Luís da Câmara Cascudo, a mais expressiva figura intelectual do Rio Grande do Norte (NESI, 1994). Em 1947 Cascudo comprou o chalé da sua sogra Dona Maria Leopoldina Viana Freire e lá viveu até o fim dos seus dias em 1986.

A residência, que abrigou Cascudo por mais de 40 anos, foi construída sob a influência da concepção arquitetônica neoclássica, no estilo chalé, preservando ainda sua feição original. O imóvel apresenta planta retangular, com cobertura em duas águas.

Possui pátios laterais que favorecem a ventilação e iluminação, e a fachada principal destaca-se pelo seu “frontão triangular com um óculo central e uma cobertura arrematada por cornija e um belo lambrequim” (NESI, 1994, p. 52).

A outrora residência de Câmara Cascudo, em conjunto com outras edificações, compõe o chamado Corredor Cultural de Natal. Por sua relevância histórica e arquitetônica, esta casa é considerada patrimônio cultural do município e foi tombada, como Patrimônio do Estado através da portaria de Nº 045/90, em 17 de fevereiro de 1990. Hoje um endereço de referência do estado do Rio Grande do Norte.

Foi aberta à visitação pública em janeiro de 2010, depois de passar por uma criteriosa reforma, a cargo do engenheiro Camilo de Freitas Barreto, genro Mestre Cascudo. Com a reforma concluída em 2009 passou a abrigar o Instituto Ludovicus, que hoje está sob a direção de Daliana Cascudo, neta do grande Professor e Folclorista Potiguar.

Bibliografia:

Natal: história, cultura e turismo / Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo. – Natal: DIPE – SEMURB, 2008.

Fonte:

NESI, Jeanne Fonseca Leite. Natal Monumental. Natal: Fundação José Augusto,1994.

A República

Em 20 de março de 1931, mudou-se da Av. Tavares de Lira para o endereço definitivo, o prédio da Av. Junqueira Aires, 355, prédio que foi construído em 1895 por Amaro Barreto de Albuquerque Maranhão, em 1907 com o falecimento de Pedro Velho – fundador do jornal – o prédio foi vendido ao estado, passando a sediar o jornal.

Essa mudança de espaço permitiu uma ampliação técnica da sua produção, onde passou a publicar fotografias com mais regularidade. A epígrafe no cabeçalho sempre difundiu as mudanças de discurso no jornal, de 1933 a 1944 se escrevia “Órgão Oficial do Estado”, reprimindo a palavra “poderes” de anteriormente, se especula uma forma de definir frente aos acontecimentos nacionais explicitados ao longo da pesquisa com o controle da imprensa pelo Estado.

Bibliografia:

O Estado Novo no controle da informação cotidiana: o caso da cidade de Natal (1941-1943) a partir do jornal “A República” / Fernanda Carla da Silva Costa. – João Pessoa, 2019.

ANTIGO PALACETE DE JUVINO BARRETO (ATUAL COLÉGIO SALESIANO)

A edificação na qual funciona o atual Colégio Salesiano São José localiza-se no largo Dom Bosco, na Ribeira. Sua área corresponde aos domínios do antigo palacete construído pelo industrial Juvino César Paes Barreto.

O empresário tinha uma fábrica de tecidos, inaugurada a 21 de julho de 1888com a presença do presidente da Província, Antônio Francisco Pereira de Carvalho. A fábrica que se situava no começo da ladeira da então Rua da Cruz, atual Avenida Luís da Câmara Cascudo, produzia quatro tipos de tecidos grossos e beneficiava algodão vindo do interior no lombo de animais (NESI, 1994).

O industrial e sua esposa, Inês Paes Barreto, doaram à Ordem dos Salesianos a Vila Barreto, como era conhecida a propriedade da família. Em 9 de abril de 1901,Juvino Barreto faleceu.

No dia 26 de setembro de 1936, quatro anos após a morte de D. Inês, os padres Salesianos ocuparam o palacete utilizando-o como oratório e local de reuniões. Em 1939, as atividades pedagógicas começaram no local.

Em 1940, começou um curso para formação de seminaristas e, em 1960, o Ginásio Salesiano São José passou a funcionar no antigo palacete dos Barretos. Desde 30 de julho de 1992, registra Nesi (1994), o prédio é tombado a nível estadual.

Bibliografia:

Natal: história, cultura e turismo / Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo. – Natal: DIPE – SEMURB, 2008.

Fonte:

NESI, Jeanne Fonseca Leite. Natal Monumental. Natal: Fundação José Augusto,1994.

Edifício Natal

ESTAÇÃO DA REDE FERROVIÁRIA FEDERAL (ATUAL CBTU)

A primeira estrada de ferro implantada no Rio Grande do Norte, com a ativa participação de grupos empresariais ingleses, foi definida como a Imperial Brazilian Natal and Nova Cruz Railway Company Limited. “O primeiro trecho, Natal a São José de Mipibu, foi inaugurado […] a 28 de setembro de 1881.

O edifício, aberto ao público neste dia, é o mesmo da Praça Augusto Severo” (CASCUDO, 1999, p. 427). A conclusão da estrada só ocorreu em 10 de abril de 1883, totalizando mais de 120km de trilhos que interligaram Natal à cidade de Nova Cruz.

Posteriormente, o governo federal encampou a ferrovia e promoveu o arrendamento em benefício da empresa The Great Western of Brazil Railway Company Limited.

Com os investimentos realizados, a partir de 1º de janeiro de1904 foram concluídas as articulações ferroviárias com a Paraíba e Pernambuco. Mais de três décadas depois, a 5 de novembro de 1939, já durante a administração de Getúlio Vargas, o governo federal encampou o trecho Natal-Nova Cruz e repassou-o para o controle da Estrada de Ferro Central do Rio Grande do Norte (CASCUDO, 1999).

A preservação dessa edificação registra, por conseguinte, considerável etapa da evolução histórica dos meios de transportes em Natal e no Estado.

Bibliografia:

Natal: história, cultura e turismo / Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo. – Natal: DIPE – SEMURB, 2008.

Fonte:

CASCUDO, Luís da Câmara. História da Cidade do Natal. Natal: RN Econômico,1999.

ANTIGA ESCOLA DOMÉSTICA DE NATAL

A Escola Doméstica é uma das mais antigas de nossa cidade. Nascida da determinação do educador Henrique Castriciano, foi pioneira na formação pedagógica feminina.

Um projeto que contou com outros intelectuais como, Manoel Dantas, José Augusto Bezerra de Medeiros, Dionísio Filgueira e Felipe Guerra. Eles pertenciam à Liga de Ensino do Rio Grande do Norte, fundada a 23 de julho de1911, nas dependências do Teatro Alberto Maranhão. A ideia de Henrique Castriciano refletia uma educação nos moldes suíços (NESI, 1994).

A Escola Doméstica foi fundada em 1ª de setembro de 1914. Inicialmente funcionou neste prédio da Praça Augusto Severo, no local atualmente (2008) funciona o Centro Clínico Dr. José Batista Passos. A partir de 03 de março de 1953, transferiu-se para Avenida Hermes da Fonseca, endereço no qual permanece até hoje.

Uma instituição pertencente à história da cidade do Natal, como afirmou Dom Heitor de Araújo Sales (apud LIMA, 1999), “Há instituições com vocação para a eternidade. Esta é uma delas”.

Localizado na Zona Especial de Preservação Histórica, esta edificação guarda a memória da cidade. De acordo com NESI (1994, p.76), o prédio da antiga Escola Doméstica, junto com outras edificações do seu entorno, integra “um harmonioso conjunto arquitetônico” característico do início do século XX.

Bibliografia:

Natal: história, cultura e turismo / Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo. – Natal: DIPE – SEMURB, 2008.

Fontes:

NESI, Jeanne Fonseca Leite. Natal Monumental. Natal: Fundação José Augusto,1994.LIMA, Diógenes da Cunha. Natal: biografia de uma cidade. Rio de Janeiro: Lidador,1999.

ANTIGO PRÉDIO DO GRUPO ESCOLAR AUGUSTO SEVERO

Este prédio foi edificado no início do século XX, ao lado da Praça Augusto Severo. Nele funcionou o Grupo Escolar pioneiro no Rio Grande do Norte na reformulação do modelo educacional implantado à época. O ato inaugural ocorreu a12 de junho de 1908, com a presença do governador Alberto Maranhão e representantes das principais instituições educacionais de Natal.

Segundo Onofre Jr.(1998, p.67), para quem o edifício é de “indiscutível valor artístico”, o projeto é de autoria do arquiteto Herculano Ramos. A edificação apresenta um único pavimento, com fachada rebuscada de composição simétrica. Possui corpo central com pórtico de entrada enquadrado por pilastras, além de exibir frontão triangular e platibanda com ornatos e cornija em massa.

O Grupo Escolar Augusto Severo foi convertido em Escola-Modelo pelo decreto198, de 10 de maio de 1909. Em 1952, com a desativação do antigo prédio do Atheneu Norte-rio-grandense, este passou a funcionar, até 1954, no edifício do Grupo Escolar. A partir de 1956, ali foi instalada a Faculdade de Direito, que permaneceu nessas dependências até 1974, quando o Curso de Direito foi transferido para o Campus Universitário.

Posteriormente, a edificação sediou a Secretária de Segurança Pública do Estado. Em 6 de dezembro de 1991, o prédio foi tombado pelo governo estadual (NESI, 1994).

Bibliografia:

Natal: história, cultura e turismo / Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo. – Natal: DIPE – SEMURB, 2008.

Fonte:

NESI, Jeanne Fonseca Leite. Natal Monumental. Natal: Fundação José Augusto,1994.

TEATRO ALBERTO MARANHÃO

Está situado na Praça Augusto Severo, na Ribeira. Teve sua construçãoiniciada em 1898, no governo Joaquim Ferreira Chaves, que o denominou TeatroCarlos Gomes.

A inauguração se deu em 24 de março de 1904. Em 1912, durante o segundo mandato do governador Dr. Alberto Frederico de Albuquerque Maranhão, teatro foi reinaugurado após uma reforma que o transformou em casa de luxo, dotada de espelhos e lustres de cristal.

A historiadora Denise Mattos (2000) lembra que a construção e reforma do Teatro Carlos Gomes, aconteceu na época da oligarquia Maranhão. Esta edificação e outras intervenções ocorridos em Natal, nos primeiros anos do século XX,simbolizam o desejo da elite potiguar em fazer de sua capital uma cidade moderna.

Transformado em cinema no período entre 1928 e 1930, também funcionou como Câmara Municipal entre 1952 e 1954, voltando a funcionar como teatro durante o governo de Dinarte Mariz. Somente em 1957 passou a ser chamado Teatro Alberto Maranhão, numa homenagem ao ex-governador responsável pela sua reconstrução.

Segundo Jeanne Nesi (1994), na sua reforma (em 1910), coordenada pelo arquiteto Herculano Ramos, “o teatro adquiriu feições ecléticas, apresentando elementos típicos do art nouveu como: grades, vasos, ornatos aplicados e esculturas, como a que se encontra no eixo central sobre a platibanda, confeccionada pelo francês Mathurin Moreau, simbolizando ‘A Arte’”.

Depois de quase sete anos sem funcionamento, reabriu suas portas ao público no dia 18/12/2021. Nesta execução, foi feita a renovação das estruturas elétricas e hidráulicas, implementada acessibilidade (rampas, piso tátil, poltronas largas para pessoas maiores e elevadores) e a climatização central, além do sistema de esgoto que previne alagamentos.

Bibliografia:

Natal: história, cultura e turismo / Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo. – Natal: DIPE – SEMURB, 2008.

Fontes:

MONTEIRO, Denise Mattos. Introdução à história do Rio Grande do Norte. Natal: EDUFRN, 2000.

NESI, Jeanne Fonseca Leite. Natal Monumental. Natal: Fundação José Augusto,1994.

Avenida Duque de Caxias

A avenida Duque de Caxias era primitivamente conhecida como a “Campina da Ribeira”, figurando em um mapa desenhado da cidade do Natal, na sétima década do século XIX. Sua denominação definitiva ainda não seria essa, a referida avenida passou depois a ser denominada rua do Bom Jesus , cuja extensão iniciava na atual rua José Alexandre Garcia prolongando-se até a rua que hoje recebe o nome de Ferreira Chaves.

A rua do Bom Jesus teve seu nome alterado para rua 25 de dezembro, de acordo com o decreto municipal de 13 de fevereiro de 1888, e em 31 de julho de 1903 a Intendência Municipal passou a denominar aquele logradouro de rua Sachet, em homenagem ao mecânico do balão.”Pax”, explodido em Paris, que matou Augusto Severo e Sachet.

Posteriormente, aquele logradouro recebeu o nome de Avenida Duque de Caxias. O Banco de Natal, posteriormente, BANDERN, foi erigido nesta rua. E com sua transferência para a sede própria, na esquina das atuais avenidas Duque de Caxias e Tavares de Lira, o local foi ocupado pela livraria Cosmopolita, tendo como proprietário Fortunato Aranha.

A exemplos de outras a avenidas e ruas da Ribeira, a Duque de Caxias encontra-se em estado avançado de deterioração econômica. Vários de seus prédios encontram-se desocupados e estado avançado de deterioração. Uma área nobre e rica em história não pode ter o fim que está ocorrendo em outras vias do bairro. É urgente devolver a vida ao logradouro e ao bairro como um todo

Bibliografia:

A MODERNIZAÇÃO DA CIDADE DO NATAL: O AFORMOSEAMENTO DO BAIRRO DA RIBEIRA (1899-1920). LÍDIA MAIA NETA. NATAL/Dez/2000.

Fonte:

NESI, Jeanne Fonseca Leite. Natal monumental. Natal: Fundação José Augusto, 1980.

PRÉDIO DA JUNTA COMERCIAL

A Junta Comercial do Estado do Rio Grande do Norte foi criada pela lei 132 de13 de setembro de 1899. A antiga sede situava-se à Rua do Comércio (atual RuaChile), foi transferida para a Rua Dr. Barata e, atualmente, ocupa o local construído pelo Governo do Estado para a Recebedoria de Rendas, na gestão do governador Juvenal Lamartine de Faria e inaugurado a 31 de março de 1930.

O prédio faz parte de um conjunto arquitetônico de relevante valor histórico e arquitetônico, conjuntamente com o teatro Alberto Maranhão, o Colégio Salesiano, Praça Augusto Severo, antiga Faculdade de Direito, a antiga Escola Doméstica e o antigo Terminal Rodoviário Pte. Kennedy (atual Museu de Cultura Popular Prefeito Djalma Maranhão).

Jeanne Nesi (1994) faz a seguinte descrição deste monumento: o edifício apresenta partido de planta retangular, desenvolvido em dois pavimentos, comamplas dependências. A cobertura apóia-se em colunas revestidas de marmorite, com capitéis caprichosamente trabalhados. As divisões internas são feitas demadeira e vidre, havia duas escadas helicoidais de ferro. Preservou-se apenas uma.

Desde 27 de setembro de 1973, nele passou a funcionar a Junta Comercial.Em 1992 foi tombado como Patrimônio Histórico Estadual.

Bibliografia:

Natal: história, cultura e turismo / Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo. – Natal: DIPE – SEMURB, 2008.

Fonte:

NESI, Jeanne Fonseca Leite. Natal Monumental. Natal: Fundação José Augusto,1994.

ESTÁTUA DE AUGUSTO SEVERO

Este monumento está localizado no bairro Ribeira, na praça que tem o no medo homenageado. Inaugurada em 15 de novembro de 1905, sob os auspícios doentão governador Tavares de Lyra, a praça recebeu, em 1913, a estátua em bronze de Augusto Severo de Albuquerque Maranhão (ONOFRE JR., 1998).

A escultura constitui uma reverência ao pioneirismo do inventivo potiguar nascido em Macaíba, município da atual Região Metropolitana de Natal, em 11 de janeiro de 1864. Descendente da tradicional família que após a proclamação da República dominou a política estadual por mais de duas décadas (BUENO, 2002) -era irmão de Pedro Velho e Alberto Maranhão – Augusto Severo notabilizou-se por sua contribuição aos primórdios da aviação mundial.

Assim como Santos Dumont e outros pioneiros, Augusto Severo almejou conquistar os céus com as suas invenções. O cenário para essa ousadia seria Pariscujo glamour, à época, atraía inventores e aeronautas de todo o mundo. Em 12 de maio de 1902, na Cidade Luz, seus propósitos desvaneceram com o desastre do balão Pax, dirigível por ele concebido (ONOFRE JR., 1998).

No mesmo acidente faleceu o mecânico Sachet. O registro de uma rua com o seu nome, no bairro Ribeira, reverencia a memória do companheiro de Augusto Severo nas origens dos feitos aeronáuticos.

Bibliografia:

Natal: história, cultura e turismo / Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo. – Natal: DIPE – SEMURB, 2008.

Fontes:

BUENO, Almir de Carvalho. Visões de República: idéias e práticas políticas no Rio Grande do Norte (1880-1895).

Natal: EDUFRN, 2002.ONOFRE Jr. Manoel. Guia da cidade do Natal. Natal: EDFURN, 1998.

Finalizando a série de postagens sobre a Décima edição da Caminhada Histórica de Natal e a expedição fotográfica do Fatos e Fotos de Natal Antiga em 2021 quero agradecer aos organizadores da @caminhadahistorica pela oportunidade de participar do evento e agradecer pela referência ao nosso trabalho durante o cortejo. Fica o contato estabelecido na certeza que vai render boas parcerias institucionais.

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