A construção da Antiga Ponte de Igapó
Para atingir a Igapó o trem da Central do Rio Grande do Norte teve que transpor o rio Potengi através da poderosa ponte metálica de mais de 500 metros de extensão […] (CARETA 1949, p. 30),
Humberto Peregrino disse em uma de suas crônicas (CARETA, 1957, p.14, grifos nosso):
O trem saiu de Natal há mais de meia hora, já transpôs o rio Potengi sobre a poderosa ponte de ferro, já ficou para trás também a vila de Igapó, cujas as salina se extinguiram no abandono […] mas cujo sítios de mangueiras, cajueiros e coqueiros estão cada vez mais viçosos e pitorescos.
Para permitir a vinda do trem até ao bairro da Ribeira, em Natal, foi construída a ponte de Igapó pela The Cleveland Bridge & Engeering Company, de Darlington, na Inglaterra. Essa ponte sobre o rio Potengi mede 550 metros e foi inaugurada pelo governador Ferreira Chaves em 20/04/1916. (SOUZA, 2010, p.89).
A ponte ferroviária foi desativada na década de 70 quando foi inaugurada a ponte rodoferroviária ao lado da ponte de Igapó sobre o rio Potengi. Foi vendida a uma empresa de sucata do Recife que desmontou metade da ponte. Atualmente o que restou da ponte faz parte da paisagem de Natal para quem trafega na zona norte da capital potiguar.Abaixo mais imagens da ponte de Igapó.
Hoje, o que restou da estrutura de ferro já se tornou parte da paisagem urbana de Natal.
Construção
Em 1970, após 54 anos de uso, a Ponte Velha de Igapó – erguida para servir à Estrada de Ferro Central que ligava a capital ao interior do estado – foi desativada com a inauguração de uma nova ponte de concreto. Era o fim do contrato com a companhia britânica. Na mesma década, a parte metálica foi vendida para um comerciante de ferro que pretendia lucrar com a venda do material. Mas o alto custo do desmonte acabou interrompendo a destruição.
Na década de 1990, foi tombada pela Fundação José Augusto, da Secretaria de Cultura do Rio Grande do Norte.
Fotos históricas que retratam a construção da antiga ponte sobre o Rio Potengi. A Ponte do Potengi Presidente Costa e Silva (mais conhecida como Ponte de Igapó, em referência ao bairro onde a ponte está localizada; ou ainda Ponte Velha, em referência a ponte nova), é uma ponte pênsil simples sustentada por vãos de ferro e concreto armado, localizada na cidade de Nata. A finalidade da ponte é ligar a Zona Norte de Natal ao restante da cidade, passando pelo Rio Potengi que corta a cidade.
A construção iniciou em 1913 e teve sua conclusão em 1915. Foi inaugurada em 20 de abril de 1916 e era totalmente de ferro e só possuía duas vias em sentidos opostos, mais a linha ferrea. Sua função era a de permitir a passagem dos trens da Estrada de Ferro Central, facilitando o transporte entre a Capital e o interior do Rio Grande do Norte, que até então só era possível transpondo-se o Rio Potengi por meio de embarcações.
Construída durante o governo do Des. Ferreira Chaves, possuía uma extensão que totalizava 550 metros, com nove vãos de 50 metros e um de 70. Devido ao crescimento urbano da Zona Norte e o alto tráfego de fluxo de carros indo para aquela zona, a estrutura metálica foi deixada de lado, e ao lado dela, foi construída uma segunda ponte de concreto com sustentações de concreto e ferro.
Essa segunda ponte foi construída (concluída) em 1970. A estrutura metálica foi comprada por uma empresa privada, porém, devido ao custo-benefício insatisfatório, algumas partes da estrutura metálica foram deixadas. Hoje, além da nova Ponte Newton Navarro, a estrutura metálica é um símbolo e cartão postal informal da Zona Norte. Entretanto, a estrutura de ferro continua abandonada e enferrujada. A própria ponte também se encontra na mesma situação. Fotos enviadas por Luciano Carvalho.
Fontes: Crônicas Taipuenses e Natal Como Te amo
Importante relato documental para a preservação da memória! *”História é a ciência que estuda os fatos passados, para a melhor compreensão do presente.”*
Natal, terra do abandono e do descaso. Fosse em Recife ou Fortaleza, essa velha ponte de ferro seria um atrativo turístico importante, com lojinhas, lanchonetes e excelente ponto de encontro, uma vez que o visual proporcionado pela estrutura e sua localização é belíssimo.