Avenida Getúlio Vargas (antiga avenida Atlântica)

De início, esta artéria chamava-se – avenida Atlântica – devido à sua proximidade com o Oceano Atlântico que banha o litoral potiguar. De lá a vista para as praias e ao mar atraiu os primeiros visitantes e moradores. Veio a urbanização e passou a chamar-se Getúlio Vargas. Inspiração aos para os poetas e artistas, a bela panorâmica aproxima e medita sobre o ser natalense e sua conexão com o mar e a sua cidade. Esta é sua história…

Em fins de maio de 1925, mais uma matéria d’A Republica se preocupa em trazer um balanço da administração de O’Grady. Como as anteriores, ela trata de ressaltar o quanto já havia sido feito na cidade em tão pouco tempo, revelando esperança no porvir da urbe natalense.

Entre as ações citadas, estavam a organização dos departamentos da Intendência, as obras de calçamento, o novo sistema de numeração da cidade e, por fim, a construção da Avenida Atlântica, obra que apresentava o objetivo principal de aformosear a cidade, tornando-se um dos seus principais cartões postais, conforme expõe o redator da matéria:

“Ha por considerar ainda o bem inspirado projecto da nossa Avenida Atlantica […] donde, de futuro, poderão, de par com o crescente progresso da cidade, observar os forasteiros as excelencias panoramicas de Natal”.

Em seguida, a matéria apresenta ainda como seria a nova avenida da cidade: com 800 metros de extensão, sendo mais da metade deles (425 metros) cobertos por balaústres e passeios, a Avenida Atlântica descortinaria “nossos melhores scenarios, trecho do Potengy, o forte dos Reis Magos, os nossos arrecifes, as nossas pittorescas praias”. O projeto, iniciado naquele ano de 1925, tornou-se realidade no ano seguinte.

O BONDE NOVO
O bonde que inauguraram
É amarelo e muito claro…
Sua campa bate alegre e diferente das outras…
E seus olhos vermelhos indicam Petrópolis…
Anda sempre cheio por que é novo…
Chega na balaustrada espia o mar…
E os passageiros todos nem olham pro mar…
Só vêem o bonde novo…
Aquele bonde só devia sair aos domingos
Pois ele é a roupa domingueira
Da Repartição dos Serviços Urbanos…
(FERNANDES, 1970, p. 83).

Em fins de maio de 1925, em uma matéria d’A Republica se preocupa em trazer um balanço da administração de O’Grady. Como as anteriores, ela trata de ressaltar o quanto já havia sido feito na cidade em tão pouco tempo, revelando esperança no porvir da urbe natalense. Entre as ações citadas, estavam a organização dos departamentos da Intendência, as obras de calçamento, o novo sistema de numeração da cidade e, por fim, a construção da Avenida Atlântica, obra que apresentava o objetivo principal de aformosear a cidade, tornando-se um dos seus principais cartões postais, conforme expõe o redator da matéria: “Ha por considerar ainda o bem inspirado projecto da nossa Avenida Atlantica […] donde, de futuro, poderão, de par com o crescente progresso da cidade, observar os forasteiros as excelencias panoramicas de Natal”. (A REPUBLICA, Natal, 30 maio 1925).

O poeta Jorge Fernandes, neste poema de 1927, saúda o bonde novo, símbolo do progresso, expressando a alegria do natalense em poder utilizar este meio de transporte, assim, a cada inovação que surgia, Natal se distanciava do passado de vila colonial.

O bonde elétrico era o principal transporte coletivo na cidade, a linha mais extensa percorria o eixo Lagoa Seca – Alecrim – Cidade Alta – Ribeira, duas outras linhas ligavam a Ribeira até os Bairros de Petrópolis (limite na Avenida Getúlio Vargas) e Tirol (Quartel do 16º RI) sempre passando pela Cidade Alta.

A fim de melhorar as condições do tráfego de automóveis e de bonde elétrico nesta artéria, o prefeito Ornar O’Grady a calçou com paralelepípedo em 1926, gastando nesta obra a importância de 91:058$000 contos de réis (A República, 25 de abril de 1929).

Este calçamento foi inaugurado solenemente no dia 31 de maio de 1926. Um corso de sessenta automóveis – um espanto! – acompanhou o governador José Augusto Bezerra de Medeiros, o prefeito O’Grady e demais autoridades até o local da inauguração (A República, 01 de junho de 1926).

E que se via e igualmente emocionava? “No bairro alto de Petrópolis a avenida Atlântica se acaba no dó-de-peito dum belveder e mostra lá embaixo, Areia Preta, uma das praias mais encantadoras que eu conheço”. (Andrade, M., 1976, p.232, “Natal, 16 de dezembro” de 1928).

Quando o governador Rafael Fernandes estava fazendo o saneamento de Natal, foi construído um pavilhão nesta avenida. A Comissão de Saneamento de Natal promoveu, então, um concurso para a população escolher um nome para este pavilhão. Com 449 votos, foi escolhido o nome “Miramar” (A República, 08 e 10 de dezembro de 1937). Um dos reservatórios o sistema de abastecimento de água e saneamento de Natal elaborado pelo Escritório Saturnino de Brito, o Reservatório R.2, com capacidade de 320 m³, está situado no extremo da Avenida Getúlio Vargas (antiga Atlântica). Abasteceria a Praia do Meio e Areia Preta.

O interventor Rafael Femandes inaugurou a avenida Getúlio Vargas no dia 10 de novembro de 1938 (A República, 12 de novembro de 1938). A nova denominação desta artéria foi uma homenagem ao primeiro aniversário do Estado Novo no Rio Grande do Norte, sobretudo, em gratidão aos recursos enviados por Getúlio Vargas para a construção do saneamento de Natal.

É importante salientar que o prefeito Gentil Ferreira, ao criar esta avenida, construiu uma balaustrada, com focos de luz, em toda a sua extensão, até alcançar o prédio do hospital “OnofreLopes”. Em outubro de 1940, o cronista Aderbal de França condenava a ação depredadora contra esta obra de arte (A República, “Sociais”, 11 de outubro de 1940).

Estava consolidado o topônimo: balaustrada de Petrópolis, local onde toda a Natal e visitantes se debruçariam contemplando o imenso e belo mar do Belo Monte e a maior referência da cidade, a Fortaleza dos Reis Magos. Com direito a coreto central para memoráveis retretas e belas apresentações musicais, saraus poéticos e tudo o mais que a cultura da terrinha dispunha, em 24 de outubro de 1937, é finalmente inaugurada a Praça Pedro Velho, a Pracinha do coração de todo natalense. Toda a gente de Natal foi retratada ali, onde as crianças brincavam no “playground” e todos os amantes se enamoraram.

Entre 1912 e 1915, a Empresa de Bondes construiu “na avenida Atlântica, um prédio, no qual residiu o seu diretor, Alberto de San Juan e, em seguida, Honório de Barros, gerente da Empresa … É hoje pertencente ao Estado, nele funcionando a Assembléia Estadual, para o que foi ampliado (BRANCO, 1951). A ampliação deste prédio, a que se refere o mencionado articulista, foi realizada pelo prefeito Sylvio Pedroza.

A Assembléia Legislativa funcionou neste prédio da avenida Getúlio Vargas, no período de julho o agosto de 1947 até agosto de 1963, quando resolveu ir para um prédio da Praça André de Albuquerque (CASCUDO, 1972, p. 201). Com a saída da Assembléia, o referido edifício foi ocupado pelo Tribunal de Contas do Estado, na esquina fica uma escola de enfermagem onde já foi casa de Fernando Pedrosa, tradicional família da Natal do passado. Na outra esquina funcionou o Liberte, que veio quebrar a tranquilidade do local nos anos 70.

Outro marco local foi a Sociedade Cultural Brasil-Estados Unidos, que foi ponto de encontro da sociedade As natalense e importante centro de formação da língua inglesa de grande parte de jovens estudantes nas décadas de 80 e ponto de concentração de cultura e de lazer . O lugar era evitado por pessoas que achavam incômodo por causa da maresia.

Nos anos 70, os governantes potiguares, em sintonia com a política nacional, fizeram grandes investimentos na construção de uma infra-estrutura para o desenvolvimento do turismo em Natal. No conjunto das obras programadas e realizadas, mereceu destaque a avenida Getúlio Vargas devido à sua importância para o trânsito de automóveis em direção às praias da cidade. Por isso, o prefeito Jorge Ivan Cascudo Rodrigues a asfaltou, a partir do Hospital das Clínicas e seguiu no rumo da Ladeira do Sol (Diário de Natal, 21 de janeiro de 1975).

A avenida Getúlio Vargas, uma das mais valorizadas do bairro de Petrópolis, hoje é dominada por condomínios verticais de luxo, de frente paras o mar; ao contrário da rua pacata de 30 anos atrás.

Antecedentes

Algumas das mais antigas referências às terras onde se situa o atual bairro Petrópolis estão contidas em documentos históricos que atestam a expansão urbana de Natal de 1751 a 1775. Escrevendo sobre o assunto, Olavo de Medeiros Filho, em seu livro Terra Natalense, apresenta, no capítulo 11 da referida obra, as datas de terra concedidas pelo Senado da Câmara do Natal, no século XVIII, onde se lê no dia 24.08.1768 – “Favorecido, o Sargento-mor Inácio Francisco da Silva Botelho, aforamento que arrematou, no lugar do Monte … trezentas braças para a parte do nascente, e outras tantas para o poente. (…) O lugar do Monte correspondia à parte mais elevada do bairro de Petrópolis, cuja principal referência é a avenida Getúlio Vargas”.

“Em fins do século XIX, a Cidade Alta findava no sítio Cucuí, lado direito da rua Ulisses Caldas, ao findar na avenida Deodoro. Daí em diante, era capoeira, mato ralo, mas contínuo até os morros (…).” Luís da Câmara Cascudo

Belmonte: era essa a referência dos habitantes da Cidade Alta e da Ribeira às dunas altas do leste, caminhos do mar, lá embaixo, ermo, capoeiras a dominar a paisagem para onde, a cavalo, se ia à caça aos domingos.

Lugar distante, habitado nos anos 1860 pelo suíço Jacob Graff – sítio do Jacob. Terras limítrofes, praticamente desabitadas, pouquíssimas taperas em meio a quintas e granjas desordenadas. Coube a Juvino Barreto, o dono da fábrica de tecidos do pé da rua da Ladeira, Ribeira, a aquisição do sítio do Jacob, onde construiu as primeiras casas de alvenaria, uma para a mulher Inês, outra para o filho Pio. Mais para adiante, um pouco mais acima da duna, Alberto Maranhão, genro de Juvino, derrubou a casinha de taipa que ali havia em terreno generoso, a Tapera do Jacó, onde construiu, também em alvenaria, casa de veraneio.

Topo do Belo Monte, Monte Petrópolis: As casas construídas por Juvino Barreto, da viúva e do filho, mais tarde desapropriadas, seriam transformadas em penitenciária e asilo, hoje Centro de Turismo. A de Alberto Maranhão, depois que este a vendeu para Aureliano Medeiros e foi também desapropriada, tornou-se Hospital Juvino Barreto, depois Miguel Couto, Hospital das Clínicas e hoje Hospital Universitário Onofre Lopes, fechando a Prudente de Morais, Caminho da Saúde, de onde se via o mar e “casas apareciam por cima da grimpa das dunas”, avenida Atlântica, posteriormente avenida Getúlio Vargas.

No correr do tempo, vieram somar-se ao Caminho da Saúde a Maternidade Januário Cicco, pronta em 41, mas logo transformada em Hospital Militar por causa da guerra; a Faculdade de Medicina, em 55; e a de Farmácia, em 69. Maternidade mesmo, só em 1950. Dotar Natal de um bairro novo era o sonho de Pedro Velho, o que aconteceu um pouco depois que deixou o governo, em 1896, através do presidente da Intendência, Quincas Moura. Pedro Velho não dava trela às chacotas e chamava a área de Cidade Nova, e a Cidade Nova foi criada em 1901, com planejamento para ruas e avenidas largas, enxadrezadas, o que obrigou a Intendência a desapropriar dezenas de residências pobres, no episódio que a fez ser chamada de Cidade das Lágrimas, dado à dor da partida a que foram obrigados seus proprietários.

Por essa época, Natal tinha 16 mil habitantes. Era cidadezinha que despertava ironias de quem a visitava, de tão pequena: apenas Cidade Alta e Ribeira; Alecrim e Cidade Nova nascendo para o mundo.

Cidade Nova foi o que hoje são os bairros de Petrópolis e Tirol. Petrópolis, em homenagem à cidade fluminense, hospedeira do imperador Pedro II; Tirol, referência à região alpina situada na Europa central, compreendida entre Suíça, Alemanha, Áustria e Itália.

Dali por diante, a paisagem de Natal estava fadada a modificar-se. Os ricos que habitavam a rua Dr. Barata, antiga rua das Lojas, na Ribeira, e rua Vigário Bartolomeu, antiga rua da Palha, na Cidade Alta, passaram a preferir a paz do silêncio e dos verdes dos montes e planícies da Cidade Nova. Casas conjugadas, parede a parede, como ali haviam, por lei, na Cidade Nova, jamais.

É de 30 de dezembro de 1901, a Resolução 55 da Intendência, que cria o bairro de Cidade Nova. Diz no seu Artigo 2°: “A Cidade Nova compreenderá, desde já, de acordo com a respectiva planta arquivada na secretaria, quatro avenidas paralelas, com as denominações de Deodoro, Floriano, Prudente de Morais e Campos Sales, cortadas por seis ruas com os nomes de Seridó, Potengy, Trairy, Mipibu, Mossoró e Assu; e duas praças, denominadas de Pedro Velho e Municipal.” Denominações que se mantêm até hoje, exceto a da Praça Municipal, que se tornou Pio X, que deu lugar à nova Catedral de Natal.

Em 1903, vieram somar-se à cena da Cidade Nova outras avenidas e ruas, avenidas com nomes de presidentes da República, ruas com nomes de rios norte-riograndenses. Todas em traços de prancha definidos pelo italiano Antônio Polidrelli. Depois da Rodrigues Alves, então presidente, as avenidas Sétima e Oitava, que, pós-posse, tornar-se-iam Campos Sales e Hermes da Fonseca. Na mesma época, planejamento de avenidas numeradas deu configuração urbana ao Alecrim.

Estava traçado o destino de Petrópolis, que viria a desenvolver-se para valer somente com a chegada da “pista”, quando da II Grande Guerra, estrada asfaltada, a primeira de Natal, que ligava a cidade ao campo de pouso de aeronaves de Parnamirim, o Parnamirim Field. Antes disso, importantes benefícios foram incorporados ao bairro. Entre as avenidas Prudente de Morais e Afonso Pena, foi aberto um campo para a prática de hipismo: 1907. Pouca duração teve. Em 1909, onde fora a casa de Alberto Maranhão, o governo inaugura o Hospital Juvino Barreto. Onde estava planejada a Praça Pedro Velho, “matches” futebolísticos aconteciam bem antes da fundação de ABC e América e da inauguração do Estádio Juvenal Lamartine. Em 1911, as residências dos herdeiros de Juvino Barreto dão lugar à penitenciária.

No Monte Petrópolis, em 1912, vão residir diretor e gerente da Companhia Ferro Carril, responsável pelos “electricos”, os bondes que chegavam ao Monte e integravam-no aos bairros de Tirol, Cidade Alta, Ribeira e Alecrim. Ao lado do campo de futebol, onde seria a Praça Pedro Velho, na rua Trairi, a residência de Ferreira Chaves, chamada Vila Cincinato, a partir de 1913, passou a ser residência oficial dos governadores do Estado. Do outro lado do campo, terras eram arrematadas por quem quisesse construir residências de dois andares.

Foto com a vista da Ponta do Morcego na primeira década do Século XX a partir de onde é hoje a avenida Getúlio Vargas. Sem edificação aparente. Esparsas casas que serviam de apoio para pescadores e lavadeiras. Uma desolação social em meio a uma bela paisagem. Visão que inspirou poetas e artistas.
Mas querem saber o grande diferencial do registro? Esta nesta senhora com o pote cheio do que imagino ser de água. Com o sol escaldante subiu a pé desde as nascentes na praia do meio com este peso sobre a cabeça. Vida difícil e simples. Gosto do registro social conforme se apresenta.
O belo e o sábio se encontram na humildade. Quem será esta “diva” tão ardorosamente trabalhadora? Não parou para esboçar um sorriso, nem mesmo um olhar enquanto subia apressadamente. A atividade insalubre não a permite. Eis sim eleita como nossa representação da nossa gente e desta terra. Pois estamos como ela: em uma terra abençoada pela natureza pela qual temos que trabalhar para quase não ter tempo de a usufruir.
Adriano Medeiros
Administrador do Grupo Fatos e Fotos de Natal Antiga.
Andava-se de bonde da Ribeira ao Alecrim e à Lagoa Seca. E ainda à Petrópolis e ao Tirol. O passeio preferido era até a “balaustrada” no fim da linha de Petrópolis, para descortinar a paisagem, principalmente, nas noites de lua.
O terreno da avenida Getúlio Vargas, 690, que no presente sedia o prédio do Tribunal de Contas do Estado – TCE, foi residência, no passado, durante a 2ª Guerra Mundial, de um comandante da Força Aérea do Exército dos Estados Unidos. Considerado local estratégico no conflito, por conta da aproximação com a África e a Europa, os americanos instalaram uma base militar no município de Parnamirim, sob o comando geral das tropas do Exército dos EUA (US Army) tendo a frente o Major General Robert LeGrow Walsh, que fixou residência na “Casa dos Ingleses”, como ficou conhecida, na região do antigo Belo Monte, depois bairro de Petrópolis.Em junho de 1942 o General Walsh foi nomeado comandante da Força Aérea do Exército dos EUA (USAAF) para toda a região do Atlântico Sul (South Atlantic Wing). Foi responsável pelo comando do Air Transport Command (ATC), ou seja, todas as questões envolvendo o transporte aéreo nesta parte do mundo estavam sob suas ordens. Devido à intensa movimentação de aeronaves em Natal, o ATC foi transferido do Caribe para o Rio Grande do Norte, ficando a sede administrativa em Parnamirim Field, e a residência do comandante sob as dunas do Belo Monte, defronte a bela vista do mar. No caso do General Walsh, permaneceu em Natal de junho de 1942 a junho de 1944, quando foi anunciado como novo comandante geral do comando Oriental das Forças Aéreas Estratégicas dos Estados Unidos na União Soviética e membro da Missão dos Estados Unidos em Moscou. Durante sua permanência, foi caracterizado como um militar sério, correto e que mantinha uma boa relação com a comunidade local. Em alguns momentos, abriu para convidados o espaço do famoso aeródromo de Parnamirim, mostrando os refeitórios, hangares, armazéns de cargas, alojamentos de oficiais, praças, cinemas, enfim, todo o conjunto do “grande aeroporto de fama mundial”. ANTIGA CASA DOS INGLESES (Av. Getúlio Vargas – Bairro Petrópolis) Foto: Dr. Manoel Dantas.
A foto mais antiga que tenho registro da visão das futuras praias urbanas de Natal a partir da avenida Getúlio Vargas. Os senhores no canto esquerdo inferior são Ferreira Itajubá e Câmara Cascudo. A foto foi feita na primeira década do Século XX. Uma maravilha! Quem puder contribuir com mais informações será de grande valia.
Calçamento: A Avenida Atlântica, obra de grande vulto delineada de forma a margear o oceano, tem a sua construção iniciada em junho de 1925 (A REPUBLICA, 1925e). O percurso da avenida é traçado partindo do Laboratório de Análises do Estado65 até a chamada Rua das Dunas, passando por Areia Preta, contabilizando uma extensão total de 800 metros. Os bondes são previstos para passar logo após a conclusão da avenida: “a linha de bondes será extensiva á avenida, logo que o permitta o andamento de suas obras” (A REPUBLICA, 1925e, p. 01). Sobre a Avenida Atlântica: Pela sua situação privilegiada está fadada a ser a mais representativa de nossas artérias. Prosseguem os seus trabalhos, prompto já se encontra o seu longo muro de arrimo, de mais de quarenta metros, já se lhe estando a collocar os balaústres que lhe dão graça especial (A INTENDENCIA…, 1925, p. 01).
A administração do município gastou boa parte das suas verbas com obras de calçamento. Pelo quadro demonstrativo dos principais serviços realizados pela Intendência em 1925, vemos que apenas com essas obras foram gastos cerca de 79 contos de réis. De acordo com o referido quadro, custaram 129:466$582 (cento e vinte e nove contos, quatrocentos e sessenta e seis mil, quinhentos e oitenta e dois réis). Além das obras de calçamento, destacam-se a construção de estradas de rodagem e o embelezamento da Avenida Atlântica (GOVERNO do Municipio. A REPUBLICA, Natal, 14 jan. 1926). Em seguida, a outra matéria apresenta ainda como seria a nova avenida da cidade: com 800 metros de extensão, sendo mais da metade deles (425 metros) cobertos por balaústres e passeios, a Avenida Atlântica descortinaria “nossos melhores scenarios, trecho do Potengy, o forte dos Reis Magos, os nossos arrecifes, as nossas pittorescas praias” (Id., Natal, 05 jun. 1925).
Pode-se ver as obras de saneamento desenvolvidas pelo Escritório Saturnino de Brito em Natal durante a década de 1930. Fonte: FERREIRA et al. (2008).
A construção da nova Avenida Atlântica que em seu trecho inicial acompanha
a linha de bondes que serve o bairro de Petrópolis inicia um processo de atração de
população tanto a esse bairro, como ao Tirol. O calçamento das diversas avenidas
também fomenta a ocupação da Cidade Nova, agora mais comumente designada por
sua respectiva divisão nos dois bairros de Petrópolis e Tirol. A cidade começa a viver
um crescimento até então não experimentado, principalmente a partir da migração de
população provinda do interior – consequência do estabelecimento de uma maior
relação da capital com a hinterlândia a partir da consolidação das comunicações
férreas e rodoviárias.Antiga balaustrada de Petrópolis, Av. Getúlio Vargas, antes, Avenida Atlântica.
Em 1926, o prefeito O’Grady, em corso de sessenta automóveis – um espanto! – inaugura o calçamento da avenida Atlântica, que, em 38, passa a denominar-se Getúlio Vargas e recebe balaustrada iluminada. Estava consolidado o topônimo: balaustrada de Petrópolis, local onde toda a Natal e visitantes se debruçariam contemplando o imenso e belo mar do Belo Monte e a maior referência da cidade, a Fortaleza dos Reis Magos.
Avenida Atlântica (Getúlio Vargas) nas primeiras décadas do Século XX. Imagem em segundo plano da Ponta do Morcego. Em destaque para o bonde. O registro pode ser feito a partir do Hospital Miguel Couto (Hospital Universitário Onofre Lopes).
Panorama apanhado da rua das dunas, término da balaustrada da avenida Atlântica (atual Getúlio Vargas), concluída em 1926. Estas fotos jamais foram vistas juntas apesar de serem da mesma época.
Panorama apanhado da rua das Dunas, término da balaustrada da Avenida Atlântica (atual Getúlio Vargas), concluída em 1926.
O relatório municipal de 1926 mostrava que a cidade começava a ser remodelada por meio de diversas obras. Além da Avenida Atlântica, concluída naquele ano, houve o término da obra da estrada de rodagem que ligava o bairro das Rocas à região central da capital.
Fonte: INTENDÊNCIA Municipal. RELATÓRIO 1926, s.d – a.
O projeto, iniciado naquele ano de 1925, tornou-se realidade no ano seguinte. Embora não tenha se referido de forma explícita, para além da realização de obras emblemáticas, como a (re)construção da Avenida Junqueira Aires e a construção da Avenida Atlântica (atual Getúlio Vargas ou Ladeira do Sol), ou dos programas mais amplos de reforma urbana, como o calçamento das vias urbanas da cidade e a construção das galerias para drenagem das águas pluviais da Ribeira, o grande marco da administração O’Grady tenha sido a reestruturação administrativa que redefiniu – ou revelou – o papel da Intendência Municipal na direção do processo de modernização da cidade. Necessidade de pagamento dos impostos para custear as obras de melhoramento da capital pela gestão O’Grady. “Urge apenas a que se promptifiquem todos a pagar pontualmente seus impostos, como os de decima urbana, indústria e profissão e outros. A cada melhoramento corresponderá o imposto, com que se conseguirá levar a effeito” (A REPÚBLICA, 1925f, p. 01).
Nessa foto se percebe os trilhos de um ramal da linha de bonde, que se originava na Av.Tavares de Lira. A condução subia a Av. Câmara Cascudo e entrava na rua Ulisses Caldas. O ramal do alecrim entrava à direita, na Av. Rio Branco e o outro, de Petrópolis, ‘pegava’ a Av. Deodoro da Fonseca e terminava na Av. Getúlio Vargas. 
Sequencia de fotos da Ponta do Morcego e parte das praias urbanas de Natal registrada por Jaeci feita apartir do Hospital antigo Hospital Miguel Couto (atual hospital Onofre Lopes). (Bairro Praia do Meio). Foto: Jaeci E. Galvão. Cartão-postal: Jaeci Galvão. Avenida Atlântica. Fotografia de início da década de 1950. Avenida Atlântica – Hoje Getúlio Vargas
Enquadrando a imagem da Praia do Meio em câmara alta (ou em plano picado), onde o fotógrafo está acima do referente, com a intenção de captar a abrangência da panorâmica (aérea), apreende ainda no cenário a Avenida Atlântica – Avenida com o mesmo nome da famosa avenida que liga o bairro de Copacabana à praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, que no período era a capital federal – que recorta praticamente toda a imagem. Não é por acaso, que a avenida está no primeiro plano da fotografia.
Essas vias são de grande importância para a inserção do turismo na cidade de Natal, pois a partir dos calçamentos e da ligação que se deu entre as praias do Forte, do Meio, Areia Preta e Artistas, que se urbanizaram na administração de Sylvio Pedroza as atividades de banho foram gradualmente ganhando destaque, aumentando também o número de visitante a esses locais.
Ruas foram abertas possibilitando o tráfego mais livre de pessoas e de meios de transportes. Entretanto, punge nessas imagens os espaços que antes eram tomados por dunas e vegetação, aqui, aparecem encobertas pelo cimento para sustentar um novo conceito. Há a preocupação em revelar nas fotografias os espaços “embelezados” pela urbanização que constitui novas práticas em contraponto ao que era “antigo”.
A casa da foto era do Comandante Graco Magalhães, que não é filho de Branca Pedroza e sim seu genro. Branca Pedroza morou nesta casa com sua filha e genro. Graco Magalhães comprou a casa no ano de 1948. Era localizada na Avenida Getúlio Vargas (próximo ao hospital Onofre Lopes).
Corrigindo a Informação do imóvel. Por Fabrício Mauro Galvão: “Graco comprou ao meu Avô João Chrisóstomo Galvão, cujo o meu pai era Olavo João Galvão Ex-Vereador e Fundador da Câmara, Ex-Deputado Estadual e Federal e Ex- Prefeito de Natal e vizinho de Graco na casa 774 de esquina da rua Joaquim Fabrício e do outro lado da Esquina a casa de telhado Suíço que vendemos a Wandick Lopes. Onde tivemos a Honra de hospedar os Presidentes Getúlio Vargas por ocasião da visita do Presidente dos Estados Unidos Roosevelt, que passou por lá pra tomar um café com Getúlio além, de outras pessoas do governo e tbm o compadre dos meus pais Presidente Café Filho. O Olavo filho é meu irmão e a casa vizinha era do nosso pai. Olavo João Galvão”.
Prédio residencial na Av. Getúlio Vargas. Bairro de Petrópolis. Residência de Wandick Lopes.
A antiga “Casa dos Ingleses”, após a saída dos americanos de Natal, foi o local foi utilizado como sede da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Norte a partir de 18 de setembro de 1947, permanecendo até os primeiros anos da década de 1960. Em 1965 o local passou a ser a sede do Tribunal de Contas do Estado, cuja atual edificação foi inaugurada no ano de 2002. A Câmara Municipal de Natal funcionou também por um período provisório na antiga sede da Assembleia Legislativa, situada à avenida Presidente Getúlio Vargas, no local onde encontra hoje o Tribunal de Contas do Estado Rio Grande do Norte. No dia 5 de junho de 1948 a Câmara foi instalada durante a 1ª Reunião Extraordinária na Sala das Sessões da Assembleia Legislativa. Ao longo de sua história a Câmara Municipal de Natal funcionou em diversos locais da cidade. Há que se notar o seu constante deslocamento físico, pois ela não tem uma sede própria desde os primórdios administrativos da cidade. Fonte: Memorial da Câmara Municipal de Natal.
CARTÃO POSTAL – PANORAMA DA AVENIDA CIRCULAR NATAL , RIO GRANDE DO NORTE. FOTO / JAECI, 1954.
O registro foi feito a partir da Avenida Getúlio Vargas. O que eu achei incrível na foto foi a formação de lagoas nas dunas o que aliás revê uma faixa de praia considerável e hoje inexistente pela urbanização local. Relíquia resgatada de um leilão paulistano.
Hospital Juvino Barreto, depois Miguel Couto, Hospital das Clínicas e hoje Hospital Universitário Onofre Lopes, fechando a Prudente de Morais, Caminho da Saúde, de onde se via o mar e “casas apareciam por cima da grimpa das dunas”, avenida Atlântica, posteriormente avenida Getúlio Vargas.
Visão da Avenida Getúlio Vargas para as praias urbanas em uma das passagens da comitiva presencial de Café Filho em 1955 pelo local.
Vista da Balaustrada de Natal.
VISTAAÉREA DO BAIRRO PETRÓPOLIS (Vendo-se em primeiro plano as dunas e o Colégio Atheneu) Foto: Jaeci E. Galvão.
Por volta dos anos 50, Natal era caracterizada como uma cidade pacata, com características de cidade pequena, com uma rotina simples e calma digna de uma marébaixa.
No bairro de Petrópolis havia uma feira livre frequentada pelos moradores de seu entorno. Neste local não havia calçamento e nem estruturas de moradia adequada, eramcasas de barro. Esta feira estava localizada próxima onde nos dias atuais encontra-se oHospital Medico Cirúrgico.
Mapeamento Grupos Organizados da
Sociedade CivilRealização:RIBEIRA
Legenda: primoroso registro de Jaeci do bairro de Petrópolis tendo em destaque o Atheneu.
Autor: Jablonsky, Tibor. Local: Natal. Ano: 1957. Série: Acervo dos trabalhos geográficos de campo. Notas: registro feito do alto da avenida Getúlio Vargas nas proximidades do hoje Hospital Universitário Onofre Lopes – HUOL/UFRN. Vemos ainda no primeiro plano a Rua do Motor. Animais ainda pastavam no local naquele ano.
Avenida Getúlio Vargas (Foto: Canindé Soares)

Curiosidades:

No dia 8 de dezembro de 1633: O desembarque holandês em Areia Preta. Quando se caminha cerca de 900 metros, vindo da praia de Areia Preta em direção à fortaleza, chega-se ao início de uma ladeira, que possivelmente seria aquele mesmo passo mencionado pelo cronista, e que hoje corresponde ao trecho final da rua Pinto Martins. Através de tal passo, os neerlendeses alcançaram o planalto, possivelmente onde hoje acha-se a avenida Getúlio Vargas.

Parte inferior da balaustrada da av. Getúlio VargasFinal da década de 1930. Conhecido como Bar das Sombrinhas.
Ficava exatamente no topo da ladeira do sol. Na época existia também no mesmo local um grande reservatório de água da CAERN.

Segunda Guerra Mundial: Além das festas semanais, nos clubes natalenses, incluindo o Hípico, recém-fundado, onde confraternizavam natalenses ricos e yankees havia o mais perfeito entendimento. Os americanos tinham seus clubes, além de excelente cassino, dentro da base, onde brasileiros eram convidados e circulavam figuras do cinema hollywoodiano, do showbusiness e outros. Na cidade havia 2 clubes. Um na praça Augusto Severo, onde é hoje a firma Limarujo e o outro no fim da avenida Getúlio Vargas. Eram denominados, respectivamente, de USO cidade e USO praia. Nestes clubes os visitantes bebiam, e dançavam com as moças da terra, filhas das famílias mais “pra frente”, numa camaradagem, como se tudo já tivesse sido ensaiado.

Música: No mesmo mês de setembro de 1941 as apresentações do “Curso Waldemar de Almeida” tomaram nova feição: passaram a ser realizadas nas residências de suas alunas. Assim, a primeira audição da nova série se realizou no dia 14 e teve lugar na casa do Coronel Tavares Guerreiro, situada na Avenida Getúlio Vargas, pai da aluna Cordélia Guerreiro. Embora mais informais que as realizadas no Teatro Carlos Gomes, as audições íntimas tinham, além das famílias dos alunos, a presença de autoridades locais, como o Interventor Federal Rafael Fernandes e outros convidados.

 A família Sizenando Pinheiro costumava alugar uma casa para veranear na Avenida Getúlio Vargas, na balaustrada de Petrópolis, onde posteriormente viria a funcionar a SCBEU (Sociedade Cultural Brasil Estados Unidos) e que pertencia ao então prefeito de Natal Joaquim Manoel Teixeira de Moura. A partir dali seguiam, entre 4 e 5 horas da manhã para tomar banho de mar na Praia do Morcego, para que antes das 8 horas já estivessem regressando para casa. A SCBEU: Vale registrar que Zila viria a criar a biblioteca estadual Câmara Cascudo em 1969 e a Central da UFRN em 1974. A poeta e bibliotecária, ao lado de outras 42 personalidades do quilate do médico Onofre Lopes; do jurista Edgar Barbosa; do ex-governador Tarcísio Maia; do advogado Dalton Melo; Dom Nivaldo Monte; Humberto Nezi; Otto de Brito Guerra; Protásio de Melo, entre outros nomes não menos importantes no contexto histórico e social da cidade, participou da fundação da escola – que funcionou em um casarão com vista para o mar, no alto da Av. Getúlio Vargas, Petrópolis, próximo ao Hospital Universitário Onofre Lopes, em um terreno que ia até a Rua Cel. Joaquim Manoel (onde hoje funciona o edifício Harmony Medical Center). A escola ocupava um quarteirão inteiro.

Crianças: para as crianças que iam para a escola, tornava- oportunidade de exploração de territórios do seu bairro e de outras partes da cidade. Os moradores do Alecrim recordam esses percursos. Nos anos 60, para se ir do Alecrim a Petrópolis, na avenida Getúlio Vargas, pegava-se o ônibus na 4, esquina com a 10, descia-se na Praça 7 de setembro. O caminho daí até o Ateneu fazia- à pé. Havia outro ônibus, o “amarelão”, que se pegava na 9 com a 4 e que levava até a Avenida Getúlio Vargas, nas proximidades do Hospital das Clínicas (NASCIMENTO NETO, 2010).

Fontes:

A cultura pós-guerra na terra do sol – Tribuna do Norte – http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/a-cultura-pos-guerra-na-terra-do-sol/185471 – Acesso em 01/11/2021.

A INTENDENCIA de Natal, A Republica, Natal, ano 37, n.205, 12 set. 1925.

ANDRADE, Mário de. Cartas de Mário de Andrade a Luis da Câmara Cascudo. Belo Horizonte: Itatiaia, 2000. (Obras de Mário de Andrade, vol. 24)

Anuário Natal 2007 / Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo – Natal (RN): Departamento de Informação, Pesquisa e Estatística, 2008.

Caminhos que estruturam cidades: redes técnicas de transporte sobre trilhos e a conformação intra-urbana de Natal / Gabriel Leopoldino Paulo de Medeiros. – Natal, RN, 2011.

Centelhas de uma cidade turística nos cartões-postais de Jaeci Galvão (1940-1980) / Sylvana Kelly Marques da Silva. – Natal, RN, 2013.

Dos bondes ao Hippie Drive-in [recurso eletrônico]: fragmentos do cotidiano da cidade do Natal/ Carlos e Fred Sizenando Rossiter Pinheiro. – Natal, RN: EDUFRN, 2017.

FERNANDES, Jorge. Livro de Poemas. Natal: Fundação José Augusto, 1970.

FERREIRA, Angela Lúcia A., EDUARDO, Anna Rachel B., DANTAS, Ana Caroline de C. L., DANTAS, George Alexandre F. Uma Cidade Sã e Bela: a trajetória do Saneamento de Natal entre 1850 e 1969. Natal: IAB/RN; CREA/RN, 2008.

Linhas convulsas e tortuosas retificações Transformações urbanas em Natal nos anos 1920. George Alexandre Ferreira Dantas. São Carlos – SP. Outubro de 2003

Memória minha comunidade: Alecrim / Carmen M. O. Alveal, Raimundo P. A. Arrais, Luciano F. D. Capistrano, Gabriela F. de Siqueira, Gustavo G. de L. Silva e Thaiany S. Silva – Natal: SEMURB, 2011.

NASCIMENTO NETO, João Galvão do. João Galvão do Nascimento Neto: depoimento [outubro , 2010] Entrevistadoras: Gabriela Fernandes de Siqueira e Thaiany Soares Silva. Natal: SEMURB, 2010. Entrevista concedida ao Programa Memória Minha Comunidade.

Natal Não-Há-Tal: Aspectos da História da Cidade do Natal/Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo; organização de João. Gothardo Dantas Emerenciano. _ Natal: Departamento de Informação, Pesquisa e Estatística, 2007.

Natal, outra cidade! [recurso eletrônico] : o papel da Intendência Municipal no desenvolvimento de uma nova ordem urbana na cidade de Natal (1904-1929) / Renato Marinho Brandão Santos. – Natal, RN : EDUFRN, 2018.

Nova História De Natal. Itamar De Souza (23 Fascículos). Diário de Natal. 2000.

O nosso maestro: biografia de Waldemar de Almeida / Claudio Galvão – Natal: EDUFRN, 2019.

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