Documento revela 10 curiosidades INÉDITAS sobre a Ponte de Igapó em Natal
Por Henrique Araujo
Uma apresentação criada pelo professor e mestre em engenharia Manoel Fernandes de Negreiros, junto com o professor Walney Gomes da Silva, ambos do IFRN, em parceria com o engenheiro Jose Martins de Sousa Jr da EEPC, revela coisas que muita gente desconhece sobre a famosa Ponte de Igapó, em Natal-RN.
O documento intitulado “A durabilidade do concreto de uma ponte centenária sem conservação em Natal, RN, Brasil” foi apresentado ao 56º Congresso Brasileiro do Concreto (IBRACON), e traz detalhes bem curiosos sobre esta ponte que impulsionou todo o desenvolvimento comercial de Natal a partir do século XX.
Nele descobre-se por exemplo que o presidente da empreiteira responsável pela construção foi um homem chamado João Júlio de Proença.
Que faleceu em Novembro de 1923, e sua empresa chamava-se Companhia de Viação e Construções SA. Na foto acima está sua “ficha de óbito”.
Mas o projetista da ponte foi um francês chamado Georges Camille Imbault
Nascido na cidade de Châteauneuf-sur-loire, e aí está o currículo dele.
Inclusive a ponte sobre o Rio Potengi foi imaginada semelhante à “Blue Nile Bridge”, do mesmo projetista
Até nas dificuldades de uma fundação obrigatoriamente profunda. E isso foi constatado pelos perfis de sondagens realizadas para a construção da 2ª ponte sobre o Potengi.
A “primeira pá de concreto” foi lançada sobre a ponte em 26 de agosto 1912
Pelo mesmo Dr. João Proença, diretor-presidente da Companhia de Viação e Construcções.
O que sustenta a ponte são fundações com 9 blocos de concreto armado
Eles tem exatamente 7,30 por 2,40 metros na superfície, e 6 metros de profundidade.
A ponte possui 09 vãos de 50 metros cada, e um vão com 70 metros alterado por “razões técnicas”
O que dá ao todo 520 metros de comprimento e 6500 toneladas de aço fabricados pela empresa Frodingham Iron e Steel Co Ltd, Dorman Long e Lanarkshire. Já de cimento são 1.472 toneladas.
Entre os equipamentos utilizados estão uma betoneira e um britador a Vapor de 1910.
O documento revela ainda que as fundações da ponte são tão resistentes que chegam a ser “enigmáticas”
A apresentação é muito precisa com processos de fabricação, medidas, quantidades, ingredientes e até elementos químicos usados para construir o concreto que sustenta a ponte, e chega a dizer que tudo é tão complexo que chega a ser enigmático.
Fonte: Curiozzzo