Jaeci Emereciano Galvão (nascido 5 de julho de 1929 e falecido em 20 de novembro de 2017) é um fotógrafo que narrou por meio da captação da paisagem uma multiplicidade de signos visuais que começaram a ser impostos sobre o espaço urbano, principalmente, com o advento da Segunda Guerra Mundial em Natal. Transitou pelos equipamentos arquitetônicos, pelos modos de socialização, pelos espaços de lazer, de trabalho, pelo urbano e pelo litoral. Deste modo, suas imagens sugerem diversas espacialidades da cidade de Natal.
O trabalho desenvolvido por Jaeci Emerenciano Galvão, “o fotógrafo dos artistas”, elaborou uma narrativa visual da cidade de Natal. As projeções e perspectivas visuais paisagísticas de suas imagens nos cartões-postais cruzam os anos de 1940 a 1980 e inscrevem esses espaços na memória coletiva. As produções fotográficas de Jaeci encenam a cidade em seu crescimento urbano. E o fotógrafo além de ser autor de um dos mais completos acervos iconográfico da cidade, é a memória viva de um período singular da história de Natal.
Fotógrafo dos Artistas
Jaeci elaborou uma das maiores narrativas visuais acerca da vida social de Natal, no período descrito, 1940 e 1980. Ficou conhecido em sua juventude, entre seus amigos e clientes como: o “fotógrafo dos artistas” (figura 18). O que corrobora o fato de Jaeci ter retratado cantores e artistas famosos que se apresentavam na cidade, fotografava também políticos e as pessoas que se destacavam socialmente.
O pesquisador e professor aposentado da UFRN – Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Carlos Roberto de Miranda Gomes ao narrar à história do imigrante Italiano Rocco Rosso (1899-1997) e suas contribuições em Natal incluiu os amigos do imigrante e entre eles estava Jaeci Galvão, conhecido pelo personagem por ser “o fotógrafo dos artistas, no tempo de ouro do rádio” (GOMES, p. 164, 2012).
Sobre a alcunha, ainda vale destacar a matéria no site “Natal de Ontem”, do engenheiro civil, Manoel de Oliveira Cavalcanti Neto. Na página onde o autor enumera as “110 coisas que não podem ser esquecidas em Natal”, entre os carnavais, os monumentos históricos, as escolas, as praças e os espaços de sociabilidade, na classificação de número 30, encontram-se as fotos “para a posteridade” tirada pelo “fotógrafo dos artistas”, Jaeci (Referência a Jaeci Galvão no site: “Natal de Ontem” que funciona desde agosto de 2008 e teve publicações com sequência até o ano de 2011. CAVALCANTI NETO, 2011).
O florescer de um fotógrafo
Jaeci Emerenciano Galvão nasceu em Natal, no dia 05 de julho de 1929, filho de Jaime e Cecília. Seu pai, Jaime Coelho Galvão, trabalhou na coletoria pública do município da Penha, hoje Canguaretama. Residiram, nesse município, por 10 anos e depois retornaram a Natal, para o ai de Jaeci exercer o cargo de fiscal aduaneiro da alfândega. E, Cecília Emerenciano Galvão, sua mãe, foi uma mulher à frente de sua época.
Nasceu em Natal, na Rua Ulisses Caldas, perdeu os pais no início da adolescência e organizou sua sobrevivência com o trabalho artesanal de bordados, após o casamento, tomou a frente da criação de gados da família e organizou um comércio de farinhas. No comércio de farinhas era responsável desde o cultivo até a venda da mandioca, possuiu ainda um armarinho no centro da cidade de Natal. Jaeci herdou da mãe o gosto pelos negócios ( As informações acima foram extraídas de diálogos realizados com a irmã de Jaeci, Teresinha Emerenciano Galvão Vaz e com a filha de Jaeci, Patrícia Grace Gurgel Medeiros em 23/06/2012).
Tem uma única irmã, mais jovem, chamada Teresinha Emerenciano Galvão Vaz (1931), hoje casada com o senhor Álvaro Vaz. Terezinha foi funcionária pública e trabalhou no palácio do governo, na Secretaria de Segurança do Interior e da Justiça e é aposentada. Jaeci iniciou seu trabalho muito cedo, ainda adolescente, na época que estudava no colégio Atheneu Norte-Rio-Grandense, seguindo o exemplo da sua família no qual todos trabalhavam.
Naquela época, seguir adiante na escola não era interessante para Jaeci, já que não demonstrava um maior interesse pelas carreiras tradicionais. “Meus pais queriam demais que ele se formasse, porém ele preferiu se dedicar à fotografia” (Teresinha Emerenciano de Galvão Vaz, depoimento de 25/06/2012.).
A escolha profissional veio sob grande incentivo da mãe de Jaeci, que preocupada com o futuro do filho, observou o interesse com que o menino manejava a máquina fotógrafa do pai e cogitou para ele a profissão de fotógrafo, visto o retorno financeiro positivo da profissão. Como relembra sua irmã: “Papai tinha uma máquina, ele começou com a máquina de papai e tio Alphéo ajudou depois” (Depoimento de Terezinha Galvão Vaz, 25/06/2012.).
O trabalho de José Seabra de Melo, que na época fazia fotografias na Praça Pedro Velho e tinha uma grande clientela, também serviu de inspiração e incentivo:
(…) naquela época foi ele quem inventou a fotografia na praça. É tanto que faziam filas para tirar retratos, àquelas árvores feito coelhinhos e cavalinhos… E minha mãe sabia que eu não era muito chegado as letras, fez eu comprar uma máquina e daí me tornar um fotógrafo seguidor daquele Seabra (Jaeci Emerenciano Galvão. Em: TAVARES, 2011.)
Jaeci objetivava comprar um bom equipamento e com o apoio da sua mãe montou um pequeno empreendimento, com o objetivo de arrecadar capital suficiente para a compra de seu equipamento fotográfico. Assim, ergueram uma pequena fábrica de sorvetes, no qual Jaeci assumiu a produção e distribuição da guloseima. Afinado com o objetivo de possuir sua câmara, Jaeci organizou um grupo de garotos para a venda dos sorvetes nas ruas e nas praias de Natal.
Logo, quando Jaeci completou 15 anos, seu tio Alphéo, militar, em uma viagem de retorno a Natal, lhe apresentou um marinheiro que comercializava máquinas fotográficas, entre outras mercadorias. Entre as máquinas que estavam disponíveis havia uma de fole, de médio porte, de origem alemã a Voiitlender Baby Bessa. Nessa câmara fotográfica Jaeci viu à oportunidade de se profissionalizar, era uma das máquinas mais modernas e cobiçadas da época. Sobre a profissionalização a irmã Terezinha afirma que a responsabilidade e a vontade de trabalhar sempre cercou a vida de Jaeci, que muito cedo abraçou os deveres profissionais e familiares.
Casou-se ainda na adolescência em cerimônia religiosa com Albanisa Alves, união que lhe trouxe a filha Suely Alves Galvão (faleceu no terceiro ano de vida); os seus filhos gêmeos Jair e Jaime Alves Galvão e Frederico Alves Galvão (fotógrafo). Em âmbito civil constituiu seu segundo matrimônio, com Eufrosina Gurgel Santos Galvão, que a família carinhosamente chamava de Loinha ou Goia, tiveram quatro filhos: George William Gurgel Galvão; Geórgia Gurgel Galvão (Nena); Jaeci Júnior, que do pai herdou, em especial, o amor pelas fotografias aéreas (fotógrafo de paisagens aéreas) e a filha Patrícia Grace Gurgel Medeiros (Depoimento de Terezinha Galvão Vaz, 25/06/2012.). Depois dos dois casamentos chegou a constituir união estável com Maria do Rosário com quem teve o filho João Henrique, posteriormente morou com Neide e teve uma filha com o nome de Nicole e atualmente vive com Vitinha e com filho dessa união chamado Jeison.
Formação
Vale salientar – por causa das notas publicadas em jornais e revistas que associam de maneira equivocada o fato do profissional ter se dedicado à fotografia ao fato de não gostar de estudar (Ver Revista Palumbo, Natal, julho, 2012, p. 16 e PREÁ Revista Cultural, Natal, setembro de 2004, p. 08.) – que ser fotógrafo na época de Jaeci exigia antes de tudo estudo, dedicação e conhecimentos específicos.
Ainda no ano de 1943, foi aprovado por meio de um exame de admissão para cursar o ginásio no Colégio Atheneu: a melhor instituição de ensino do estado nesse período. O desinteresse do jovem fotógrafo estava em seguir as carreiras tradicionais, como a medicina e o direito que eram incentivadas por seus pais, como pela maioria das famílias que possuíam a oportunidade de manter seus filhos estudando.
O gosto pelo estudo e pelas leituras pôde ser observado pelas buscas que precisou empreender para ser capaz de desenvolver sua arte dentro de uma determinada estética e de técnicas necessárias para a revelação de seus negativos. Conduziu também estudos na língua inglesa, que também foi essencial para a aquisição de material fotográfico junto aos militares norte-americanos e para a leitura das principais revistas fotográficas.
“Acho que posso afirmar que antigamente as pessoas estudavam até o quinto ano primário e quem quisesse ser médico ou advogado é que continuava estudando. Vale salientar que com pouco estudo que tinham sabiam falar, ler e escrever bem. Papai fez diversos cursos, participou de congressos, tudo para poder melhorar em sua profissão ele fez e quanto ao Inglês lembro quando criança que ele comprava enciclopédias e ficava repetindo a pronúncia, depois ele praticava com os turistas que compravam na loja dele” (Depoimento de Patrícia Grace Gurgel Medeiros 13/05/2012).
Jaeci acompanhou a evolução da fotografia e dos profissionais e ressalta que desde quando começou a fotografar era necessário o profissionalismo:
“Hoje, tiram uma foto rapidamente, tem o seu valor… Hoje, não existe mais a cobrança de antigamente… Antes, o trabalho era duro. Nunca tive um professor, comprava livros, revistas, aprendia a mexer nas câmeras, tudo sozinho. Eu fazia todo o processo: fotografava, comprava as fórmulas, as químicas, o filme, ia para o laboratório revelar, pendurava o filme para secar, fazia até a limpeza do laboratório. Um trabalho demorado levava horas… Comecei comprando com os americanos, depois comprava no Rio de Janeiro nas viagens que eu fazia” (Jaeci Galvão, 05/11/2011).
Existia toda uma dedicação de Jaeci ao trabalho, ao desenvolvimento da técnica fotográfica. Sobre esse aspecto nos descreve o fotógrafo Francisco Barca (Francisco Barca ou Chico Canhão, como é conhecido popularmente é economiário e fotógrafo. Participava frequentemente das exposições da Galeria do Povo, nas décadas de 1970 e 1980, em Natal. É conhecedor dos fotógrafos e da fotografia, de sua época, no Rio Grande do Norte. Depoimento de 12/09/2012.), conhecido popularmente como Chico Canhão:
Jaeci fazia cartões fotográficos, subia em escadas, voava, subia em prédios, tudo isto na busca pela imagem que iria comercializar. Documentou, muitos também documentaram, mas não do seu jeito,com o seu olhar e fazer. E, nos presenteou com imagens que contam a história da “evolução” urbana de Natal. Lembro que quando eu tinha uns 20 anos entrei no escritório dele e vi uma foto de uma pessoa com uma sombra enorme projetada, acho que era no morro de Genipabu: uma maravilha. Jaeci é um paisagista, o olhar que ele tem é inconfundível é uma marca registrada da sua obra. Na realidade um fotógrafo sem especialidades, sempre foi muito bom em tudo que fazia. Na foto social, uma referência à parte. No estúdio esmerava-se para capturar uma imagem que fosse ao encontro do referente. Sorte sua ter tido a oportunidade de realizar esse trabalho.
O Fotógrafo de cartões-postais e colecionador Esdras Rebouças Nobre (Esdras fotografa paisagens brasileiras para os cartões-postais, desde o final da década de 1980 até os dias atuais. É uma das referências nacionais em fotografia de postais e colecionismo, tem mais de 30.000 cartões-postais em sua coleção), que teve a oportunidade de desenvolver alguns trabalhos e de colecionar os cartões-postais fotografados por Jaeci, pôde observar uma parte da carreira do profissional. Sobre a experiência de Jaeci como profissional da fotografia, Esdras diz que:
Eu admirava muito o seu trabalho e com certeza ele foi uma grande inspiração para mim: primeiro para começar minha coleção de postais e depois outra inspiração para o trabalho que durante 20 anos venho desenvolvendo como fotógrafo de cartões-postais. Natal tem muito que agradecer a Jaeci, pois ele ajudou muito na década de 1960 a divulgar a imagem de Cidade. Eu mesmo tenho mais de 30 postais dele (Esdras Rebouças Nobre, Depoimento de 01/06/2012).
Mas, o sucesso que veio logo depois e perdura até os dias de hoje não foi de supetão, o adolescente de 15 anos de idade precisou construir o seu caminho. E a esse respeito Francisco Lira (Francisco Lira é odontólogo por formação (1980 – UFRN), filho das famílias tradicionais da capital, é muito conhecido, tem um grande interesse pelas fotografias, principalmente as de paisagem, exerce a profissão de Produtor e editor de guias de Turismo.) diz que:
A entrada de Jaeci na fotografia local demorou um pouco. Mesmo pertencendo a duas famílias de tradição ele foi fotógrafo lambe-lambe na Praça Pedro Velho. Com o tempo e a sua visão comercial a vida lhe deu conforto e status. A loja que teve durante muitos anos na João Pessoa era moderna e tornou-se referência de equipamentos fotográficos e a casa da Rodrigues Alves, em que vivia era um bangalô de rico. […] Ele tornou-se proprietário do que havia de melhor para se fotografar. Nos anos 70 tive alguma aproximação com Jaeci e lembro que estava sempre com a Nikon no banco do seu Landau. (Francisco Lira, depoimento de 25/06/2012.).
Lira refere-se ao período em que Jaeci, como a maioria dos fotógrafos da cidade, iniciou sua carreira percorrendo o colégio Atheneu e a Praça Pedro Velho, atual Praça Cívica. Nesse espaço captava imagens de famílias em passeio, de casal de namorados e jovens que queriam registrar seus momentos de lazer. À medida que a cidade de ruas estreitas, pavimentada de paralelepípedo e com prédios simples foi sendo ocupada pelos militares e civis norte-americanos, novas práticas cotidianas foram sendo imersas. E, Jaeci se inseria nesse contexto, aceitava, se relacionava e incorporava as novidades.
Procurou no inconveniente da guerra as conveniências do desenvolvimento socioeconômico local. Vendeu, comprou, aprendeu, apreendeu, frequentou e registrou os espaços que os norte-americanos iam ajudando a desbravar em Natal. Mergulhou com os militares norte-americanos na praia de Ponta-Negra, local ainda distante do imaginário dos residentes de Natal, principalmente para o lazer e a economia. É desse espaço e tempo, início de construção da sua jornada como fotógrafo, que Jaeci tem uma das suas mais surpreendentes lembranças fotográficas.
O triunfo da sua carreira iniciou-se arraigado ao avanço urbano e populacional da cidade, mas a marca da sua memória está no espaço em que se dá a relação do humano com a natureza, uma natureza ainda com a mínima interferência da técnica: A praia de Ponta-Negra da década de 1940.
Ponta Negra
Na praia de Ponta Negra, antes pacata morada de pescadores, que começou a mudar seus sentidos durante a guerra, quando recebia todos os dias soldados levados pelos caminhões do exército para momentos de lazer, Jaeci conheceu os militares. Junto com eles participou de brincadeiras, treinou o seu inglês e fez à fotografia que até o momento é o registro iconográfico mais antigo que temos conhecimento do Morro do Careca.
Chegar até a Praia de Ponta Negra, na década de 1940, era uma longa distância quando comparada as regiões centrais e econômicas da cidade, significava atravessar estradas improvisadas ou improvisá-las para contemplar o mar. Era uma aventura, era desbravar os trechos pouco habitados que para muitos ainda beirava o desconhecido.
Ao referir-se à paisagem da Praia de Ponta Negra que registrou em 1943, Jaeci acrescenta: “Ela para mim foi marcante. Eu posso até dizer que foi a fotografia que marcou a minha vida” (Jaeci Galvão, em entrevista para Anna Ruth Dantas. Coluna 3porquatro: Jaeci Galvão. Jornal Tribuna do Norte, Natal, 15 de janeiro de 2012, p.09). A panorâmica realista que fez coloca a paisagem em toda a cena, uma composição harmônica e bem fotometrada e apesar do “Ford Barata” da família Galvão, ter sido mantido no centro da cena, atraindo a atenção do olhar, a paisagem não é relegada ao segundo plano, pois logo após o olhar central o leitor é convidado a percorrer a cena, principalmente para tentar contemplar o espaço ao redor do carro.
“Papai tinha essa baratinha, com uma capota que era azul, nós viajávamos muito atrás, havia uma pequena estrada de areia e matinho e chegamos até aí”, nos revelou Jaeci (Depoimento de Jaeci Galvão, em: 20/04/2012.).
Ponta Negra é especial porque realmente Ponta Negra tem qualidade. Veja o morro do Careca, toda aquela paisagem que nós vemos, é tudo o que há em Ponta Negra, o que foi e o que é. Eu acompanhei essa evolução de Ponta Negra do que era e do que é atualmente.[…] na verdade esse encantamento a gente vê a olho nu, o que era e o que é. Aquelas paisagens de antigamente e as paisagens atuais. Tudo isso está na vida da gente: Ponta Negra, principalmente o Morro do Careca (Jaeci Galvão, em entrevista para Anna Ruth Dantas. Coluna 3porquatro: Jaeci Galvão. Jornal Tribuna do Norte, Natal, 15 de janeiro de 2012, p.09.).
Essa foi a primeira panorâmica do profissional que se tem conhecimento e que circula em âmbito público. Imagem valiosa por revelar o espaço da praia de Ponta Negra na década de 1940, além de destacar o interesse, do ainda adolescente, Jaeci pelas paisagens e pela fotografia.
Cemitério
Lira exemplificou o tino comercial de Jaeci Galvão. Abriu a sua primeira loja “Foto Jaeci” no ano de 1948, estrategicamente na rua do cemitério do Alecrim (Rua Amaro Barreto, no bairro do Alecrim). A proximidade com o cemitério favorecia o registro dos velórios e enterros que eram fotografados na época: algum parente ou conhecido da pessoa falecida ia até seu estabelecimento para contrata-lo a fim de fazer o registro fotográfico da família em volta do caixão.
Era comum também, segundo Jaeci (Entrevista de Jaeci Galvão dada a Preá Revista de cultura, Natal, setembro de 2004, p. 08.), que os “anjinhos”, pessoas falecidas na infância, fossem fotografados no caixão durante cortejo do velório. Vale ressaltar o grande índice de mortalidade de crianças no estado nesse período, sendo esse um negócio lucrativo para os profissionais da fotografia no início da carreira. As fotos, posteriormente, eram copiadas e distribuídas entre parentes e amigos com uma dedicatória no verso escrita pela mãe do falecido. Jaeci passou rapidamente do comércio das fotografias de “anjinhos” e de documentos para a cobertura fotográfica de eventos sociais e paisagens urbanas.
Ribeira
Foi também um momento de significativa expansão socioeconômica da cidade, o número de habitantes praticamente dobrou entre os anos de 1940 e 1950, a população residente em Natal saltou de 55 mil para 104 mil habitantes. Um cenário favorável, que associado ao respeito com os clientes, ao vínculo de relações sociais e a qualidade dos materiais que priorizava em seu trabalho levou Jaeci rapidamente a um progresso material expressivo. O que propiciou a mudança para um ponto comercial considerado mais atraente financeiramente. Logo no início da década de 1950, já estava com o “Foto Jaeci” estabelecido na Rua Dr. Barata, centro de destaque comercial da antiga Ribeira, local onde de dia destacava-se o comércio das meias de seda, dos vestidos finos, dos relógios e tapeçarias e a noite era frequentada pelos moradores que buscavam diversão no cinema, no teatro, nos bares, na zona de meretrício entre outras opções que compunham a cena urbana.
O período foi de ascensão econômica na cidade de Natal e na vida profissional de Jaeci. Nada escapava ao seu olhar: as praias, praças, ruas, monumentos, casarios, cinemas, clubes, tudo foi documentado. Momento ímpar que se iniciava na produção da imagem da cidade por meio da fotografia, entre seus suportes os cartões-postais e também na cobertura fotográfica das festas-bailes, segmentos fotográficos em que Jaeci foi um dos precursores. Os eventos sociais fotografados nos clubes pelo Jovem profissional eram frequentados, majoritariamente, pela elite local. Os clubes eram locais de destaque da sociedade natalense, principalmente o Aero Clube e o Clube América e Jaeci marcava presença em todos os eventos realizados nesses espaços.
Entretanto, com o final da guerra, a grande parte dos militares que avolumaram o comércio local deixou pouco a pouco a cidade, permanecendo aqui somente os que necessitavam prestar serviços especiais na base aérea. Sobre essa época, o próprio Jaeci considera um detalhe: “você via dez americanos e um brasileiro. O comércio era todo voltado para as forças armadas americanas” (Entrevista com Jaeci Galvão citada por Araújo, 2003 p. 187.).
Natal, teve que enquadrar-se ao esvaziamento ocorrido com o fim do conflito militar, com a retirada do capital estrangeiro. De todo modo, a cidade ficou marcada por novas fisionomias decorrente da movimentação promovida pelos militares que aqui residiram e ajudaram a delinear novas práticas sociais, comerciais e urbanas.
Avenida Rio Branco
Nos anos de 1960 o comércio de prestígio social já havia praticamente abandonado a Ribeira em direção à cidade alta. A Avenida Rio Branco era o ponto principal de circulação de mercadorias para a classe abastada economicamente em Natal e Jaeci acompanhou essa transformação, instalou a sua loja na esquina da Avenida Rio Branco com a Rua Coronel Cascudo, conhecida popularmente por “Beco da Casa Régio” e posteriormente por “Beco do Jaeci”. Sobre esse deslocamento o fotógrafo destaca:
Nós vimos uma mudança nesses dois bairros, naturalmente, naquela época a Ribeira teve uma vida bastante agitada com vários atrativos. Essa mudança que foi sentida trouxe, inclusive, a necessidade de acompanharmos. Eu saí da rua Dr. Barata, alto da loja Paulista, para a Avenida Rio Branco, ali no Grande Ponto, com Coronel Cascudo. E naquela época o Reginaldo Teófilo montou uma loja do lado e eu tinha a foto do outro lado… Inclusive foi chamado de Beco do Jaeci. Era conhecida a Coronel Cascudo como Beco do Jaeci (Idem.).
Outro ponto de interesse na redondeza era o Foto de José Seabra localizado na Avenida Deodoro, era lá que tirávamos as 3×4 para carteira de estudante e fotos de família. Seabra, juntamente com Jaeci Galvão, Germano e Rodrigues, eram os fotógrafos mais conhecidos da cidade. Seabra chegou a produzir, em 1955, um filme denominado “Amor Mascarado” com artistas locais e rodado em Natal.
O filme, levado para o Stúdio Jaeci, só era revelado em Recife, o que levava 20 dias, gerando grande expectativa nos clientes.
Nesta época era um sucesso as fotografias dos times natalenses que eram fixadas em um mostruário que havia no Foto Jaeci na Avenida Rio Branco perto da Loja Brasileira aqui conhecida como “Quatro e Quatrocentos”.
Para Jaeci as transformações que ocorreram na capital potiguar, tanto na economia, nas práticas sociais, como no traçado urbano da cidade foram promissoras. Após a mudança do endereço comercial, no ano de 1963, mudou-se com a família para morar numa confortável e elegante residência, na Avenida Afonso Pena, no Bairro do Tirol, casa projetada pelo seu amigo, o arquiteto, João Maurício Miranda. Local, que como já pontuamos concentrava a elite da cidade, sendo assim o centro irradiador da vida social natalense. Foram transformações que deram significativo impulso à profissão do fotógrafo.
Rua João Pessoa
Em 1970, comprou um prédio na Rua João Pessoa, onde instalou sua loja “Ótica Cine Foto Som Jaeci” que nessa época já era referência estadual em materiais fotográficos e cinematográficos. Possuía as marcas mais competitivas e famosas do mercado, como: Perutz, Forte, Pratica, Agfa, Orwo, konica, kodak, Fujie e a Curt Filmes. E, Jaeci expandiu seus negócios para além da fotografia.
A loja do fotógrafo Jaeci, localizada na Rua João Pessoa, foi durante muitos anos a preferida da classe alta da cidade. Era ícone de beleza e de diversidade em materiais. Porém, quem não podia possuir os produtos oferecidos, podia ao menos, conhecer e educar o olhar direcionando-o as tecnologias mais modernas expostas nas vitrines. A empresa de Jaeci Galvão supria toda a cidade em relação aos materiais necessários para o processo da técnica fotográfica. Jaeci Galvão permaneceu na loja da Rua João Pessoa até o final da década de 1990.
Ki-Show – Primeira Lanchonete incrementada estilo norte americano que modificou os padrões até então existentes em Natal. Era localizada na Rua João Pessoa na Cidade Alta, ao lado do Foto Jaeci. O proprietário era Seu Maia, pai de Márcio e Marcos. O local era frequentado principalmente pelos jovens de classe média-alta. Gílson Pereira, filho do livreiro Walter Pereira era um assíduo da Ki-Show.
No decorrer desse período, Jaeci empreendeu sucessivas viagens, inclusive fora do território nacional, alargou o seu mercado de atuação profissional, estendeu seu patrimônio material e social e acumulou um capital financeiro significativo. Inclusive, chegou a ser um dos fundadores do Clube dos Diretores e Lojistas de Natal – CDL, instituição com o objetivo de defender a classe empresarial da cidade. Essas conquistas o deram a possibilidade de estender seu capital material e simbólico.
Câmeras
Várias câmaras fotográficas foram utilizadas por Jaeci Galvão para desenvolver sua profissão, entre as opções que surgiram no mercado passaram por suas mãos: as suecas Hasselblad 500 C e Hasselblad Super Wide, equipamento que ganhou a preferência dos profissionais principalmente pela precisão e a rapidez na velocidade de obturação, a reputação da marca aumentou quando foi escolhida pela NASA para ser utilizada no espaço; para o uso no estúdio priorizou as Mamiya Universal e a Mamiya C 330; a Fujica G690 6x9cm, Fujica 9x9cm e Fuji GF 670 6x7cm. Essas eram as câmaras de médio porte.
De grande porte utilizou a Graflex SLR 4×5 polegadas, com o flash de lâmpadas de magnésio. Das câmaras de fole deu prioridade a alemã Voigtländer Baby Bessa. Utilizou as Rolleiflex 6x6cm e comprou Nikon D90 analógica. Uma das suas últimas aquisições, para fins profissionais foi uma Pentax 6x7cm, 110 mm, que utilizava nos voos para fotografar panorâmicas da cidade. Nunca chegou a usar durante a atividade profissional uma máquina digital.
Todas as informações a respeito do equipamento fotográfico de Jaeci Emerenciano Galvão foram sendo colhidas no decorrer da pesquisa, durante as visitas à casa de Jaeci. O fotógrafo Francisco Barca em depoimento de 05/09/2012 acrescentou e detalhou as informações. As informações acrescentadas por Francisco Barca foram legitimadas por Jaeci Emerenciano Galvão Junior, filho de Jaeci e fotógrafo, em 08/09/2012.
No período que atuou profissionalmente Jaeci Emerenciano Galvão dividia o seu tempo entre a profissão, a família, o lazer com os amigos e as atividades esportivas. Foi o único fotógrafo de Natal que no elitizado Iate Clube de Natal, exerceu mandatos no posto de Comodoro (1981/1983 – 1983/1985), ainda faz parte do Conselho Vitalício do Clube.
Paisagens turismo
Na década de 1940, a relevância econômica do turismo em Natal era mínima, principalmente por causa da ausência de infraestrutura básica para comportar essa atividade. A iniciativa de fomento da atividade turística seguiu de forma inexpressiva até a década de 1980, ocasião em que a crise vivida pelos segmentos econômicos tradicionais desembocou na necessidade de uma maior articulação entre as políticas de turismo e as políticas econômicas em geral, proporcionando um salto importante nesse setor.
Todavia, o período que precede a década de 1980, foi importante na construção das bases ideológicas, dos pensamentos e imaginários que envolviam o turismo. Foi o período em que se difundiu as primeiras concepções e incorporação de valores que traduziram-se nos germens da história do turismo em Natal.
A ausência de materialização e planejamento nas primeiras políticas de turismo não impediu o fotógrafo Jaeci Galvão, que iniciou o processo de registro da cidade de Natal, de acreditar no turismo como atividade passível de trazer desenvolvimento para o local. E por esse motivo, iniciou em suas fotografias de cartão-postal o processo de divulgação de zonas estratégicas da capital. Assim como a cidade ampliava as suas artérias, nessa nova lógica econômica e material que Natal experiência, era imprescindível marcar as transformações e colocá-las no mercado de imagens.
Com o alargamento da cidade favorecido pela construção de novos bairros, ruas e avenidas, não era mais possível ao morador e aos visitantes apreender a cidade com um simples olhar ou caminhar. Era necessária uma distância cada vez maior da cidade para referenciá-la, transportes mais velozes para circular na cidade e ver os espaços que se transformavam. Já, os novos espaços traçados que se abriam, passiveis de visualidade fotográfica foram sendo cuidadosamente selecionados e captados pelo jovem profissional.
Para os profissionais, como foi o caso do Jaeci, cabia registrar da melhor maneira possível às paisagens que surgiam como novas opções de fruição e de desejo. Pode-se inclusive afirmar que se criou uma necessidade turística vinculada ao desenvolvimento capitalista de formação de mercados, associado às imagens que circulavam divulgando paisagens.
São imagens e imaginários vivenciados e registrados por Jaeci, que a uma observação mais atenta, se mostram fundamentais para o entendimento dos espaços turísticos hoje vividos em Natal. Um processo que depende de toda uma construção que envolve o local e o global que se inter-relacionam a todo o momento nas imagens vivenciadas e registradas por Jaeci.
Construção que começa sendo internalizado primeiro por meio da cidade e nesses termos Jaeci organiza visualmente todos os espaços de Natal. Um roteiro, que em Natal começa antes na visualidade dada nos cartões-postais. Dessa maneira, Jaeci liga-se ao turismo, revelando a cidade para o olhar do outro, um convite temático e estruturado.
Cartões-Postais
As paisagens das fotografias de cartões-postais revelam formas direcionadas de percepção do fotógrafo em relação ao mundo que o circunda interrelacionadas a um mercado editorial. Estão ligadas principalmente aos usos que os postais mantêm em nossa sociedade. São usos que englobam o “âmbito comercial, artístico, científico e promocional”. Estratos ligados a uma estratégia de mercado editorial (KOSSOY, 2009, p. 64-65).
As imagens fotográficas de Jaeci Galvão vinculadas aos cartões-postais são paisagens que se retroalimentam em definidos quadros culturais. Além disso, transitam pela construção de identidades coletivas ligadas ao projeto natureza/civilização até a inserção do capital econômico no país. Focaliza desde a natureza pitoresca, as experiências urbanas ligadas aos espaços de lazer e sociabilidade que se expandiam na cidade de Natal. Suas imagens percorrem dos espaços da natureza romantizada aos monumentos arquitetônicos e históricos, bem como as ruas e bairros que se formam, os caminhos que se abrem para as praias, as vias, os clubes, ginásios esportivos e etc. Registros que sugerem diversas espacialidades que com a inserção do capital se tornaram convidativas a novas práticas, entre elas o turismo, em seu momento de sistematização no país.
Em Natal o comércio de materiais ilustrados e cartões-postais estavam concentrados nas maiores livrarias da cidade, a Livraria Cosmopolita (sucessora de Fortunato Aranha) e a Moderna. Locais, onde, ainda na década de 1940, Jaeci começou a vender suas fotografias para serem editadas nos cartões- postais. Assim, as livrarias Cosmopolita e Moderna foram as primeiras a negociaram as vistas da cidade de Natal retradas por Jaeci. Os cartões-postais que temos conhecimento dessa época e do início dos anos de 1950 estão reunidos no terceiro maior acervo de coleções de postais do Brasil, que pertence ao médico José Valério Cavalcanti.
Em Natal o comércio de materiais ilustrados e cartões-postais estavam concentrados nas maiores livrarias da cidade, a Livraria Cosmopolita (sucessora de Fortunato Aranha) e a Moderna. Locais, onde, ainda na década de 1940, Jaeci começou a vender suas fotografias para serem editadas nos cartões- postais. Assim, as livrarias Cosmopolita e Moderna foram as primeiras a negociaram as vistas da cidade de Natal retradas por Jaeci. Os cartões-postais que temos conhecimento dessa época e do início dos anos de 1950 estão reunidos no terceiro maior acervo de coleções de postais do Brasil, que pertence ao médico José Valério Cavalcanti.
Muito do que produziu encontra-se com ex-clientes, em arquivos públicos como o Arquivo Sylvio Pedroza (ASP), arquivos de revistas e jornais, clubes, Instituto Histórico e Geográfico de Natal, em acervos particulares e entre os seus familiares. Para esse estudo utilizamos cartões-postais de acervos particulares, os acervos em questão são: do colecionador José Valério Cavalcanti (somente a cópia frontal, o que não prejudica a entendimento proposto); do fotógrafo de cartões-postais e colecionador Esdras Rebouças Nobre (frente e verso); do colecionador de cartão postal André Madureira (frente e verso) e do fotógrafo de cartão-postal e filho de Jaeci, Jaeci Emerenciano Galvão Junior (frente e verso).
Falecimento
O desenhista das lentes e mago da fotografia potiguar morreu no dia 20 de novembro de 2017, pouco depois da meia noite, no Hospital da Unimed, aos 88 anos, após processo de falência de órgãos, o fotógrafo que deixou seu nome na história de Natal, Jaeci Emerenciano Galvão. Em dezembro de 2016 ele sofreu um AVC e estava internado na UTI, Jaeci começou a registrar a história da capital potiguar durante a 2ª Guerra e em seu nome está registrado um acervo riquíssimo que contam a história da cidade.
O corpo de Jaeci foi velado uma capela do Morada da Paz, na rua São José e o sepultamento ocorreu no Cemitério do Alecrim. Uma grande perda para a fotografia potiguar.
Um homem que registrou para a posteridade, traços de Natal desde a Segunda Guerra.
A Página apresenta aos seguidores a foto de Jaeci Emerenciano Galvão. É dele grande parte das fotos aqui apresentadas nessa página e que levam todos a volta no tempo. Obrigado Jaeci pelo trabalho memorável que você fez ao registra a Natal que tanto amamos.
Quando se fala em registros históricos de Natal, é impossível não associar ou remeter a figura do natalense Jaeci Emerenciano (1929-2017), um dos principais fotógrafos do século passado da capital potiguar. A maioria das fotos do acervo de Eduardo Alexandre, por exemplo, é de Jaeci.
De acordo com um dos filhos de Jaeci, Fred Galvão, 66, autor do livro “Jaeci, O Divino da Fotografia”, que conta a biografia de um dos mais importantes fotógrafos do Estado, mesmo com a morte de Jaeci, muitos natalenses lembram do trabalho de seu pai, que fotografou paisagens inesquecíveis de uma Natal de outros tempos.
Quando se fala em registros históricos de Natal, é impossível não associar ou remeter a figura do natalense Jaeci Emerenciano (1929-2017), um dos principais fotógrafos do século passado da capital potiguar. A maioria das fotos do acervo de Eduardo Alexandre, por exemplo, é de Jaeci.
De acordo com um dos filhos de Jaeci, Fred Galvão, 66, autor do livro “Jaeci, O Divino da Fotografia”, que conta a biografia de um dos mais importantes fotógrafos do Estado, mesmo com a morte de Jaeci, muitos natalenses lembram do trabalho de seu pai, que fotografou paisagens inesquecíveis de uma Natal de outros tempos.
“Até hoje é muitíssimo valorizado. Em todo canto que eu chego existem comentários sobre papai. Ele fotogravava os grandes eventos de Natal. Fez a campanha de Aluízio Alves, de Monsenhor Walfredo Gurgel. Desde a época que ele trabalhava, ele era premiado. No Brasil todo mundo conhecia ele”, comenta orgulhoso sobre o pai. Fotos icônicas da praia de Ponta Negra no início do século XX, do Forte dos Reis Magos, do Rio Potengi e de vários outros locais foram captadas pelas lentes de Jaeci. Filhos e netos do fotógrafo seguiram o caminho do avô na profissão, como Fred Galvão e Jaeci Jr, por exemplo, e os netos Paula Galvão e Fred Filho.
Fontes:
Anuário Natal 2007 / Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo – Natal (RN): Departamento de Informação, Pesquisa e Estatística, 2008.
Dos bondes ao Hippie Drive-in [recurso eletrônico]: fragmentos do cotidiano da cidade do Natal/ Carlos e Fred Sizenando Rossiter Pinheiro. – Natal, RN: EDUFRN, 2017.
Cantos de bar: sociabilidades e boemia na cidade de Natal (1946-1960). /Viltany Oliveira Freitas. – 2013.
Centelhas de uma cidade turística nos cartões-postais de Jaeci Galvão (1940-1980) / Sylvana Kelly Marques da Silva. – Natal, RN, 2013.
Livros, memórias, redes sociais: potiguares mantém viva história de Natal. Tribuna do Norte. 08/12/2019. http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/livros-mema-rias-redes-sociais-potiguares-manta-m-viva-hista-ria-de-natal/466740 – Acesso em 09/11/2021.
Natal Não-Há-Tal: Aspectos da História da Cidade do Natal/Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo; organização de João. Gothardo Dantas Emerenciano. _ Natal: Departamento de Informação, Pesquisa e Estatística, 2007
Consultas:
CAVALCANTI NETO. Manuel de Oliveira. Natal ontem e hoje: Para não apagar de nossa memória; pessoas, fatos, artesanato, gastronomia e locais de nossa cidade. “001 a 110 Coisas que não poderemos esquecer”: Disponível em: < http://nataldeontem.blogspot.com.br/2008_08_01_archive.html >.
GOMES, Carlos Roberto de Miranda. O velho imigrante: Il Vecchio Immigrante. Natal: Editora Sebo Vermelho/ UBE, 2012.
KOSSOY, Boris. Fotografia e História. 2ª edição. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003.
TAVARES, Frederico Augusto Luna. Nos tempos dos brotos: Juventude e divisão em Petrópolis e no Tirol (1945 -1960). Dissertação de mestrado apresentada ao programa de Pós-graduação em História da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2011.
O Fatos e Fotos de Natal Antiga é uma empresa de direito privado dedicada ao desenvolvimento da pesquisa e a divulgação histórica da Cidade de Natal. Para tanto é mantida através de seus sócios apoiadores/assinantes seja pelo pagamento de anuidades, pela compra de seus produtos vendidos em sua loja virtual ou serviços na realização de eventos.
Temos como diferencial o contato e a utilização das mais diversas referências como fontes de pesquisa, sejam elas historiadores, escritores e professores, bem como pessoas comuns com suas histórias de vida, com as suas respectivas publicações e registros orais. Diante da diversidade de assuntos no mais restrito compromisso com os fatos históricos conforme se apresentam em pouco mais de um ano conquistamos mais de 26 mil seguidores em nossas redes sociais o que atesta nossa seriedade, compromisso e zelo com o conteúdo divulgado e com o nosso público.
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