Escola Industrial de Natal (1942-1968)
Os Institutos Federais que conhecemos hoje tiveram, em outras épocas, diversas denominações. Sua origem, em 1909, deu-se com a criação das Escolas de Aprendizes Artífices, sendo considerado o acontecimento mais marcante do ensino profissional da Primeira República. Uma das funções dessas escolas era formar operários e contramestres que atendiam às exigências do capital naquele período, atendendo aos interesses da classe dominante.
Essas escolas passaram por diversas modificações até chegarem aos atuais Institutos Federais. Pois, os modelos de escolas acompanham os projetos em disputa vivenciados pela sociedade e atendem ao desenvolvimento produtivo do país.
Em 1937, as Escolas de Aprendizes Artífices tornaram-se Liceus Industriais. Neste contexto, no final da década de 1930, o governo brasileiro tinha o interesse em ter profissionais que atendessem ao desenvolvimento industrial que vivia o país.
As leis orgânicas de 1942, promulgadas pelo ministro da Educação Gustavo Capanema, modificaram os currículos, direcionaram ainda mais a educação profissional a uma classe desfavorecida e, por razões econômicas e ideológicas, dividiu o sistema educacional. Nesse mesmo ano, os Liceus Industriais passam a denominar-se Escolas Industriais, ofertando uma educação profissional no ensino médio, envolvendo o 1º e o 2º ciclo. Assim, essas escolas, a partir do Decreto lei nº 4.073/1942, passaram a ofertar uma educação propedêutica, articulada ao ensino industrial. Em 1959, passaram a serem Escolas Técnicas Federais, adquirindo autonomia e se constituindo em autarquias.
Fontes:
Corpo, disciplina e poder na Escola Industrial de Natal (1942-1968). Por Wigna Eriony Aparecida de Morais Lustosa, Nina Maria da Guia de Sousa Silva e Olivia Morais de Medeiros Neta.
Portal da Memória do Instituto Federal do Rio Grande do Norte
Legenda: O então presidente Nilo Peçanha cria, através do Decreto n.º 7.566, 19 Escolas de Aprendizes Artífices no país. A fundação dessas Escolas marca a implantação do ensino profissional federal no Brasil. As 19 Escolas criadas com o objetivo de fornecer “instrução primária e profissionalizante à criança desvalida”, passaram por diversas mudanças tanto de cunho administrativo como pedagógico no decorrer da sua história.