Beires e Castilho, do avião “O ARGOS”, com Câmara Cascudo e o engenheiro Omar O´Grady, em 1927
O “Argos”, sob a direção do Major Sarmento de Beires, e tendo como auxiliares de navegação os militares e patrícios Jorge de Castilho e Manuel Gouveia, foi um dos aviões mais festejados que tocaram em Natal, por serem seus tripulantes portugueses. Tendo decolado de Bolama às 17 horas do dia 12 de março de 1927, amerrissou 150 quilômetros adiante. Recomeçou o voo para também pousar em Fernando de Noronha, no dia 18 de março pelas 10:15 às 12:55, contudo, do mesmo dia, estava em Natal, saudando a população em nota distribuída á imprensa: “A tripulação do avião” Argos “saúda o povo brasileiro que tão intensamente sabe vibrar sob a impressão resultante de qualquer tentativa levada a feito por homens dessa raça única e que pertencem os povos brasileiros e portugueses.
Que o nosso esforço possa contribuir para o estreitamento da união luso-brasileira, tal é a nossa aspiração”. Depois amerissaram no rio Potengi e prenderam seu hidroavião em boias defronte á pedra do Rosário. Seu feito foi haver realizado a travessia Atlântica à noite. O Argos era um hidroavião bimotor, modelo alemão Dornier DO J Wall. A nave pertencia ao governo português.
Foram recebidos com muita atenção pela população de Natal. Os aviadores lusos estiveram em várias recepções. A mais importante foi no palacete do comerciante Manoel Machado, o mais abonado da cidade naquela época e nascido em Portugal. Depois, Sarmento de Beires autografou um álbum de Sérgio Severo, filho de Augusto Severo.
No domingo, dia 20 de março, pelas oito da manhã o “Argos” partiu. Em Recife, em uma entrevista ao Diário de Pernambuco, Beires declarou que “Natal era um excelente ponto para aviação”.