A história da Independência do Brasil em Natal

A Independência do Brasil foi um importante acontecimento político que repercutiu ao longo da história da Cidade de Natal nos aspectos político, econômico e cultural. Veja do protagonismo potiguar ao evento, as repercussões políticas ao Rio grande do Norte, bem como as transformações vivenciadas pela Cidade em comemorações alusivas a Independência.

Como era Natal neste período?

Em 1822, o Brasil finalmente conquistaria a independência do domínio português após três séculos e o Rio Grande do Norte passaria a se tornar província, porém a notícia levaria três meses para chegar em Natal/RN.

Para se ter ideia de como a cidade era pequena e pouco habitada em 1822, ano da independência do Brasil, Natal tinha em torno de 700 habitantes de acordo com o livro ‘História da Independência do Brasil no RN’, de Câmara Cascudo. Rocha Pombo ( Rocha Pombo 1922) dá conta que nos anos mais próximos da independência estaria entre 1.000 e 1.200 pessoas.

Delimitação do quadro da cidade, através da Lei Provincial nº 118, de 09.11.1844. Arquivo SEMURB.
Plano Topo-hidrográfico realizado pelo capitão-tenente F.J. Ferreira em 1847. Arquivo SEMURB.
Mapa da cidade do Natal elaborado em 1864 – Atlas do Império do Brasil – Cândido Mendes de Almeida, 1868. Arquivo SEMURB.

Natal para inglês ver: Relato de Henry Koster alguns anos antes da independência do Brasil

Filho do comerciante inglês de Liverpool, John Theodore Koster, Henry Koster nasceu em Lisboa, Portugal. Não se sabe ao certo a data do seu nascimento, mas ao chegar no Recife, no dia 7 de setembro de 1809, consta que tivesse 25 anos de idade.

Considerado um dos mais importantes cronistas sobre o Nordeste brasileiro, Koster viajou para o Brasil em busca de um clima tropical para curar uma tuberculose. Travels in Brazil Teve um papel importante na vida social, artística e até política do Recife na época. Fez muitas amizades, conheceu governadores, senhores-de-engenho, comerciantes, coronéis.

Falava o português com fluência, o que fazia com que algumas pessoas duvidassem da sua nacionalidade, tratando-o brasileiramente por Henrique da Costa.

Em 1810, sentindo-se bem melhor da doença que o acometia, resolveu viajar a cavalo para a Paraíba, passou por Natal rumo a Fortaleza, no Ceará. Voltou ao Recife no início de fevereiro de 1811 e já no final do mês viajou novamente, desta vez por mar, para o Maranhão, de onde regressou para a Inglaterra.

Escritor ingês, Henry Koster, que viajou pelo Brasil e publicou na Inglaterra, em 1816, o livro Travels in Brazil – uma obra bastante respeitada por grandes mestres como Câmara Cascudo e Oswaldo Lamartine, esse primeiro tendo sido o tradutor do livro original nos anos 1940.

O Henry Koster – “o exato Koster” para Cascudo – é a principal fonte de informações etnográficas e históricas do início do séc. XIX. Do Koster H., Cascudo traduziu e comentou o importante livro “Viagem ao Nordeste do Brasil” (1816). Cascudo também perguntou muito através das “cartas perguntadeiras”, e utilizou todas as informações que lhe chegou às suas mãos e ouvidos até o dia de finalizar a sua História da Cidade de Natal. Uma história incompleta, mas imprescindível.

O relato do viajante inglês, que foi proprietário de engenho e terras no Brasil entre 1809 e 1820, contém valiosas descrições da estrutura sócioeconômica do Nordeste no início do século XIX, ocupando-se da escravidão, das relações entre as etnias, da família, da religião e das mentalidades. Uma curiosidade narrada no livro de Koster foi em sua passagem por Mossoró, na época chamada de Arraial de Santa Luzia. O autor conta que foi praticamente expulso pela população, que não via com bons olhos um estrangeiro em suas terras.

Vindo de Pernambuco, onde se instalara para tratar da sua tuberculose sob os auspícios do clima dos trópicos, o português filho de ingleses Henry Koster chegou a Natal em fins de 1810, que naquela época relatou ser  uma pequena povoação de aproximadamente 700 habitantes.

Afirmou que três ruas desembocavam na praça da matriz, nenhum calçamento, população de seiscentos ou setecentos habitantes. Nos anos mais próximos da independência estaria entre 1.000 e 1.200 pessoas.

Registrando sem parcimônia tudo pelo caminho, desde as explicações para os topônimos, os costumes, o uso da rede, a tipologia habitacional ou o fausto de um jantar em uma casa-grande, não lhe escapou a aridez, a desolação e a dificuldade para chegar à capital da então província do Rio Grande do Norte por via terrestre. As dunas, em turbilhão pelo vento violento, mudando sempre de forma e posição, tornava a marcha lenta e cansava homens e animais, quer em comboios com mercadorias, quer em pequenas expedições como a de Koster.

Contudo, chamou-lhe ainda mais atenção a condição daquela cidade chamada Natal, onde a configuração do seu espaço urbano mal se esboçava nas poucas, empoeiradas e incompletas ruas da Ribeira e da Cidade Alta, como se lê no registro espantado que deixou:

“cheguei ás onze horas da manhã á cidade do Natal, situada sobre a margem do Rio Grande ou Potengi. Um estrangeiro que, por acaso, venha a desembarcar nesse ponto, chegando nessa costa do Brasil, teria uma opinião desagradável do estado da população nesse país, porque, se lugares como esse são chamados de cidades, como seriam as vilas e aldeias? Esse julgamento não havia de ser fundamentado e certo porque muitas aldeias, no Brasil mesmo, ultrapassam esta cidade, o predicamento não lhe foi dado pelo que é, ou pelo que haja sido, mas na expectativa do que venha a ser para o futuro”.

Às margens do Rio Grande se desenvolve, em Natal, uma área comercial, para além da feira do Passo da Pátria, detectada por Henry Koster (1978: 89) quando de sua passagem em 1810. Ele calculou que nessa área às margens do rio viviam entre 200 e 300 habitantes, e nela residiam “(…) os negociantes do Rio Grande.” Henry Koster fez uma descrição do Porto de Natal no início do século XIX, ressaltando que:

A barra do Potengi é muito estreita mas tem profundeza para navio de 150 toneladas. A margem setentrional avança consideravelmente e, por essa razão, é necessário que o navio rume ao sul para entrar. O canal no meio dos arrecifes que ficam à pequena distância da praia, requer conhecimento.

Enfim o Porto é de acesso difícil. O mesmo autor também irá citar a capacidade do Porto da cidade do Natal, este pode abrigar de “seis a sete navios”, bem como também fará referência às regiões inundadas de difícil acesso, onde haverá uma intervenção governamental através da construção de uma calçada, o que viabilizaria o tráfego, denotando assim a importância legada ao porto no período em questão.

Dentre os principais produtos exportados pelo porto potiguar no século XIX, poderíamos destacar:
 O algodão – que representava uma parcela da economia sertaneja, principalmente da região do Seridó.
 O sal – que era proveniente principalmente do litoral setentrional da província.
 A cera de carnaúba – que era produzida em mais larga escala nos vales dos rios Mossoró, Apodi, Assu e Piranhas.
 A cana-de-açúcar – vinda do litoral oriental.

Encontro com André de Albuquerque Maranhão

Em Cunhaú foi registrado em 1810 o encontro entre Koster e André de Albuquerque Maranhão, líder da Revolução de 1817 no RN, onde foi recebido com um banquete.  Vamos deixar o britânico contar sua experiência:

“No dia seguinte chegamos a Cunhaú, o engenho do coronel André d’Albuquerque Maranhão, chefe do ramo Maranhão da numerosa e distinta família dos Albuquerques. E um homem de imensas propriedades territoriais. As plantações de Cunhaú ocupam quatorze léguas ao longo da estrada e foi adquirida outra terra vizinha, igualmente vasta. Do mesmo modo, as terras que ele possui no Sertão, para pastagens do gado, supõem não inferiores de trinta e quarenta léguas, desta que é preciso andar-se três e quatro horas para vencer-se uma.

Trazia-lhe cartas dos seus amigos de Pernambuco. Encontrei-o sentado à porta, com o capelão e muitos dos seus criados e outras pessoas empregadas em seu serviço, gozando a frescura da tarde. É um homem com cerca de trinta anos, bem feito e com um talhe acima do mediano, com maneiras gentis, ou melhor, corteses, como os brasileiros de educação geralmente possuem. O coronel reside no seu engenho feudal. Seus negros e demais serviçais são numerosos Comanda. o regimento de cavalaria miliciana e o tem em bom estado, atendendo-se às condições da região. Veio para perto de mim, logo que desmontei, e lhe entreguei as cartas que levava, e ele as pôs a parte para ler com sossego. Fez-me sentar e conversou sobre varias questões, meus planos, intenções, etc. Levou-me aos aposentos reservados aos hospedes, a pequena distancia dos seus. Encontrei um bom leito, trouxeram água quente numa grande bacia de latão, e todo o necessário foi providenciado. Tudo era magnifico e até as toalhas tinham franjas. Quando acabei de vestir-me esperei ser chamado para jantar mas, com surpresa, apenas a uma hora da madrugada é que um criado veio buscar-me. Encontrei, na sala de jantar, uma comprida mesa inteiramente coberta de pratos incontáveis, suficientes para vinte pessoas. Sentamo-nos, o coronel, seu capelão, outra pessoa e eu. Quando eu havia saboreado bastante para estar perfeitamente saciado, surpreendeu-me a vinda de outro serviço, igualmente profuso, de galinhas, pasteis, etc., e ainda apareceu um terceiro, tendo pelo menos, dez especies diferentes de doces. O jantar não podia ter sido melhor preparado nem mais perfeito mesmo se fosse feito no Recife, e um epicurista inglês teria ali com que agradar seu paladar. Só foi possível retirar-me as três horas. Meu leito era ótimo e tive ainda mais prazer por não esperar encontrar um, naquelas paragens.

Pela manhã, o coronel não me quis deixar partir sem almoçar, chá, café, bolos, tudo de excelente gosto. Levou-me, em seguida, para ver seus cavalos e insistiu comigo para que escolhesse um deles, deixando ali o meu, afim de recebe-lo em melhor estado quando de minha volta, pedindo-me que substituísse meus animais de carga, ainda com boa resistência, pelos seus. Recusei aceitar seus oferecimentos.” (Henry Koster, Viagem ao Nordeste do Brasil).
A imagem do senhor de engenho, para o viajante, continua positiva em outro trecho em que ele diz que André de Albuquerque era compassivo com sua escravaria, tendo o hábito de permitir que os escravos mantivessem suas roças particulares em sua terra, não retirando dessas roças seu próprio sustento; e também que ele possuía por volta de 150 escravos, o que surpreendia Koster por ele acreditava ser necessário muito mais homens para cuidar de uma propriedade do tamanho de Cunhaú. Isso era ”uma prova da bondade do seu temperamento”.

Henrique da Costa – assim foi chamado por seus coetâneos, em Itamaracá, o viajante Henry Koster. Súdito inglês nascido em Lisboa, Koster viveu entre 1793 e 1820, estando sepultado no histórico Cemitério dos Ingleses, em Santo Amaro, no Recife.

Dica de Leitura
200 anos de viagem de Henry Koster pelo RN – Flávio Gameleira
Cooperativa Cultural Universitária – Centro de Convivência do Campus da UFRN.
Preço: R$ 40.

Luta

Que ninguém pense que apesar da notícia tardia da independência do Brasil o povo potiguar foi alheio a luta libertária. A notícia do grito o Ipiranga apenas referendou um processo libertório anterior a própria revolução republicana de 1817 entre as províncias nordestinas.

Veja o relato de ROCHA POMBO no Livro A HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE, editora Edufrn, nas páginas 282 – 284:

“Das grandes provincias do norte a inaior parte se desligavam do Rio de Janeiro, conservando-se fieis ao juramento prestado á constituinte de Lisboa. Em todas ellas, porém, a corrente nacionalista se avoluma, e ameaça assoberbar os partidarios das Côrtes. Nas provincias menos importantes era de quasi hesitação o estado do animo publico. Os que se sentem mais dominados do ideal de patria livre, esses mesmos vão com toda prudencia para não sacrificar a causa por movimentos precipitados. Os propagandistas de emancipação politica, porém, não descansam. Por todos os meios procuram estimular a alma nacional em todas as provincias, expedindo-lhes emissarios, espalhando gazetas e pamphletos por toda parte. Do Rio de Janeiro não cessava Ignacio Borges de corresponder-se com os seus amigos do Rio Grande, trazendo-os de tudo scientes, e suggerindo-lhes o que convinha fazer-se em proveito da independencia, cujo pensamento avassalava todos os espiritos. Em Natal chegou um momento em que os mais devotados não vacillaram em arriscar-se a manifestações inenos vagas e dubias. Tendo-se entendido com os officiaes da guarnição, resolveram levar ao senado da camara uma representação dos povos e das tropas, para que se reconiecesse a regencia de D. Pedro «com delegação do poder executivo no reino do Brazil, tal qual o exerce em Portugal el-rei Dom João VI, sem restricção alguma». Foi a camara incorporadaao palacio do governo, onde entregou a representação á Junta Provisoria. No mesmo instante resolveu a Junta attender aquelle reciamo geral, e determinou o dia 13 de Julho para o acto solenne.

Não excluindo nunca a hypothese de alguım imprevisto que viesse complicar a situação, combinaram-se a Junta, a camara e o commando da guarnição, para dar ao que  se ia fazer um sentido que em caso algum compromettesse a ninguem. Lavraram-se por isso duas actas: a primeira, subscripta pelos officiaes do senado, pelos membros da Junta e pelo commandante do batalhão de linha, na qual se registrava que os povos e as tropas tinham pedido «o juramento da ratificação de obediencia ao soberano Congresso Nacional, a El-Roi constitucional o Sr. D. João VI, e de novo co Principe Regente do Reino do Brazil, o Sr. D. Pedro de Alcantara»… Na segunda acta, pelos mesmos subscripta e pelo povo, explicou-se tudo, e declarou-se que a assembléa unanime votava pela «conservação de S. A. Real no Brazil com o poder executivo, etc. (-) Deu-se sciencia de tudo aos commandantes de milicias, aos capitães-móres de Ordenanças, e ás camaras, para que em todas as villas da provincia se prestasse igual juramento. Em toda parte foi com effeito celebrada enthusiasticamente a adhesão ao principe D. Pedro. E assim, sem mais luctas nem dissenções ruidosas, sem grandes choques e desordens, passou-se ali a phase de transição, que parecia tão difficil, e que foi realmente em outros pontos do paiz tão tormentosa. Encontrava-se a provincia dir-se-ia, sem que as populações disso se apercebessem em situação inteiramente nova e como já em plena normalidade. Desapparecêra a facção regalista; e os poucos que restavam della andavam mofinos, contendo-se em prudente reserva. A Junta Provisoria, subordinando-se ao governo do Rio, não disfarçou mais a sua fidelidade á causa nacional. Mesmo antes de 7 de Setembro pode-se dizer que no Rio Grande já se considerava como declarada a independencia; pois, para a Junta Provisoria teve essa alta significação o decreto de 3 de junho, pelo qual D. Pedro convocara uma Constituinte para o Brazil.

A 2 de Setembro a Junta prevenia-se para impedir o desembarque de tropas portuguezas em Natal, conforme ordenava o Principe Regente por decreto de 10 de Agosto. Por fim,’ a 25 de Novembro, fez a Junta publicar por bando em Natal e em todas as villas da provincia, o decreto de 18 de Setembro contra todos os que se mostrassem infensos á independencia. D. Pedro dizia-se ainda Principe Regente mas havia dado já o grito do Ipiranga, e jurára defender o Reino do Brazil, como seu Perpetuo Defensor. Até que emfim, a 11 de Dezembro (1823) solennizava-se em Natal com grandes festas a acclamação de D. Pedro como imperador do Brazil. Tudo, pois, ali, melhor ainda que nos grandes centros, tinha apparencias de mutações de drama, que com certeza uma grande parte dos espectadores andavam muito longe de entender sinão corno lances de fortuna”.

Repercussão no RN

A independência do Brasil e do Rio Grande do Norte se entrelaçam: o fim da subordinação do potiguar para a Bahia, Pernambuco e Paraíba.

O estado do Rio Grande do Norte completou 520 anos. O aniversário é comemorado nessa data, pois no dia 7 de agosto de 1501 foi colocado o Marco de Touros, um dos símbolos da colonização de Portugal. Dia do Rio Grande do Norte foi implantado durante o governo de Garibaldi Alves Filho, quando foi assinada a Lei N° 7.831, criada pelo ex-deputado Valério Mesquita. A passar de ser um dos territórios mais antigos da Federação Brasileira tem autonomia administrativa tardia e se entrelaça com a independência Brasil.

O Rio Grande do Norte passou grande parte de sua existência subordinado a outras regiões administrativas do Nordeste. Primeiro a Bahia e a partir de 11 de janeiro de 1701 a Pernambuco, bem como, posteriormente, à Paraíba. Assim permaneceu durante todo o século XVIII.

Em 1817, a capitania do Rio Grande do Norte adere à Revolução Pernambucana e uma junta do Governo Provisório se instala em Natal. Em 18 de março de 1818, através de Alvará-Régio, o Rio Grande do Norte se liberta da Paraíba e José Inácio Borges assume o governo, até ser deposto em dezembro de 1821. A partir daí, uma junta assume o poder até a convocação de novas eleições.

Em 7 de setembro de 1822, o Brasil tornou-se independente de Portugal. A notícia da independência levou quase três meses para chegar ao Rio Grande do Norte. Com a queda da monarquia e a consequente proclamação da república, a província se transforma em um estado, tendo como primeiro governador Pedro de Albuquerque Maranhão.

Em 15 de novembro de 1889, a monarquia é derrubada e o regime republicano é adotado. O Rio Grande do Norte, assim como as demais províncias, transforma-se em estado até os dias de hoje.

Praça André de Albuquerque

A história da Praça Vermelha é praticamente uma extensão da história da cidade do Natal, afinal, na medida em que a cidade ia se desenvolvendo, a praça também ia crescendo e tomando forma. Ela, obviamente, não começa com o atual nome, era ainda conhecida como Praça da Matriz quando ganha o nome em 1888 de André de Albuquerque. Este nome é devido ao André de Albuquerque Maranhão, que lutou na Revolução Pernambucana de 1817, que teve como principal objetivo a instalação de um sistema republicano e a separação das províncias de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande da colônia portuguesa na América. André era o bisneto de Jerônimo de Albuquerque, que ao lado de Manuel Mascarenhas Homem fundaram a cidade. Inclusive a estrela de bronze, de 1999, localizada na lateral da praça representa o ponto zero da cidade, onde Natal nasceu.

Câmara Cascudo, em seu livro História da Cidade do Natal, fala que a mais antiga descrição sobre a praça é de 1897. Ela tinha, a essa época, 35 casas, com 179 moradores. Suas primeiras construções públicas foram a Igreja Matriz, ainda em 1599, e a Casa de Câmara e Cadeia, somente 1770, junto ao Pelourinho, veja:

“Não é difícil de imaginar o que seria o Natal do começo do século XVIII, com a sua igreja, a cadeia, a forca, o pelourinho, a casa da câmara e as moradas esparsas pelo areal dos bairros, entaipadas umas, outras, e eram o maior número, tecidas de ramos e cobertas com as folhas das diferentes palmeiras indígenas; todas afogadas no mata-pasto embatido e defendidas pelos viçosos urtigões.” (Adaptado de SOUZA MIRANDA, 1999:55)

A praça ganhou monumentos diversos durante sua história. O monumento aos mártires de 1817 foi inaugurado em 12 de junho de 1917, no centanário da revolução. Sua primeira reforma se deu no governo de Gentil Ferreira, que implantou uma nova arborização em fileiras, seguindo inspiração francesa, e instalando um novo calçamento. Em 1942, Joaquim Inácio de Carvalho Filho, continuou as reformas de Gentil Ferreira, instalando novos bancos e um moderno coreto.

Durante o mandato de Sílvio Pedroza, em homenagem ao 350º aniversário da cidade, foi erigido o Monumento à Cidade, de 1946, que recolocou o pelourinho na praça, sob orientação de Câmara Cascudo (que era o assessor de assuntos culturais da prefeitura). O monumento tratava-se do pelourinho rodeado por canhões retirados do Forte dos Reis Magos. O retorno do pelourinho desagradou boa parte da população da cidade. Cartas foram recebidas pelo prefeito e a Câmara Municipal fez uma sessão em desagrado ao monumento. O argumento era que o pelourinho era um símbolo de poder colonial, que era contrário aos princípios republicanos, por isso, não deveria estar de pé no centro da cidade. Câmara Cascudo, em resposta, escreveu uma série de artigos nos jornais da cidade, defendendo o monumento e explicando o simbolismo do pelourinho como instituição administrativa.

A segunda reforma se deu no governo de Djalma Maranhão, em 1963. Djalma Maranhão removeu o Monumento à Cidade, devolvendo os canhões para o Forte e construindo uma concha acústica, uma biblioteca e uma galeria de arte, além de uma fonte luminosa, mas essas obras de Djalma Maranhão foram destruídas por causa da posição do prefeito contra a Ditadura Militar. Argumentaram que as construções do século XX destoava do conjunto colonial da praça; também falava-se que uma biblioteca e uma galeria de arte eram comunistas demais. A concha acústica foi substituída por um novo coreto, inaugurado em 1977.

O curioso é que a maioria das pessoas pensam que a praça é conhecida como “Praça Vermelha’’ apenas atualmente, mas o seu apelido foi dado devido aos acontecimentos de 28 de março de 1817. André de Albuquerque Maranhão, juntamente com alguns combatentes, e apoiados pela Companhia de Linha, fizeram uma entrada solene na cidade, posteriormente reuniu pessoas influentes da época, como famílias tradicionais e autoridades religiosas e constituíram um governo republicano na cidade, separando o Rio Grande do Brasil. Dias depois, se organizou uma contra-revolução e André de Albuquerque foi ferido gravemente, morrendo na prisão, seu corpo, no entanto, foi arrastado e humilhado na praça, antes de seu enterro, na Igreja de Nossa Senhora da Apresentação. É por causa do martírio de Albuquerque na praça que ela ganhou o nome de Praça Vermelha em defesa do herói republicano.

Fonte: Natal das Antigas

O local onde se encontra a Praça André de Albuquerque na década da 1920 era um descampado. Sem urbanização aparente. Pelo registro fotográfico nota-se ao fundo a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos e o Porto de Natal mais adiante. O registro fotográfico foi realizado a partir da torre do sino da Igreja Matriz. Foto: Bruno Bougard em 1904.
Casario da Praça André de Albuquerque, década de 1920. Fonte: POMBO, 1922.
PRAÇA ANDRÉ DE ALBUQUERQUE (Vendo-se à direita a Igreja do Rosário dos Pretos – Bairro Cidade Alta) Foto: Dr. Manoel Dantas (fotógrafo viveu em Natal no período de 1900 até sua morte, em junho de 1924)
O local onde se encontra a Praça André de Albuquerque na década da 1920 era um descampado. Sem urbanização aparente. Pelo registro fotográfico nota-se ao fundo a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos e o Porto de Natal mais adiante. O registro fotográfico foi realizado a partir da torre do sino da Igreja Matriz.
Praça André de Albuquerque
fatosefotosdenatalantiga
Autor: Jablonsky, Tibor
Ano: 1957. Série: Acervo dos trabalhos geográficos de campo. Notas: Pça e ao fundo a Rua da Conceição.

No centenário

No centenário da independência a cidade viveria mais mudanças, entre as quais a tão desejada construção da nova sede do poder municipal, a qual tantas vezes havia sido adiada em razão das difi culdades financeiras enfrentadas pela edilidade. O governo do estado e a Intendência preparavam a capital potiguar para aquela que seria, certamente, a maior comemoração até então já realizada pelo regime republicano.

Antes da formação dessa comissão e do início de seus trabalhos, ainda no início daquele ano, a Intendência mandara publicar n’A Republica o edital de concorrência para a construção de sua nova sede. As propostas deveriam ser apresentadas até o dia 20 de janeiro e os proponentes deveriam seguir a planta do prédio já aprovada pelo governo municipal. Mas, os valores que a edilidade desejava pagar ao proponente vencedor da concorrência, certamente não eram muito atra-
entes, tendo em vista que nenhum candidato compareceu à Intendência dentro do prazo previsto. Diante disso, a municipalidade abriu novo edital, no final daquele mês.

A partir desse ponto, a construção da nova sede do Conselho de Intendência é um mistério. Os jornais locais que pesquisamos, A Republica e A Imprensa, não publicaram nenhuma matéria que tratasse do erguimento do novo prédio do poder municipal, até a sua inauguração, no dia 7 de setembro.

Nesta data e nas seguintes, até o dia treze desse mês, os jornais a que nos referimos tratam dos oito dias de comemoração programados pelo governo do Estado, com apoio do Instituto Histórico e Geográfi co do Rio Grande do Norte e da Associação Comercial, nos quais ocorreram uma regata, uma festa veneziana, um corso de automóveis, uma exposição dos principais elementos da indústria local, além da inauguração do monumento da Independência, na Praça Sete de Setembro, ápice das comemorações. Sobre a inauguração do prédio na esquina da Ulisses Caldas com a Junqueira Ayres, os jornais serão contidos, descrevendo o ato em um parágrafo.

N’A Republica, vemos que Ás 12 horas, eff ectuou-se a inauguração do novo edifício da Intendencia Municipal, no seu antigo local, á rua Ulysses Caldas. Presentes o governador, secretario do Estado, membros do Tribunal e muitas outras auctoridades, em um salão do pavimento superior, e ao redor de uma mesa, o major Fortunato Aranha […] fez um discurso allusivo ao acto, saudando o exmo. dr. Antonio de Souza, o qual proferiu expressões congratulatorias,
declarando inaugurado o edifício […].

População se deslocando após assistir a evento público Avenida Rio Branco (antiga Rua Nova) na Cidade Alta em 1921.
A partir do ano de 1891, com a criação da Intendência Municipal de Natal, o Conselho funcionou no velho casarão de linhas coloniais, sede da Intendência Municipal até 1922, pois neste ano o prédio foi demolido para edificar a atual sede da Prefeitura Municipal de Natal, localizada na rua Ulisses Caldas, 81, Cidade Alta.

Ao longo de sua história a Câmara Municipal de Natal funcionou em diversos locais da cidade. Há que se notar o seu constante deslocamento físico, pois ela não tem uma sede própria desde os primórdios administrativos da cidade.

Fonte: Memorial da Câmara Municipal de Natal.
Foto da sede da Intendência, tirada por Manoel Dantas na década de 1910. à direita, na imagem, vê-se o prédio da farmácia Torres. Na década de 1920, essa sede, modesta em suas formas, dará lugar a um prédio mais imponente, de estilo eclético, que ainda hoje sedia a prefeitura da cidade.
Foto da lateral da nova sede da intendência municipal inaugurada em 1922.
PREFEITURA MUNICIPAL DE NATAL (Bairro Cidade Alta) Foto: Dr. Manuel Dantas
Prefeitura Municipal de Natal na Av. Ulisses Caldas, em dia de solenidade cívica, no início do século XX. Este prédio foi inaugurado em 7 de setembro de 1922 por ocasião dos festejos comemorativos ao centenário da independência do Brasil, tendo sido projetado pelo arquiteto italiano Miguel Micussi, em estilo eclético. Acervo do Memorial Câmara Cascudo. Enviada por Daliana Cascudo. Legenda: Daliana Cascudo com colaboração de Jeanne Nesi
Vista da Av. Ulisses Caldas, descendo para a Av. Junqueira Aires, onde podem ser vistos os trilhos dos bondes. A instalação desses trilhos ocorreu em 1908. Acervo do Memorial Câmara Cascudo. Enviada por Daliana Cascudo
Legenda: Daliana Cascudo com colaboração de Jeanne Nesi
Embarque dos escoteiros para o interior do estado na estação provisória da EFCRGN. Salvo engano a ocasião foi as festividades do centenário da independência do Brasil realizada em Natal em setembro de 1922 onde todos os grupos de escoteiros do interior vieram participar das referidas festividades.
#fatosefotosdenatalantiga
Fonte: Estradas de Ferro do Nordeste
A poetisa Auta de Souza, falecida em 1901, aos 25 anos de idade, foi homenageada com uma praça e um monumento em seu nome. Auta de Souza era membro de uma das famílias mais influentes do novo regime, os Castriciano. Seus dois irmãos, Eloi e Henrique Castriciano, foram figuras destacadas na política e na vida intelectual local. No entanto, o que chama atenção na evocação do nome de Auta de Souza não era tanto sua filiação, mas o fato de ser ela uma mulher, escritora e negra.

A importância dada às letras no novo regime resultou também numa homenagem póstuma à escritora Nísia Floresta. Durante os festejos do Centenário da Independência do país, foi instalada uma efígie de bronze cravada sobre uma coluna de granito na praça Augusto Severo no bairro da Ribeira. A escritora, que durante muito tempo havia sido persona non grata nos ambientes sociais natalenses devido ao seu comportamento fora dos padrões convencionais e pelos seus escritos em prol dos direitos femininos, teve seu nome imortalizado em praça pública por meio desse monumento.65

As homenagens feitas às duas escritoras coincidiam com um período de grande efervescência da presença feminina na vida pública e intelectual. Nos anos de 1914 e 1915, por exemplo, as escritoras Palmira e Carolina Wanderley publicaram a revista Via-Láctea, primeiro periódico no estado criado e editado por mulheres. A revista serviu para tornar pública uma produção literária feminina local, mas também para emitir opiniões e reflexões sobre temas como arte, moda, educação, feminismo, política, entre outros. Ainda em 1914 era inaugurada a primeira escola dedicada ao ensino feminino no estado. A Escola Doméstica havia sido idealizada pelo pedagogo Henrique Castriciano e tinha como base o modelo de ensino para moças adotado na Suíça.

Texto de HELDER DO NASCIMENTO VIANA

Fonte: A construção do espaço cívico: monumentos e rituais de memória na Natal republicana (1902-1922)

Praça 7 de Setembro : Monumento à Independência

Foi criada em 23 de março de 1914 por uma resolução editada por Romualdo Galvão, então o presidente da Intendência, e recebeu este nome a pedidos de professores do estado.

A praça está localizada entre alguns prédios importantes do Centro Histórico de Natal, como o Palácio Felipe Camarão, sede da prefeitura do Natal, e o Palácio da Cultura, também conhecido como Palácio Potengi, antiga sede do governo do estado. Além dessas duas construções, estão localizados nesta praça a sede Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte e do Tribunal de Justiça do Estado. Nas suas imediações, pode-se encontrar o Museu Café Filho, Praça André de Albuquerque e a Praça das Mães.

Em 1922 foi construído um monumento aos 100 anos da independência do Brasil, que está na praça até hoje.

Foto de capa da Revista Terra Natal de Ano I de 6 de agosto de 1922 – número 1 – mostra a Praça 7 de setembro recém inaugurada e anunciando a construção do monumento a Independência do Brasil. Notem que onde seria feita a obra no centro da praça havia uma rua que a dividia em duas partes.
Ao fundo vemos o prédio da farmácia Torres e a torre da Igreja Presbiteriana.
Fonte: IHGRN
Só na #fatosefotosdenatalantiga
Praça 7 de setembro
#fatoaefotoadenatalantiga
Foto inédita no grupo

Interessante analisar a foto. O registro foi feito a partir do prédio da prefeitura de Natal. A praça havia sido inaugurada a pouco tempo. Em primeiro plano vemos o palácio Potengi, sede do governo do RN, atual Pinacoteca. A torre que aparece por trás deste prédio é da Igreja Matriz. A ponta do prédio que aparece no canto direito da foto é da Farmácia Torres. Do lado esquerdo vemos a rua da Conceição e do lado direito o a praça André de Albuquerque.

O que também me chamou atenção é que no lado direito vemos um lindo casarão que anos mais tarde foi demolido para dar lugar a sede do Tribunal de Justiça do RN.

Ainda se percebe que não havia sido instalado o monumento da independência que foi inaugurado naquele mesmo ano, em homenagem ao transcurso do centenário da Independência do Brasil (projeto do escultor A. Bibiano Silva).

Histórico

Em 1914, foi demolido um quarteirão inteiro da Rua da Conceição com o objetivo de implementar no local um novo espaço público, a Praça 7 de Setembro. Em 1922, em comemoração ao 1º Centenário da Independência do Brasil, foi erguido no centro da praça o Monumento à Independência, projeto do escultor A. Bibiano Silva.

A Praça, também conhecida como Praça da Independência, é localizada na Cidade Alta. O Monumento possui as placas de Dom Pedro I, José Bonifácio, Frei Miguelinho e Antônio Melo de Souza.

Fonte: Prefeitura de Natal.

Com informações do IBGE
Foto: Livro História do estado do Rio Grande do Norte. Rocha Pombo. Natal: Edufrn, 2019. P. 322
Em 1914, foi demolido um quarteirão inteiro da Rua da Conceição com o objetivo de implementar no local um novo espaço público, a Praça 7 de Setembro. Em 1922, em comemoração ao 1º Centenário da Independência do Brasil, foi erguido no centro da praça o Monumento à Independência, projeto do escultor A. Bibiano Silva. A Praça, também conhecida como Praça da Independência, é localizada na Cidade Alta. O Monumento possui as placas de Dom Pedro I, José Bonifácio, Frei Miguelinho e Antônio Melo de Souza.
Natal
Praça 7 de Setembro (ano 1989)
Foto Esdras Rebouças.
*ainda não haviam roubado as placas de bronze que mostram na foto.

Música pela primeira maternidade de Natal

Fundada em 18 de março de 1928 por iniciativa do médico Januário Cicco, a primeira maternidade da cidade contou com a ajuda da comunidade local para obter recursos para a construção de sua futura sede. Em meio a essa corrente de colaboradores, o “Curso Waldemar de Almeida” participou oferecendo a renda dos ingressos da sua 13ª audição de alunos.

O evento se realizou a 5 de fevereiro, no Teatro Carlos Gomes, iniciando-se com a apresentação da “Canção dos pescadores”, poema de Henrique Castriciano musicado por Waldemar de Almeida, feito em homenagem aos pescadores natalenses que, em 1922, durante a comemoração do centenário da Independência do Brasil, realizaram em seus barcos, um reide ao Rio de Janeiro.

Os pescadores estiveram presentes. Mais tarde a revista Som, em seu primeiro número (11 de junho de 1936), publicaria a foto de um numero grupo de crianças e adolescentes na entrada do Teatro Carlos Gomes. A legenda refere-se a um coro a três vozes, composto de cento e cinquenta participantes, parecendo estudantes, mas sem indicar a origem. Diz ainda a legenda que o coro se apresentou com acompanhamento de orquestra, sem outros detalhes.

Primeira demonstração orfeônica do Rio Grande do Norte, organizada e regida por Waldemar de Almeida. Coro de 150 componentes cantando a três vozes. 13ª audição do Curso Waldemar de Almeida, em 5 de fevereiro de 1932. Pátio do Teatro Carlos Gomes. Foto da revista Som, n. 1.

Na segunda guerra mundial

Durante a estadia americana na Segunda Guerra Mundial os visitantes confraternizavam com os natalenses nas suas festas tradicionais. No dia 7 de Setembro, todos os anos, formavam vários pelotões da tropa americana, na comemoração de nossa festa maior da independência, o que dava um brilho todo especial ao evento, deixando o povo alegre e feliz.



Em comemoração à semana da Independência, ocorrida no ano de 1941, registra-se a realização de competições esportivas entre os alunos do Liceu e os alunos do Atheneu Norte-Rio-Grandense. A partida ocorreu no dia 7 de setembro de 1941, na praça de desportes do Liceu Industrial, com as modalidades esportivas de voleibol e basquetebol, sob a arbitragem de Humberto Nesi e Geraldo Serrano. Era um hábito do Liceu convidar outras instituições escolares para essas competições, conforme constatamos em nossa investigação.

Comemorações mais recentes

O estádio João Cláudio de Vasconcelos Machado – O Machadão teve sua construção foi iniciada em 1967 por Agnelo Alves, à época prefeito da cidade, mas a inauguração da obra só ocorreu em 1972, já na administração do prefeito Jorge Ivan Cascudo Rodrigues, ainda sob o contexto do regime militar instalado no País (NATAL, 2003). Chamado de Agnelão durante a construção, foi inaugurado oficialmente como Estádio Presidente Humberto deAlencar Castelo Branco, reflexo da conjuntura política, então, vivenciada e ficou conhecido popularmente como o Castelão.

Com o declínio dos militares no controle do governo federal, o estádio foi rebatizado com o nome de João Cláudio de Vasconcelos Machado, uma homenagem ao ex-cronista de expressiva participação no cenário esportivo do Estado. Daí advém o termo Machadão, como atualmente é
mais conhecido (NATAL, 2003).

Os jogos inaugurais foram ABC 1 x 0 América, na preliminar, e Seleção Brasileira de Novos 0x 0 Vasco, na partida principal. No ano da inauguração ocorreram ainda as disputas de um grupo da chamada Mini-Copa, torneio internacional alusivo às comemorações do sesquicentenário da independência do Brasil, do qual participaram Portugal, Equador e Irlanda do Norte (NATAL, 2003).

Lugar de história e de sociabilidade, este é o Machadão.

O jogo ABC x América em 1973.
Em 1971.
Em 1972.
ESTADIO CASTELÃO DIA 05.09.1972. DESFILE DA INDEPENDENCIA, NO ANO DE SUA INAUGURAÇÃO. ESSE DA FOTO É KOKA SOUTO. INSTITUTO REIS MAGOS.

Fontes:

A História do Rio Grande do Norte [recurso eletrônico] / Rocha Pombo – Natal: Edufrn, 2019. P. 282 – 284.

Rocha Pombo, História do Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Anuário do Brasil, 1922, pág. 205.

História da Independência do Brasil no RN. Volume 18 de His Obras : História e biografia. Luís da Câmara Cascudo. Editora Fundação José Augusto, 1973. Num. págs. 165 páginas.

Natal Não-Há-Tal: Aspectos da História da Cidade do Natal/  Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo; organização de João.  Gothardo Dantas Emerenciano. _ Natal: Departamento de Informação,  Pesquisa e Estatística, 2007.

Wikipedia – História do Rio Grande do Norte – https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_do_Rio_Grande_do_Norte Acesso em 07/09/2021

Gênese e formação histórica do território potiguar: uma breve análise a partir da cartografia por Rubenilson Brazão Teixeira;

Natal, outra cidade! [recurso eletrônico] : o papel da Intendência Municipal no desenvolvimento de uma nova ordem urbana na cidade de Natal (1904-1929) / Renato Marinho Brandão Santos. – Natal, RN : EDUFRN, 2018.

ANUÁRIO NATAL 2013 / Organizado por: Carlos Eduardo Pereira  da Hora, Fernando Antonio Carneiro de Medeiros, Luciano Fábio Dantas. Capistrano. – Natal : SEMURB, 2013.

O nosso maestro : biografia de Waldemar de Almeida [recurso eletrônico] / Claudio Galvão. – Natal: EDUFRN, 2019.

Fontes da consulta:

Por Prof. Dr. Lenin Campos Soares e Karla Barbosa em Natal das Antigas.

CÂMARA CASCUDO E A CONSTRUÇÃO DA (HISTÓRIA DA) CIDADE: REPRESENTAÇÕES E SABER URBANÍSTICO NOS ANOS 1920. Angela L. de A. Ferreira Anna Rachel B. Eduardo Alenuska K. G. Andrade George A. F. Dantas. HCURB/DARQ/UFRN

Edição da Tribuna do Norte em 02/09/2017

Confins: Revista Franco-Brasileira de Geografia – O rio Potengi e a cidade do Natal em cinco tempos históricos. Aproximações e distanciamentos por Rubenilson B. Teixeira


A CONSTRUÇÃO DO BAIRRO DA RIBEIRA NO CONTEXTO URBANO DA CIDADE DO NATAL ATÉ O FINAL DO SÉCULO XIX – ANNA GABRIELLA DE SOUZA CORDEIRO

Blog Substantivo Plural em 28/07/2020
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