Natal quase sem ninguém

Fundada em 1599, a cidade dos Reis Magos, depois cidade de Natal, teve logo esse predicamento, mas não era uma povoação no sentido de que estava ocupada por moradores fixados.

Do Recife, 4 de dezembro de 1608, o Governador D. Diogo de Menezes escrevia a Sua Majestade sobre Natal, fundada há dez anos: “a povoação que está feita não tem gente”. E sabemos que ao tempo de João Rodrigues Colaço só existiam em Natal duas mulheres brancas: a dele e a de um sentenciado a degredo, que veio a ser madrinha do filho do capitão-mor.

Quando o sargento-mor Diogo de Campos Moreno escreveu, sob recomendação de D. Filipe II, o Livro que dá Razão do Estado do Brasil, 1612, Natal era uma povoação apenas nascente: “tem pobremente acomodados até vinte e cinco moradores brancos”.

Num relatório de suas observações pessoais, precisas e exatas, 1630, Adriano Verdonck, enviado das autoridades holandesas de ocupação, informa que a cidade contava com trinta e cinco e quarenta casas, de barro e palha, os habitantes mais abastados vivendo nos sítios apenas vindo à cidade aos domingos. Um pouco antes, em 1627, Domingos da Veiga que morou em Natal e depois mudou-se para Fortaleza, tinha escrito: “a povoação é muito limitada, a respeito dos moradores estarem e morarem nas suas fazendas, onde muito deles têm suas casas mui nobres”. Em 1628, tinha uma igreja e oito casas, conforme o depoimento de um grupo de índios em Amsterdam, redigido por Hessen Gerritsz.

Fonte: Prefeitura Municipal do Natal. Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo. Natal Não-Há-Tal: Aspectos da História da Cidade do Natal / Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo; organização de João. Gothardo Dantas Emerenciano. _ Natal: Departamento de Informação, Pesquisa e Estatística, 2007.

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