A Igreja de São Miguel Arcanjo em Extremoz
Sobre a construção da igreja, acredita-se que foi construída no início do século XVII. Em 1607 as terras firam concedidas pelo Capitão-mor do Rio Grande do Norte, Jerônimo de Albuquerque, para os Jesuítas com objetivo principal de catequizar os índios, ali eles construíram uma igreja, e um convento (hoje em ruínas), às margens da lagoa que tinha o nome de Lagoa do Tijuru, que depois passa a se chamar Lagoa do Guajiru, e hoje Lagoa de Extremoz, segundo Câmara Cascudo essa igreja foi a mais bela igreja Colonial da época.
O Fatos e Fotos de Natal Antiga entrou em contato com o historiador de Extremoz e membro participante da nossa comunidade virtual, Ricardo Barros para nos ajudar a contar um pouco desta rica história. Ele desenvolve este trabalho na página “Histórias de Extremoz” facebook e Instagram.
“Sobre a construção da Igreja São Miguel Arcanjo não existem muitas referências bibliográficas ou estudos. Porém, existe uma pedra com as iniciais SMA – São Miguel de Arcanjo e a data 1754. Câmara Cascudo afirma que o santuário foi concluído em 1775. Só que acreditamos que sua construção se iniciou logo após a chegada dos jesuítas. A missão era volante, ou seja, vinham de passagem, mas logo fizeram uma igreja provisória, para em seguida fazer a edificação definitiva em pedra, assim como ocorreu com a Fortaleza dos Reis Magos” afirmou Ricardo Barros.
Existe mais uma conexão da Igreja de São Miguel Arcanjo com a Fortaleza dos Reis Magos: Gaspar de Samperes.
Gaspar de Samperes, também referido como Gonçalves de Samperes (século XVI – século XVII), foi um padre da Companhia de Jesus, arquiteto militar, que atuou em Natal, no atual estado do Rio Grande do Norte. Foi o arquiteto da planta da Fortaleza dos Reis Magos cuja construção foi concluída em 1598.
Para Ricardo Barros logo após a construção da Fortaleza, Gaspar de Samperes esteve na missão. Existe referência bibliográfica a este respeito.
“Tenho quase 1000 páginas de arquivos academicos impressos. Um deles faz esta referência de que Gaspar de Samperes foi o arquiteto desta igreja, da igreja de nossa senhora da apresentação e do forte dos eais magos”, disse Ricardo Barros.
O índio Poti (Felipe Camarão) foi batizado nessa pia, em 13 de junho de 1612 ( No livro a Hitória de Estremoz de Ir. A. Maria Dionice da Silva).
Na mesma página da obra encontramos a seguinte referência: “para assistir a cerimônia, acompanhou-o até a igreja onde Gaspar de Samperes e Diogo Nunes fazia pregação, um grande cortejo de nativos, com qual fazia parte a índia Clara, que quatro ano a mais tarde era desposada pelo bravo guerreiro…” ( João Alves Melo)
“As pedras que ergueram a Igreja são encontradas na lagoa de Extremoz, inclusive conchas. Porém, em 1759 embarcações atracam na praia de Jenipabu onde as pedras são abundantes. Na localidade existem duas fazendas de gado: uma em Vila de Fátima (Curral de Baixo) e em Jenipabu (Curral de Cima). Na época há registros que o diretor da missão Antonio de Barros passou reclamava de não haver índios para ajudar nos adereços para a organização da nova Vila, ou seja, a criar a Câmara, Cadeia pública, estabelecer as leis”, disse Ricardo Barros.
Encontrei em Silva (2010), a reunião de momentos marcantes da história de Extremoz. Essa autora conta que à margem esquerda da antiga Lagoa do Guajirú (atual Lagoa de Extremoz que recebeu este nome devido a existência abundante de uma planta medicinal no local). Foi nesta região que viviam em aldeias os índios Janduís e os Paiacus cujas as terras foram invadidas e que foram catequizados pelos jesuítas na Aldeia de São Miguel do Guajirú, no período de 1603 a 1759. Isso também fez com que a sociedade tribal fosse sendo influenciada pela doutrina cristã.
Com a expulsão dos jesuítas do Brasil, todas as aldeias foram destruídas, inclusive a do Guajirú, e posteriormente os povoados foram elevados em vilas. Embora, a expulsão dos jesuítas tenha perdurado cerca de cinco anos, se efetivou apenas com a Lei de 3 de setembro de 1759, colocando um ponto final nas missões.
Os Jesuítas atuaram na aldeia até 1759, a expulsão se deu em todos os reinos dominados por Portugal, sendo assim assim os dois últimos padres jesuítas a saírem da Aldeia foram os padres Alexandre de Carvalho e seu companheiro José Ferreira, eles passaram os bens da igreja ao novo diretor Antônio de Barros Passos, o Vigário Padre Antônio de Souza e Magalhães, seu Coadjutor e o Mestre Antônio de Barros Passos Jr. que desembarcaram em 9 de Junho de 1759 em Genipabu, para virem instalar a nova Vila.
Sendo assim, em 3 de Maio de 1759, era fundada pelo Ouvidor de Pernambuco Bernardo Coelho Gama e Casco, a primeira Vila do Rio Grande do Norte, a Vila Nova de Estremoz do Norte, um dos critérios nos nomes das novas vilas, é que as mesmas tivessem nomes de cidades portuguesas, e Estremoz com “S”, é um nome de uma cidade, e foi escolhida em homenagem ao Ouvidor Bernardo Coelho Gama e Casco, pois ele era de Estremoz a cidade de mesmo nome na Província de Alentejo, em Portugal. Nesse tempo a vila tinha 1.429 habitantes e era um importante centro econômico e pecuarista.
De acordo com Melo (1969) e Silva (2010) em 18 de agosto de 1855 com a Lei Provincial nº 321, a Vila de Nova Extremoz foi incorporada ao povoado de Boca da Mata, com a denominação de “Vila de Ceará Mirim”. Já em 1892, foi criado o distrito de “Extremoz” e anexado ao município de Ceará-Mirim. Em 4 de abril de 1963, Extremoz foi desmembrado de Ceará-Mirim e tornou-se novo município do estado do Rio Grande do Norte. O desmembramento foi oficializado em 2 de fevereiro de 1964. Seu nome se deve principalmente ao fato de estar localizada a norte de Natal (capital do estado). Daniel Pinheiro foi seu primeiro Prefeito, conhecido como o prefeito da emancipação.
Desde sua emancipação o município de Extremoz passou por constantes transformações, principalmente no que diz respeito a política e a urbanização. Hoje, a população do município está estimada em cerca de 26 mil habitantes. Mas, a força de suas tradições culturais parece resistir ao tempo e a modernização. Mesmo diante das inovações tecnológicas e das transformações sociais cotidianas Extremoz preserva aspectos da cultura e identidade local.
Os documentos abaixo por exemplo que eu estou te mandamando agora é a prova que a igreja pq em 1858 em definitivo a sede extremoz é fundado em 23/05/1760 a sede 1858 é tramsferida para boca da mata que passa a se chamar ceará mirim.
Lendas
O município possui ainda belezas naturais diversas, exemplo disso é a Lagoa de Extremoz, um dos principais mananciais do estado que é responsável por grande parte do abastecimento de água da cidade de Natal. Mas a lagoa também possui grande valor cultural, em suas águas belas e misteriosas se encontram guardadas lendas que são contadas de geração para geração.
As lendas são narrativas que buscam explicar acontecimentos, contar histórias, que muitas vezes misturam realidade com imaginação. Para Cascudo (1976 p 348) “lendas são episódio heróico ou sentimental com elemento maravilhoso ou sobre-humano, transmitido e conservado na tradição oral e popular, localizável no espaço e no tempo”, Uma das mais antigas e conhecidas lendas do Rio Grande do Norte tem como cenário a Lagoa de Extremoz, é a lenda do Carro Caído que de acordo com Silva (2010) já foi narrada por Henrique Castriciano, Eloi de Souza e Luís da Câmara Cascudo.
A aludida autora relata ainda sobre a possível veracidade desta lenda, tendo em vista o fato de em meados de 1986, um mergulhador no Rio Potengi ter encontrado um sino bastante semelhante ao trazido de Lisboa para a Aldeia Guajirú.
Este sino foi levado para a Catedral de Natal, onde se encontra até os dias atuais. As lendas de Extremoz – O Sonho de Joaquim Honório (Segredo I) O Carro Caído ou Sino desaparecido (Segredo II), As Cobras da Lagoa (Segredo III), – trazem em suas narrativas a história e a cultura de um povo, conhecer essas lendas que permeiam o município de Extremoz e, ao mesmo tempo, pisar no chão onde elas foram criadas e/ou passadas me proporcionou uma aproximação e um melhor entendimento do lugar.
SEGREDO I – O SONHO DE JOAQUIM HONÓRIO
Em três noites seguidas, um fantasma de olhos azuis, me chamou e na neblina do sonho, eu fui. Andei com ele um longo corredor de chão adentro. Vês? Eu sou Manoel Tambaguassu. Esta galeria vai ter á lagoa. Remove a areia com que eu a obstrui.
Sob a velha mesa, no centro da sala, repousa um livro fechado numa capa de bronze. Assim falou: “Este livro contém o roteiro… Cava ali onde está a quixabeira e encontrarás a porta subterrada”. Ainda falou: “Não poderás descer pelo corrimão apodrecido, faltaria o ar. É pela galeria refrescada pela brisa da lagoa que se pode entrar”.
Joaquim Honório sonhou com tesouros escondidos sob o altar mor. Viu um fantasma de olhos azuis que lhe deu tudo. Visitou o subterrâneo que começa em salas, cubículo, cheios de caixões com barras de ouro, imagens da altura de homem, todas de prata, um quarto está repleto de alfaias e, em cima duma mesa, há um grande livro onde estão todos os roteiros, todas as explicações, todos os mapas de todos os tesouros escondidos no Brasil. Quem o ler será o mais rico homem de todo o universo.
O fantasma deu indicações, conselhos Anônimos. Só Joaquim Honório encontrará o tesouro. Incrível o movimento de ambição que este sonho despertou. De toda parte surgiram videntes e curiosos que esgravatam a terra derredor da velha Igreja. Vem dos estados vizinhos, do Rio de Janeiro, de Minas Gerais, com planos, riscos, esquemas. E cavam com turmas de trabalhadores. Todo o terreno está revolvido como pela exploração.
Joaquim Honório foi o único que cavou certo, dezenas de metros, começando na quixabeira. Achou a boca do subterrâneo e veio cavando.
O caminho é largo, mas baixo. Aqui e ali a areia solta obstrui. Joaquim Honório cavava e ia encontrando sinais. O fantasma de olhos azuis e de fala atravessada disse muitos tentariam levar a cabo, mas só Joaquim Honório conseguiria apoderarse do que ele não pudera.
Ele tem o nome de Manoel Peixoto Tambaguassu. Quando Joaquim Honório o avistou, no sonho, lhe disse: “Veras meu nome num tijolo”!
E Honório encontrou o tijolo que está no Instituto Histórico do Rio Grande do Norte. Mede 28 e meio por 14 centímetros, com 3 centímetros e 4 milímetros de espessura. Pode-se ler perfeitamente, riscado na face rubra do tijolo: Manoel Peixoto Tambaguassu! (SILVA, 2010, p 81-82).
Recortes do Jornal Diário de Natal mostram os trabalhos das escavações e o quanto danificaram a Igreja de São Miguel Arcanjo. Ele morreu dois anos depois. Nas reportagens ale fala que procurou este tesouro que o fantasma apareceu para ele. Realmente existiu esta escavação ao redor da igreja. Denuncias da época mostram pessoas quebrando as paredes.
No livro a Hitória de Estremoz de Ir. A. Maria Dionice da Silva tem um documento citando a escavação, mas está ilegível. Se Honorio inventou a história ou se realmente foi verdade o seu relato é uma outra história. O que se sabe hoje é que ele tem parentes em Extremoz.
“Falam que ele era um homem muito honroso. Ele dedicou parte da vida dele na busca pelo tesouro. Inclusive chegou a pedir recursos ao Governo do Estado na época para iluminar um túnel. No local chegou a encontrar uma cacimba e um cachimbo e uma galeria com várias salas. Cheguei a entrar uns cem metros dentro do túnel. Em breve farei uma publicação a respeito nas redes sociais”, disse Roberto Barros.
O túnel está em uma propriedade particular sendo vedada as visitas no local. É feito com pedras de medem 20 cm a meio metro e tem 3 a 4 m de profundidade.
Atualmente Ricardo Barros se dedica ao seu trabalho de pesquisa nas paginas que criou como objetivo de divulgar a história como realmente se desenvolveram os fatos e para ser uma fonte de pesquisa e assim no furuto transforma-lo em material didático. “Tenho um projeto de dois livros. Tenho um material de esquisa sobre o primeiro conjunto de Extremoz, o Estrela do Mar. Para que as crianças conhecem a nossa historia”.
SEGREDO II – O SINO DESAPARECIDO
A Igreja da Aldeia estava em construção. O sino que fora encomendado vinha de Lisboa. Com a notícia da chegada do sino em Natal a população vivia em clima de festa e alegria.
Numa dessas noites em que a lua parecia dia, em que o seu brilho não tinha mancha, em que o seu fulgor deslumbrava, é que o sino foi entregue a um carreiro para fazer o transporte até a Aldeia. O carro cantava, ou fazia esse rígido nos gonzos da madeira que atira nos ares um som, como que cadenciado e agradável aos tímpanos.
A noite ia em meio ao brilhantismo do lugar. O carreiro dormia a sono solto. Cansados e sedentos por água, os bois farejando o manancial de perto, caminhavam a passos largos.
No mais próximo da lagoa que era de ondas serenas e já no espaço aberto pelas suas margens, antes da passagem da lagoa, os bois desviaram-se da estrada que conduzia à Aldeia, avançando sequiosos para as águas límpidas, se precipitaram, arrastando o carro, sino, carreiro e um galo no imenso declive, na voragem dos abismos pelo grosso volume das águas, e lá sumiu-se aquele que, ao amanhecer, era tão ansiosamente esperado na Aldeia.
Nada foi encontrado a não ser marcas no areal do despenhadeiro, que deixara o carro que se precipitara no abismo das águas. Hoje, este lugar localizado na Passagem da Vila, é conhecido como carro caído. Diziam os mais velhos, que o sino que caíra no fundo das águas da lagoa tocava, e ouvia-se também o gemido do carreiro e o cantar do galo nas noites de lua
cheia (SILVA, 2010, p 84).
Joaquim honorio,o maior dos tres sinos da catedral, acreditase que seja do sino que pertende a extremoz da lenda do boi caído. que o sino caiu na lago a de extremoz encontrado no rio potengi
SEGREDO III – AS COBRAS DA LAGOA
Morava na aldeia uma família que tinha uma única filha. A mesma ficou grávida e escondida de seus pais deu a luz a um casal de gêmeos. Com medo da família e não podendo assumir as crianças, jogou-as na lagoa. Os dois filhos se transformaram em duas cobras.
Passado algum tempo o povo começou a ver as cobras no caminho da lagoa. Com muito medo, não sabendo o que significavam aquelas monstruosas cobras.
Comunicaram ao padre, que na mesma hora reuniu todos na Igreja e perguntou se alguém tinha ideia do que estava acontecendo, quando o padre perguntou de novo, apareceram as cobras e ficando arrudiando a igreja, todos ficaram apavorados. O padre disse para que ninguém saísse da Igreja, pois elas queriam alguma coisa.
Na mesma hora entrou uma cobra dentro da Igreja, o padre mandou que todos ficassem quietos: a cobra então começou a deitar a cabeça no colo das mulheres, a moça que tinha jogado as crianças na lagoa ficou com muito medo e pavor, pois estava se aproximando dela, quando chegou a sua vez a cobra ficou no seu colo, o padre muito sábio, mandou que ela desse de mamar a cobra, pois depois que ela mamou muito, o padre benzeu e ela voltou para a lagoa e vive até hoje. A que não entrou na Igreja não recebeu a benção e foi morrer lá na lagoa seca. Passando ali a ser um lugar cheio de mistérios (SILVA, 2010, p, 87).
Festividade
A festa do padroeiro, São Miguel, é celebrada no mês de setembro. Contudo, a preparação dos fiéis para os festejos já começa no mês de agosto, com a peregrinação da imagem do padroeiro pelas comunidades. A festa acontece no período de 21 a 29 de setembro.
O Auto da Aldeia do Guajirú ou a Batalha de São Miguel Arcanjo, ou ainda como é popularmente conhecida entre os munícipes: o Auto de São Miguel Arcanjo, é encenado desde setembro de 2009 todo dia 29 de setembro, um feriado municipal em comemoração ao dia do Santo padroeiro da Cidade. Todos os anos a encenação acontece nas Ruínas da mais antiga Igreja Jesuíta do Rio Grande do Norte: As Ruínas da Igreja de São Miguel Arcanjo, ou como também é conhecida, as Ruínas. Abaixo, trago uma imagem, um registro, ou apenas um rapto do instante de vida vivenciada na noite do dia 29 de setembro de 2014.
Eis ai um fragmento do Auto. O Auto de São Miguel Arcanjo é narrado pelo personagem Cego de Araçá, que brincando com algumas crianças, conta a história da cidade desde a época da vinda dos portugueses para as terras do Guajirú mostrando as mudanças ocorridas naquele lugar; retrata a escravidão do negro africano, o extermínio dos Janduís e Paiacus que viviam a beira da lagoa e encerra a narrativa com a expulsão dos jesuítas das terras que se tornaram a Cidade de Extremoz.
Destruição
Ainda hoje quem passa pela cidade de Extremoz, pode contemplar as ruínas da primitiva Igreja de São Miguel. A destruição do templo foi contada geração a geração, através de lendas. Uma delas faz menção a um tesouro, que seria sido enterrado no interior da construção da Igreja. Os antigos moradores, segundo a lenda, teriam demolido o templo, na tentativa de encontrarem o tal tesouro.
Existem dois contextos para a questão do abandono da igreja: 1º) abandono da povoação 2º) a questão do sonho, da lenda de Joaquim Honorio.
O tesouro nunca foi encontrado No mesmo espaço, se encontra um cruzeiro, que era o marco dos jesuítas, quando chegavam para um lugar para a missão.
De acordo com o atual pároco, Padre João Pedro Sobrinho, a igreja primitiva era a mais bela construída no estilo colonial. Media 16 metros de altura, 13m de largura e 30m de comprimento. As paredes tinham 80 centímetros de largura.
Hoje, há apenas alguns pedaços das paredes, no local. No mesmo espaço, se encontra um cruzeiro, que era o marco dos jesuítas, quando chegavam para um lugar para a missão.
Nos dias atuais a capela se encontra em ruínas e tombaram em 1990.
Atualidade
Atualmente, a Paróquia de São Miguel Arcanjo compreende apenas o município de Extremoz e é formada por 19 comunidades. No dia 24 de agosto de 2017, foi criada a Paróquia de São João Batista, com sede na praia de Pitangui, sendo desmembrada da Paróquia de Extremoz. “Somos uma paróquia missionária e com forte devoção ao São Miguel Arcanjo. Acredito que o sentido missionário vem da raiz da evangelização conduzida pelos jesuítas, nestas terras. E, mais recente, tivemos o trabalho realizado pelo Padre Tiago Theisen, que sempre enfatizou muito a catequese”, define o pároco, Padre João Pedro.
Em 1968, o jovem sacerdote belga Jacques Theisen (Pe. Tiago) chegou à Arquidiocese de Natal, para um trabalho de missão. Quando chegou à Arquidiocese, assumiu a comunidade de Extremoz, onde recriou a Paróquia. Em 15 de abril de 1982, o então Arcebispo, Dom Nivaldo Monte, publicou decreto restaurando a Paróquia de São Miguel Arcanjo. Na ocasião, foi nomeado pároco o Padre Inácio Loiola Bezerra.
Extremoz está situada apenas 16 quilômetros do centro de Natal e abriga um dos principais cartões-postais da região: a praia de Genipabu. Famosa pelas dunas e lagoas, com direito a passeios de buggy e de dromedário. Também fazem parte do cenário as praias de Santa Rita – tranquila e com trechos desertos – e a de Pitangui, colorida pelos barquinhos de pesca e com uma lagoa procurada para passeios de caiaque e prática de tirolesa. Extremoz possui ainda monumentos histórico, como a Matriz de São Miguel, considerada uma das mais bonitas igrejas coloniais do Rio Grande do Norte. Quando o assunto é artesanato, chamam a atenção os tapetes e as peças de areia colorida.
Quem é o Arcanjo Miguel?
O Arcanjo Miguel, também conhecido como São Miguel Arcanjo, é tradicionalmente conhecido como o líder das hostes angélicas. Ele é mencionado pelo nome em vários livros da Bíblia.
O Livro de Urântia identifica Michael (Miguel) como o Filho Criador do nosso universo local, o mesmo Michael que encarnou na Terra como Jesus de Nazaré. Ele às vezes é chamado de Cristo Michael.
Arcanjos são seres espirituais muito elevados, criados por Michael, que são dedicados ao trabalho de sobrevivência e ascensão das criaturas mortais (nós). Eles acompanharam Michael durante sua auto-outorga terrena.
FUNDEC
A Fundação Extremoz de Cultura Aldeia do Guajirú – FUNDEC, que é atualmente responsável por resguardar e promover a cultura e a história do município, por meio de diversas práticas educativas voltadas para as tradições e manifestações culturais, como forma de manter viva a cultura local, os saberes e os fazeres do povo extremozense.
Desde o ano 2011 a FUNDEC está funcionando em um prédio localizado nas imediações das ruínas da antiga Igreja Jesuíta de São Miguel Arcanjo e nas imediações da Lagoa de Extremoz, local esse pertinente aos objetivos e ao trabalho que a instituição se propõe executar.
Expedição fotográfica
Registros da expedição fotográfica realizada no dia 13 de outubro de 2021 nas ruínas da Igreja de São Miguel Arcanjo no município de Extremoz. Veja mais fatos e fotos, bem como vídeo em nosso canal no YouTube, mostrando um pouco desta história, bem como as razões de acreditar que esta edificação é uma dádiva de Natal.
Museu
Durante a expedição fotográfica realizada no dia 13 de outubro de 2021 nas ruínas da Igreja de São Miguel Arcanjo no município de Extremoz visitei o museu anexo local que conta a história dos povos indígenas. A exposição tem um rico acervo que surpreende em alguns itens como a uma antiga canoa indígena e exposição de cerâmicas encontradas nas ruínas da referida igreja. O museu funciona na Fundação de Cultura Aldeia do Guajiru.
Fontes:
Esta Igreja De Extremoz Está Em Ruínas – Brechando – https://brechando.com/2020/12/esta-igreja-de-extremoz-esta-em-ruinas/ – acesso em 22/10/2021.
EXTREMOZ GUARDA MEMÓRIA DA HISTÓRIA DO RN E DA IGREJA CATÓLICA – Tribuna de Noticias – https://www.tribunadenoticias.com.br/2017/09/extremoz-guarda-memoria-da-historia-do.html – acesso em 22/10/2021
História – Prefeitura de Extremoz – https://extremoz.rn.gov.br/historia/ – Cesso em 22/10/2021.
MELO, João Alves de, Natureza e História do Rio Grande do Norte. 1969.
Quem é o Arcanjo Miguel? – Urantia – https://www.urantia.org/pt/quem-e-o-arcanjo-miguel? – Acesso em 22/10/2021
RN – Extremoz / Dunas de Genipabu – Badini – http://www.badini.com.br/rn/ext/ – Acesso em 22/10/2021
SILVA, Ir.A Maria Dionice da. A História de Estremoz. Natal: Sebo Vermelho, 2010.